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Cap. 899 – Coração Cheio – Iara Teixeira

Ciao!!!

Fiquei
muito surpresa (sempre fico) quando fui contactada para saber se gostaria de
ler este livro. A abordagem foi tão carinhosa que, mesmo em meio a minha
incapacidade de arrumar o caos em que estou, aceitei o convite. Demorou bem
mais que o previsto (minha ideia inicial era ler durante o Abril Imperdível,
depois estava entre as leituras de maio, mas só consegui mesmo agora).
Então
vamos ao que interessa, né?
Coração Cheio – Iara
Teixeira – Schoba
(2014)
Personagens:
Alice Sebastian e Gustavo Castellari Filho
A
vida de Alice parecia toda programada, até o destino se encarregar de dar uma
reviravolta. E não foi uma qualquer, foi uma daquelas onde nada permanece o
mesmo. No entanto, em meio a este período de instabilidade, ela conheceu
Gustavo.  E se surpreendeu ao saber que
ele havia ficado curioso a partir do julgamento parcial manifestado pelo irmão caçula
e malcriado dela. Alice queria entender o que Gustavo sentia por ela e ele só
queria uma chance. No entanto, não pense que é apenas mais uma história de
amor, porque tem muito mais no caminho de Alice e Gustavo que você possa
imaginar.
Comentários:
Mesmo quando não se está à procura do amor,
ele pode estar buscando por você
”.

Vamos aos meus estranhamentos: achei o ritmo deste livro no início meio lento. Na
verdade, depois entendi que a história precisa estabelecer uma base para
engrenar, mas fiquei com vontade de cortar uma ou outra coisa. Péssimo hábito adquirido
nesta vida maluca de “vamos direto ao ponto” – nem sempre desligo o “modo
jornalista” antes de ler. Às vezes, só desligo lendo.
– E
também fiquei com a sensação de que forma como a autora narrava me lembrava dos
livros do Romantismo, que eu lia na escola. Aliás, pensei muito nisso, porque o
Romantismo lidava com heroínas idealizadas, descritas como praticamente
perfeitas, pelos heróis. No começo, é a impressão que a gente tem a partir da
forma como Gustavo demonstra interesse em Alice. A gente pensa, na melhor das
hipóteses, que foi amor à primeira vista. Na hipótese não tão boa, que ele é um
doido obcecado nela. Alice também tem dúvidas, afinal de contas, prudência e
canja de galinha nunca fizeram mal, né?

Ah, sim, nem pense que são 309 páginas de água com açúcar. Tem muita pimenta. A
partir do momento em que assumem o desejo, as cenas são quentes, bem descritas,
sem metáforas, instigam a imaginação e, graças a Deus, nada vulgares. Só farei
uma ressalva (eu disse, o “modo jornalista” gosta de piar em algumas coisas):
anticoncepcional ajuda a proteger contra gravidez, mas não impede DSTs,
principalmente as mais graves e incuráveis. Confesso que, quando dei falta da camisinha
na primeira vez deles, me deu um certo pavor, porque volta e meia faço matéria
sobre as consequências disso na vida real e não é à toa que dizem que “prevenir
é melhor que remediar”. “Mas que criatura chata”, aposto que alguém que ler
isso vai pensar. Sim, eu adoraria que a vida fosse um livro romântico, onde a
gente encontra o amor mesmo sem procurar com ele e pode abrir mão da proteção,
a liberdade vinda com a confiança, tão rapidamente quanto descrito aqui. Mas é
que, infelizmente, a vida do lado de cá das páginas não é assim. (Ok, às vezes,
nem nos livros. Que o digam as sofredoras escritas pela Lynne Graham e Penny
Jordan que comem o pão que o mala do protagonista faz questão de amassar, por
condená-las por uma gravidez quando são necessários dois pra chamar a cegonha).
– Em
meio às mudanças na vida de Alice, algumas por escolha, outras por destino,
Gustavo passa a se tornar uma presença constante. Até que ficar impossível
continuar sem que ele resolva uma situação grave do passado dele. E claro, como
todo herói, se recusa a compartilhar com ela o problema. Pelo medo de que, como
outras pessoas, ela também não acredite nele. O que seria compreensível. Ela começou
a gostar dele, mas ainda é um sentimento no início, temperado pela paixão e (por
que não?) pela luxúria (somos humanos, ora bolas!) ainda não tão resistente a
pequenos abalos, imagina às grandes porradas. No entanto, pode ser justamente
isso o meio pelo qual a confiança pode surgir na relação que deixe ambos como o
título resume de “coração cheio”.
Bacci!!!

Beta

ps.: Valeu pela atenção com detalhes como a cor e a imagem da capa. Sim, tem explicação na história. 

1 Comentário

  1. Sil de Polaris

    Amor surgindo a partir de curiosidade por um comentário não lisonjeiro feito por um irmão … Uma forma diferente de começar a escrever um romance. Interessante também saber que suas cenas eróticas são quentes sem ser vulgares, pelo que eu espero que não haja descrições físicas por termos paspalhos também, como aquela tal historinha de "botão de amor". Ora, bolas, senhor: como isso foi ridículo !!! …

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