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Cap. 275 – O despertar do desejo – Penny Jordan

Ciao!

Este livro parece o melhor dos meus delírios.

Tudo está errado, faltam amigos e apoio, as dores e humilhações parecem não ter fim e a auto-estima está baixíssima, viaje para a Itália e todos os seus problemas acabarão!

Basicamente, é o que acontece com a heroína desta história, que encontra um duque que, apesar dos defeitos típicos (aristocrata italiano, imaginem o tamanho da prepotência), está mais para príncipe encantado que para sapo…

O despertar do desejo – Penny Jordan – Paixao 44 – Por Ordem Real
(The Italian Duke’s Wife – 2006 – Penny Jordan)
Personagens: Jodie Oliver e duque Lorenzo Niccolo d’Este, Duque de Montesavro
Reino: ele é um aristocrata da Itália

O mundo de Jodie não caiu, desabou. O noivo, com quem já estava de casamento marcado, decidiu abandoná-la para casar com outra, que correspondesse aos desejos de sua família. Para disfarçar a decepção e evitar os olhares de pena, decidiu embarcar para onde seria a sua lua-de-mel: costa amalfitana, na Itália. Só não contava que um pneu furado fosse fazê-la encontrar um marido! Lorenzo precisava se casar em um prazo recorde para não perder o direito ao Castelo da família. Ao encontrar Jodie, percebeu que um casamento de conveniência era a solução: ele poderia ajudá-la a dar a volta por cima e ela o ajudaria a conseguir sua herança.

Comentários:

– Devo estar em um dia bom, com o meu lado escorpiano de barriguinha cheia após torturar outros livros e o lado geminiano ocupado excessivamente fazendo 7 mil planos por segundo, para nenhum deles implicar com esta história.

– A história começa com a heroína – Jodie Oliver, uma turista inglesa que tem motivos para sentar, abrir uma garrafa de vodka e começar a cantar “Meu mundo caiu e me fez sofrer…” – perdida numa estrada da Itália, enfrentando problemas para chegar ao hotel e remoendo todas as reviravoltas para pior que aconteceram recentemente em sua vida.

– Um mês antes, ela se casaria com John e eles estariam em lua-de-mel. Agora, ela viajara sozinha porque John a abandonou para se casar com a noiva-perfeita-e-ex-melhor-amiga Louise.

– No mesmo capítulo, conhecemos o herói – Lorenzo Niccolo d’Este, Duque de Montesavro – que está encrencado. O testamento da avó tinha sido manipulado por Caterina, a ambiciosa viúva de seu primo.

– E para ter o Castillo (*posso estar enganada, mas Castillo é castelo em espanhol, né? Porque em Italiano, é Castello… enfim…*) que ele tanto amava, teria que se casar em seis semanas. Só não era pior, porque o tabelião apagara do texto a exigência de que ele se casasse com Caterina para manter o imóvel na família. Mas ele, traumatizado pela ganância das mulheres que conhecera (a começar pela mãe), não queria uma esposa.

– O caminho dos dois se cruza na estrada, quando ele saiu para espairecer dando uma voltinha de Ferrari e encontrou Jodie sem rumo e com um carro quebrado na estrada.

– No primeiro encontro, Lorenzo consegue fazer com que ela despeje toda a raiva, a frustração e a tristeza de ter sido dispensada e ele destila todo o preconceito que tem contra as mulheres.

– Para concluir, que um casamento por inconveniência seria perfeito para ambos: ele poderia acompanhá-la no casamento do ex e, alem de garantir a herança para ele, e em um ano, quando se divorciassem, ela ainda ganharia um milhão de libras como agradecimento pela ajuda.

– Qual é seu nome?
– Jodie. Jodie Oliver. E o seu? – perguntou com a mesma firmeza.
Pela primeira vez, desde que ele tinha parado o carro, ela sentiu uma momentânea hesitação nele, antes de dizer friamente.
– Lorenzo.
– O Magnífico? – retrucou e depois ficou vermelha de vergonha quando ele a encarou.
Il Magnifico. Era assim que Gino o chamava para provoca-lo, alegando que não era de se estranhar que ele tivesse tanto sucesso com as mulheres, já que tinha o mesmo nome de um dos mais famosos governantes da família Médici em Florença.
– Você conhece a história dos Médici?
– Um pouco. (…)

– Tive que colocar este trecho aqui, porque ao lê-lo não me senti mais um dodô (aqueles bichinhos cuja extinção é explicada no primeiro filme A era do gelo, na cena da disputa pelas melancias). Uma turista inglesa que conhece um pouco da história de Florença é uma bênção neste mundo de literatura romântica onde o padrão de heroínas indica criaturas que dependem do herói salvador para achar o próprio nariz.

– A única exceção “não exceção” é Bethany, que sabia da história de Florença, era apaixonada por Florença… mas era uma criatura parva de cansar a beleza e a paciência das leitoras…

– Jodie até tenta ser racional e recusa-lo, mas ele a pressiona (e ameaça deixá-la no meio do nada e ainda chamar as autoridades para dizer que ela invadiu a propriedade dele e quase causou um acidente) e ela aceita e vai com ele para o Castillo, que não parecia um daqueles de contos de fadas.

– Imaginem a combinação jovem patinho feio virgem e magoada + homem sensual, autoritário e seduzido pela virgem. A curiosidade é um baita afrodisíaco. O duque quer e não quer seduzir. Jodie está curiosa, mas sabe o tamanho da responsabilidade e o risco que está correndo se ceder sem que Lorenzo confie nela plenamente – o que não parece ser o caso.

– Vocês vão imaginar que o fato de muitas cenas do livro se passam em Florença ajudaram a derreter meu coração para este livro, né? 

– Afinal de contas, basta citar Uffizzi, Rio Arno e Ponte Vecchio, para o meu radar de fofura disparar incontrolavelmente. No entanto, um duque que quer restaurar um castelo da época da Renascença que tem pinturas que podem ser de Leonardo da Vinci, também ajuda bastante.

– O fato do duque se chamar Lorenzo também é influente (gosto da sonoridade do nome – Lo-reen-zo) e de ajudar crianças que ficaram traumatizadas em áreas de guerra revela que, apesar daquelas características inerentes ao somatório dos fatores italiano + muito rico + aristocrata = o mundo é do jeito que eu quero, Lorenzo é um cara legal (moreno de olhos prateados ajuda bastante, uai, sô), só muito magoado pela vida.

– E Jodie é a patinho feio que precisava de alguém pra convencê-la do contrário: ela tinha um problema na perna por causa de um acidente. Justamente as sequelas são usadas pela ex-melhor amiga como o motivo que Jodie deveria ser altruísta e deixar John se casar com uma mulher perfeita.

– Só que, como Lorenzo prova, a perfeição vai além de aparências e a beleza pode ser imperfeita.

– Claro que a redenção de Jodie no casamento da dupla que a humilhou e a expôs à chacota da cidadezinha num canto da Inglaterra é para fazer a confraria das patinhos feios aplaudir de pé e ao som de muitos efusivos “UHUs- AHAs, patinhos feios vão arrasar!”

Enfim, um livro com personagens carentes, inseguros e imperfeitos à sua maneira pode se revelar uma leitura agradável… Ah, ele também faz parte da série Por Ordem Real.

Bacci!!!

Beta

3 Comentários

  1. Lidy

    Resumindo, esse é um dos poucos livros mais recentes da Penny que vale a pena comprar/ler.

    E falando na Bethany, já tive esse livro na mão e nunca tive coragem de ler – em parte porque eu sei que o final é triste demais, em outra porque fiquei revoltada ao ler uns spoilers…

  2. Anônimo

    Pois é, eu li e gostei. eu já estava com vontade de colocar gregos e ialianos num caldeirão só e ferver!
    ohhh cambada de homem chato!
    não achei o Lorenzo irritante, nem a mocinha besta, apesar de virgem, ela era bem espertinha, diga-se.

  3. Roberta

    Adorei esse livro,é exatamente o tipo de livro que gosto.Adoro personagens que se fazem de difícil quando no entanto querem arder de prazer.Fora que tem muitas senas picantes.De 0 a 10 eu dou 11.

    Adoreiiiiiiii!!!

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