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Cap. 91 – “Seu” Sheik, pegue sua tenda e…

Ok, eu gosto de livros de sheiks. Não tanto quanto livros de gregos e italianos, ou dos mercenários da Dona Diana Palmer, qualquer coisa da Nora Roberts e sagas familiares em geral, mas gosto.
Mas nada me irrita mais do que personagem arrogante e que não entende que há um limite para tudo nesta vida. Toda vez que eu esbarro com um personagem assim, tenho vontade de arremessar o livro pela janela. Ou queimar – o que soa como heresia suprema vindo de mim, uma leitora compulsiva de qualquer coisa…
E o livro A VINGANÇA DO SHEIK, de Emma Darcy, pode dar a mãozinha para LAÇOS DE VINGANÇA, da Lynne Graham, na categoria “histórias com personagens masculinos tão arrogantes que, ao final da leitura, você precisa de extravasar a energia negativa de alguma forma, para não se fazer mal.”

Achei o livro A VINGANÇA DO SHEIK recentemente no sebo. Por ser um Sabrina antigo, me chamou a atenção – raramente um desses dá sopa nas prateleiras da loja. Aí li o resumo:

A vingança do sheik – Emma Darcy – Sabrina 807
(The sheikh’s revenge – 1993 – Silhouette)
personagens: Leah Marlow e sheik Sharif al Kader

“ELE PENSAVA EM VINGANÇA!
ELA EM AMOR!

Sharif al Kader possuía a coragem, a arrogância e o orgulho de um verdadeiro rei do deserto. Quando enganado, não hesitava em vingar-se à altura. E quando sua princesa prometida fugiu com um piloto inglês, a reação de Kader foi imediata. Raptou a irmã do piloto, Leah, para substituir a noiva no leito nupcial.
Prisioneira em um suntuoso palácio no meio do deserto, Leah viu-se lutando desesperadamente contra o assédio daquele homem poderoso e contra si mesma… contra seu próprio corpo, alma e coração!”

“Ok, parece bom”, pensei. “Vou levar!”

Só fui ler depois da Trilogia da Magia (com a ressalva de que eu li ENTRE O CÉU E A TERRA duas vezes – por causa do Mac…), do FILHA DA BRUMA, e de um livro da Miranda Lee. E não sei se é porque eu estava numa linha de mocinhos, dar de cara com o sheik Sharif em toda a pompa e arrogância foi meio chocante e frustrante…

Os motivos:

1. Sharif era noivo de Samira. Conheceu Leah na véspera do casamento e…
“- Eu esperava uma mulher que tivesse perdido toda a esperança de conseguir um marido. Uma mulher sem atrativos femininos. Você não se encaixa nessa imagem, srta. Marlow.
Leah permaneceu calada, sem se dar ao trabalho de responder à opinião preconceituosa do sheik de que o único objetivo de uma mulher atraente era o casamento. Podia ser assim no mundo em que ele vivia, mas para Leah existiam outras opções.
– Fui informado de que foi professora e conselheira da princesa Samira desde que ela tinha 11 anos de idade – prosseguiu o sheik, ainda com ar levemente desaprovador. (…) – O que acho desconcertante, srta. Marlow, é que tenha recebido esse encargo quando tinha apenas 18 anos de idade.
– Vim sobre a tutela de meu irmão. Ele é o piloto particular do rei Rashid.
– Também um cargo surpreendentemente qualificado para um rapaz tão jovem.
– Glen está aqui há 10 anos, excelência. – observou Leah, ofendida com o tom de crítica do sheik.
– O que contraria todos os procedimentos normais. – Os olhos escuros lançaram uma acusação velada – Poucos estrangeiros têm seus contratos prolongados por mais de dois ou três anos. E, no entanto, seu irmão está aqui há 10. Você, há oito. Seus contratos são constantemente renovados. Para mim, isso só pode significar uma coisa.
– O quê, excelência? (…)
– Alguém de sangue real tem interesse em mantê-la aqui.
– Tenho consciência de que realizo meu trabalho junto às crianças de maneira satisfatória. – observou Leah, sentindo-se cada vez menos à vontade.
– De quem você é concubina? – insistiu o sheik, impaciente – Do rei?
– Não sou concubina de ninguém! – protestou Leah, chocada.
O sheik inclinou a cabeça para trás e riu, sarcástico.
– Espera que eu acredite que não passa de uma simples preceptora, dentro do palácio?
– Acredite ou não, é o que eu sou. – afirmou Leah, seca.
– Nenhum homem serve para você? – perguntou o sheik, para espanto de Leah, que levantou o rosto e encarou-o, corajosamente.
– Até agora, não encontrei um que servisse – declarou, desafiando com os olhos azuis a ameaça intensamente masculina nos dele, que garantiam que ele seria capaz de fazê-la mendigar a seus pés.
(…)
– E a princesa Samira? – insistiu ele, obviamente divertido com o efeito que exercia sobre Leah – Você conseguiu corrompê-la com histórias fantasiosas sobre como imagina ser o amor e a paixão?
– Certamente que não!
– Não falou com ela sobre sua frustração com todos os amantes que tentou e não conseguiu ter?
– Nunca falei sobre amantes com a princesa.
– E ela nunca perguntou?
– Não é um assunto que me agrade discutir, excelência. Com ninguém, aliás – finalizou Leah, ressentida com as insinuações do sheik.”

2. Apesar da antipatia e pré-conceitos à primeira vista, eis que o sheik sai com essa…
“- Quero que a princesa Samira seja feliz, em nosso casamento, srta. Marlow. Portanto, se eu considerar seu trabalho satisfatório, permitirei que continue a ser sua dama de companhia. Dessa forma, poderá continuar a ajudar a tomar conta de minhas filhas e a ensinar-lhes inglês.
Leah pestanejou diversas vezes, atônita com a arrogância daquele homem. Aparentemente, ele esperava que ela agradecesse pela infinita condescendência!
– Acho que não entendi, excelência – exclamou, com mal disfarçada irritação – Meu cargo, aqui…
– Terá continuidade em meu palácio, srta. Marlow. Você fará parte do séquito da princesa Samira quando retornarmos a Zubani. – declarou o sheik, como se a decisão nada tivesse a ver com ela.
(…)
Além do que não tinha a menor vontade de trabalhar para ele, sujeitando-se, por conseguinte, a seu poder. Sharif al Kader não gostava dela e Leah não gostava dele.
– Perdoe-me por declinar de sua generosa oferta, excelência – disse Leah, com determinação – Eu lhe agradeço, mas estou satisfeita aqui. Além disso, tenho um contrato a cumprir, que…
– Seu contrato será cancelado.
– Com que base?
(…)
– Talvez tenha se esquecido que não se encontra em seu país, srta. Marlow. Está aqui por nossa vontade, não pela sua. É uma simples questão de considerá-la inepta. Rebelar-se contra um conselho bem intencionado e sensato, por exemplo, é motivo suficiente. Você receberia uma generosa indenização e seria dispensada, para nunca mais voltar.
(…)
– Quer dizer que eu não tenho escolha?
– Exato.
Leah suspirou audivelmente:
– Acho que já fiquei tempo demais no Oriente Médio. – declarou, com indisfarçado desprezo pelos planos que o sheik tinha para ela.
Sharif arqueou uma sombracelha, em desafio ao atrevimento de Leah.
– Talvez o mesmo suceda com seu irmão, srta. Marlow? Quer ser responsável pela demissão dele?”

3. Expulsa do país, após a fuga do irmão e da princesa, Leah pensa que está indo para o aeroporto de Dubai, mas foi levada para o refúgio secreto do sheik antipático:
“- Por que você me trouxe para cá? – exigiu Leah, teimando em desprezar a autoridade do sheik, mantendo-se de costas.
(…)
Para o sheik, assim como para qualquer árabe, Glen o ofendera seriamente, e era justo que a família pagasse o preço. A inocência de Leah era totalmente irrelevante.
– Seu irmão roubou minha noiva.
– Não é verdade! Samira foi com ele por livre e espontânea vontade.
– Ela estava prometida para mim.
– Uma promessa feita pelo pai dela.
– Ela concordou.
– Sob pressão!
– Não existe desculpa para o que aconteceu, Leah Marlow. Seu irmão levou a mulher que estava prometida para mim. Mas eu não irei para a cama sozinho, esta noite. Haverá nela uma mulher. Uma mulher que me dará prazer. – Ele fez uma pausa, antes de acrescentar com uma crueldade inflexível – E essa mulher será a irmã de Glen Marlow.
(…)
– Não! (…)
– Sim. – murmurou ele, fitando-a com fúria intensa.
– Você não pode fazer isso!
– Farei.”

4. Ele a seduz, ela cede e…
“- Leah… – murmurou, com uma estranha entonação na voz, como se lhe custasse pronunciar seu nome. Ele suspirou, antes de acrescentar – Pronto… está feito.
Está feito.
As palavras retumbaram na mente vazia de Leah com uma violência que lhe abalava a paz de espírito. Vingança… nada mais, nada menos que vingança. Fora isto, pura e simplesmente, que o que acabara de acontecer significara para Sharif.
(…)
Com um gesto brusco, puxou a mão de sobre o travesseiro e ergueu-a, empunhando a adaga. Não esperava, contudo, que seu braço fosse imediatamente imobilizado por dedos de aço.
– Solte-me.
Sharif arrancou a faca da mão de Leah e atirou-a para o outro lado do quarto. Ela começou a socá-lo, murmurando imprecações de protesto e frustração. Sharif segurou-lhe as duas mãos e deitou-se sobre ela, imobilizando-a com o peso de seu corpo.
– Nem agora, depois do que compartilhamos, posso confiar em você?!
– De minha parte, não confiei em você desde o primeiro instante em que o vi – revidou Leah, com raiva e amargura.
– Pelo menos, em uma coisa você não mentiu – reconheceu Sharif – Você nunca esteve com um homem, antes.
Leah fulminou-o com o olhar, odiando-o por tudo o que a fazia sentir.
– Sim, você foi o primeiro – vociferou – E espero que tenha sido o último!
Sharif franziu a testa.
– Por que tanto amargor, Leah?
(…)
– E se não for bem assim? Se você conhecer alguém com quem seja diferente…
– Eu jamais acreditaria.
– Quem te magoou tanto, Leah?
– Não é da sua conta! Além do que, pessoas como você são extremamente egoístas. Só pensam em si mesmas. – gritou Leah, com lágrimas nos olhos, antes de implorar – Solte-me! Deixe-me, Sharif… Você já teve a sua vingança…”

5. Nesse meio tempo, o irmão de Samira procurou para oferecer uma reparação… e o sheik antipático exibiu Leah como um troféu. Leah tentou e quase conseguiu fugir, mas ele a trouxe de volta. O pai dela, com quem ela não conversava há tempos, foi pessoalmente ao refúgio para pedir a libertação dela e não foi atendido (mas os dois se reconciliaram). E depois disso, vem o sheik chiliquento…
“- Como você pode ficar aí sentada, calma e serena, quando vive me criando problemas? (…) – Desde que você entrou em minha vida, não fez outra coisa se não transformá-la em um verdadeiro caos! – continuou Sharif, avançando na direção dela.
(…)
– EU entrei em sua vida, Sharif al Kader? Eu estava sentada em meu jardim, cuidando da MINHA vida, quando você…
– Você me desafiou! Por que fingir que é tímida e submissa quando obviamente nenhuma das duas coisas você é? Nunca uma mulher olhou para mim do jeito que você olhou!
– Como assim, Sharif? Foi você quem me despiu com os olhos, da maneira mais indecente, fazendo-me sentir…
– Ah! – interrompeu ele, triunfante – Então, você admite.
– Admito o quê?
– Que você queria saber como seria, comigo. Agora, você sabe. É, portanto, um capricho de sua parte queixar-se de mim com seu pai.
– Não me queixei para meu pai! – protestou Leah, indignada. – Ao contrário, convenci-o de que estou bem e feliz, aqui. Disse até que gostava de você.
– Não fez nada além de dizer a verdade.
– Não! Fiz isso para impedi-lo e a Glen de fazerem alguma bobagem, como por exemplo enfrentarem você por minha causa. – declarou ela, irritada com a petulância de Sharif.
– Leah, o que eu fiz que desagradou você? – quis saber ele, segurando-a pelos ombora e fitando-a intensamente.
– Você me raptou, para começar!
Sharif arqueou uma sobrancelha, zombeteiro.
– Não foi o que você me desafiou a fazer, quando olhou para mim, na sala do trono, em Qatamah? – Que absurdo!
– Não é absurdo, Leah. Você me provocou além dos limites. Eu lia em seus olhos a curiosidade de me conhecer. É apenas seu orgulho que não a deixa admitir.
Leah olhou para Sharif, confusa, enquanto ele lhe segurava o rosto dentro da palma da mão. Seria possível que existisse algum fundo de verdade no que ele dizia? Mascarara para si mesma suas reações porque não condiziam com o que julgava adequado?”

6. E então…
“Leah nunca o vira tão animado, os olhos brilhantes, a voz brilhante de exultação e poder.
– Peguei-os. Finalmente, eu os tenho! – Ele riu, enquanto caminhava a passos largos pela sala e parava junto à janela, com ar de amo e senhor de tudo que seus olhos contemplavam. Respirou profundamente, antes de exclamar, extasiado – Que dia glorioso!
Em seguida, virou-se para Leah e levantou os braços, num gesto de euforia.
– Eles estão em minhas mãos. Os instrumentos do poder. E hão de dançar conforme a minha música! – declarou, com um prazer intenso, cerrando os punhos.
– Se você me disser do que está falando, quem sabe poderei me regozijar com você, Sharif. – pediu Leah, divertida e curiosa – Que instrumentos?
Um sorriso de triunfo iluminou ainda mais o rosto de Sharif.
– A princesa Samira e seu irmão!
– O… que aconteceu? Você mandou raptá-los, também?!
– Não – Os lábios do sheik se curvaram, zombeteiros – Foi bem mais simples que isso. Eles vieram oferecer-se reféns. Os malfeitores! Querem trocar de lugar com você!
(…)
– Você não vai fazer nada com eles, Sharif – pediu – Por favor, você não pode fazer nada com eles! – Eles são submetidos à sentença da lei!
Um brilho cruel iluminou os olhos escuros e o rosto de Sharif se enrijeceu, revelando o juiz implacável e vingativo que era. Leah fitou-o, incrédula, conforme a dor da desilusão e da decepção sobrepujava o afeto e o carinho que ele vinha conquistando. A vingança fora o único objetivo de Sharif, desde o início, tomando-lhe conta da alma e do coração.
Mais uma vez Leah se deixara enganar. Tudo que Sharif fizera com ela, cada palavra, cada atitude, nãp passara de um incidente na busca de seu propósito principal. Talvez ele tivesse até gostado; alimentado o ego com a conquista..
– Você me usou como chamariz! – acusou, desesperada para agredi-lo de alguma forma.
– Você me satisfaz em todos os aspectos. Preencheu um vazio em minha vida e me ajudou a alcancer o meu intento.”

Para me irritar mais, Leah começou a gostar de ser mantida prisioneira… lealdade com o captor que sempre duvidou dela, julgou-a com pré-conceitos próprios. Alguém me arruma um motivo nobre pelo qual ele queria levá-la como dama de companhia da noiva para o país dele? Para olhar a vista é que não era… Jogou a culpa nela da atitude dele! Bem, ele não se vinga do jeito que queria, mas, graças à Leah, é encontrada uma solução. Aí o sheik pede que ela se case com ele. Mas posso ter tido um delírio provocado pela raiva e agravado pela miopia, mas, em nenhum momento, ele diz que a ama. Ela é quem fala.

Em resumo, quem ler esse livro e quiser bater no sheik todo-poderoso por favor, entre em contato comigo, para pegar a senha…

Bjs

Beta

4 Comentários

  1. Anônimo

    Kkkkkkkkkkkkkkkkkk Esse sheik mesmo não se encherga. Adoro esse tipo, fazer o que? Tava gostando do livro até a parte q vc diz, Beta, q ele não se declara pra ela. Aí realmente não dá. Que ela ama ele a gente sabe, mas ELE DEVERIA falar eu te amo pra ela. A impressão que passa é q só ela é que ama.

  2. Anônimo

    com certeza beta, acho q eu vou pegar senha com vc pra descer o xicote nesse xeque, ah ninguem merece, o cara apronta o romance inteiro, e para o cumulo da minha paciencia o cara nem se digna a pedir desculpas e nem falar ‘eu te mao’ pelo menos uma vez…
    ahh tenha do, ta certo eu adoro um xeque arrogante, mas esse ai, ninguem merece…………

  3. Luna

    Obrigada por postar sua opinião sobre o livro. Me poupou o trabalho de ler e ter vontade de matar o sheik com minhas próprias mãos. Não posso dizer que gosto desse tipo de livro porque estaria mentindo… Gosto de livros de Sheik,mas não um como esse. Odeio quando o mocinho-vilão tenta jogar a culpa de suas próprias atitudes, nas costas da mocinha. Seu blog é sempre uma referência de livros pra mim.

    Beijos e fica com Deus!

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