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O Príncipe e a Plebeia – Tuca Hassermann (Maratona de Banca – Setembro) – Cap. 354

Ciao!!!

O susto foi grande ao ler a lista da Maratona de Banca, onde estava” Setembro: autoras brasileiras”. Momento mea culpa: confesso minha ignorância, não me lembro de ter lido um livro de autora brasileira.

Nunca tinha visto algum que me atraísse – na verdade, o contrário é bem mais verdadeiro: o que eu via, me incentivava a correr, correr, correr sem olhar para trás. E a Maratona de Banca propôs o desafio e eu topei.

E o resultado… Bem, se eu leio algumas coisas que Diana Palmer e Lynne Graham cometem, por que não deixar a frescura de lado e ler o trabalho de autoras brasileiras?

O Príncipe e a Plebeia – Tuca Hassermann – Sabrina 1494 (Romances Preciosos)
(2007 – Nova Cultural)
Personagens: príncipe Neyah Faraj e Sarah Baker

O príncipe Neyah estava muito encrencado: na véspera do casamento, recebeu dos pais a ordem do cancelamento e de viajar imediatamente para buscar a irmã caçula, que tinha aproveitado a confusão dos preparativos para fugir de casa. Enquanto isso, a princesa Maata está em Nova Iorque e aproveitou para tentar se estabelecer como designer de jóias… e seu talento chamou a atenção de Sarah Baker, uma ladra de bom coração e excelente gosto. Quando os três destinos se cruzam, suas vidas nunca mais serão as mesmas: a princesa entra em contato com um mundo que nunca imaginou existir, Sarah se torna prisioneira do sheik que está disposto ao pior tipo de tortura – a sedução – para arrancar dela a informação sobre o paradeiro da irmã. E isso é só o começo de uma história de intriga, aventura e inteligência para vencer os problemas.

Comentários:

Como coube tanta história em 160 páginas? Eu fiquei me perguntando isso. Porque a história começou de um jeito e só foi ampliando, ampliando, ampliando ao ponto de eu me perguntar se a autora conseguiria colocar um ponto final decente até a última página do livro. Apesar de uma corridinha básica na parte final, sim, ela conseguiu e deixou as sementes para outras tramas em aberto.

Sarah quer encontrar o irmão, de quem foi separada na infância, e abrir com ele uma joalheria. Enquanto isso, ela vai exercitando suas habilidades sob um código de ética estranho: pesquisa a vítima para saber se ela merece ser roubada e quanto pode levar sem prejudicá-lo.

Numa dessas ações, ela encontrou duas coisas que a interessavam: um joalheiro que poderia ser um elo com o irmão de quem ela se separou ainda na infância e as belas joias criadas pela princesa Maata. É o primeiro passo para que as duas mulheres que vieram de mundos completamente distintos se conheçam e tracem um pacto: a princesa quer ajuda para escapar do irmão (que ela diz ser um marido agressivo) e ladra quer ajuda para descobrir se o filho adotivo do joalheiro seria o irmão dela.

As duas acabam trocando de identidade, o que as colocam em risco: quem ameaça Sarah, agride Maata e o príncipe Neyah captura Sarah e a tortura. Sim, tortura com tudo o que aprendeu com as concubinas, justificando toda aquela expectativa sobre os sheiks serem amantes de tirar o fôlego.

Dá pena da Sarah, muita pena porque ele não tem misericórdia nenhuma. É capaz de deixá-la insatisfeita enquanto Sarah não contar o paradeiro da irmã. Confesso que um lado meu morreu de inveja, outro ficou indignado com esse tratamento – algo que está muito comum nas histórias: personagens prepotentes que fazem tudo a seu modo, seduzem indiscriminadamente e jogam a culpa sempre no alvo da sedução.

Só que Sarah acaba ressaltando o papel das mulheres neste livro: apesar de aparentemente “submissas”, são elas quem estão por trás das ações inteligentes do livro. Ver aquele bando masculino – o sheik, os príncipes, a polícia e o bandido sendo feito de gato e sapatos de uma forma que faz sentido e sem ser “duh!” foi muito bom.

Aí é que eu senti a tal corridinha básica na reta final – quando Sarah salva o dia, o mês, o ano e o futuro. E também apresento meus protestos: o príncipe queimou a língua e deveria ter ficado de joelhos aos pés de Sarah (se ele ficou e eu perdi, desculpe, mas estava ocupada jogando confete pro alto pelo final do livro e por ter gostado da história).

Até onde pesquisei, as histórias paralelas ou sequenciais (é tanta gente que óbvio que deveria acontecer uma lista enorme de continuações) não foram escritas ou publicadas ainda.

Antes do livro, tem uma nota da autora desejando que a gente aprecie a história que ela ofereceu e deixando e-mail para contato. Quer escrever? Eu escrevi mandando o link desta resenha. Vou torcer pra que ela visite e comente.

E a última confissão: na dúvida de qual livro de autora brasileira ler para a Maratona de Banca, escolhi este por causa da capa. Eu não sou fã de sheiks, quem acompanha aqui sabe que minha praia é outra, mas aquele meio sorriso safado e cheio de promessas ganhou minha atenção e despertou minha curiosidade…

Arrivederci!!!

Beta

7 Comentários

  1. Suelen Mattos

    Uauu, que resenha de tirar o fôlego!!!! Esse também foi o meu livro da maratona!!! Eu me apaixonei por ele. Pois é, ainda não tem continuação do livro, mas a autora já está pensando no assunto (que tudo, né?!). Eu tb adorei a mocinha super decidida, que sabe o que quer!!!

    Ah, eu consegui entrar em contato com a autora, ela é um amor e foi super gentil comigo, dando uma passadinha no blog e tudo. Consegui entrar em contato com ela através do blog dela: http://garotademeia-idade.blogspot.com/

    Já falei que adoro o seu blog??? Ele foi uma mão na roda, assim que comecei o meu vício-Diana-Palmer, hehe. Esclarecu muuuita coisa!!!

  2. Beta

    Ciao, Suelen!

    Que bom que vc teve a mesma experiência que eu, porque às vezes consigo gostar de histórias que nenhuma outra pessoa sensata gostaria… kkk
    Mandei um email para a autora, espero que ela visite o LdM…

    Oh, obrigada pelos elogios! ADORO! Estou sempre tentando ajudar! Volte sempre e deixe recadinhos!!!

    Bacci!!!

  3. Tuca Faria

    Mas imagina se eu iria receber um convite tão especial e ignorá-lo! Jamais! Beta, meu anjo, que resenha dez você escreveu. Vc é mesmo muito boa nisso. Cê tem razão, no final eu dei uma corridinha básica, mas tinha um motivo: a Sarah não falava árabe, e se ela fosse obrigada a dizer algo aos rebeldes, estaria ferrada. Mas vá lá, nada é perfeito. De todo modo, fico numa alegria de deixar a boca doendo de tanto sorrir largo quando encontro pelo caminho coisas fofas como você. Obrigadíssima! Beijos e sucesso, meu bem.

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