Ciao!!!
Está Beta feliz e contente na Saraiva, zanzando para lá e para cá, em busca de presentes de Natal (sim, é outra evidência de quanto estou atarefada!). Confesso que o combo a capa + título da versão brasileira me inspirou a trazê-lo para casa. E aí… surpresa!
Amor fora de hora: um romance – Katarina Mazetti – Lua de Papel
(Grabben I graven bredvid – 2011 – Alfabeta Bokförlag)
Personagens: Desirée Wallin e Benny Söderström
Os dois se viram pela primeira vez no mais improvável dos lugares: no cemitério, ainda vivendo a dor de perdas recentes. A princípio, não foram com a cara um do outro: ela era bege demais e ele, rústico demais. Até o dia em que tudo mudou: um sorriso de sol de verão fez um enxergar o outro com outros olhos. E a partir disso, o casal incompatível iniciou um relacionamento imprevisível.
Comentários:
– Não se deixe enganar pela fofura do título e da capa. O livro não é fofo. O livro não é cor-de-rosa, com corações por todo lado. Na verdade, deve ser a história de amor mais crua e direta que já li. Ao que eu me lembre, um estilo completamente diferente dos livros que tenho aqui em casa.
– Avisado isso, continuando: Desirée visitava o túmulo do marido, que morreu de forma prematura. Benny visitava o túmulo da mãe, sua única companhia na fazenda. Desirée era bibliotecária, vivia uma vida totalmente programada, certinha, previsível. Benny vivia a rotina da fazenda: a vida dele era determinada pela hora da ordenha das 24 vacas (atrasa pra ver o que acontece!). O fato de serem tão diferentes os repeliu no início, até o dia em que um sorriso deu um “click” de que havia mais que a fachada de cada um. A partir daí, temos uma relação de desejo intenso, tesão, paixão e, por que não?, amor. Só que ao contrário de outras tramas onde os incompatíveis se tornam compatíveis, aqui as diferenças e arestas não somem magicamente após uma jornada comum. Ambos continuam as pessoas normais e imperfeitas de quando se conheceram, com as vidas que não são o sonho do outro (a urbana Desirée na fazenda e o rural Benny na cidade vivem vários momentos de “choque cultural” ao longo da história).
– Não é um livro grosso, tem 54 capítulos em 179 páginas, mas parece ter muito mais, tamanha a quantidade de informação que você pesca nas entrelinhas. Os capítulos são narrados em primeira pessoa: revezando o ponto de vista dele e o ponto de vista dela, muitas vezes, até sobre o mesmo acontecimento. Tem momentos que criam belas imagens mentais, em especial, as epígrafes de alguns capítulos. A minha favorita foi essa:
– E este também foi meu livro de estréia na literatura sueca! Como não li a orelha, só fui perceber ao olhar o nome original – Grabben I graven bredvid. Claro, curiosa que sou tive que ir atrás do significado. Não quis usar o Google Translator para não ter um momento Casillas [o coitado resolveu usar o Google para traduzir uma frase pro Inglês e acabou publicando que “a festa (party) foi boa” sendo que a frase original era que “a partida tinha sido boa” o.O] e por isso, recorri a uma conhecida da Suécia [sim, o gosto por futebol espanhol abre fronteiras e cruza caminhos na internet]. De acordo com a Nea, o título significa literalmente The Guy in the next grave – O Cara do Túmulo ao Lado. Para saber mais sobre a autora, boa visita ao site oficial (em sueco) e neste site há um texto sobre o livro. E o livro deu origem a um filme, olha só o cartaz:
Bacci!!!
Beta
Mãozinhas espertinhas daquele homem naquela primeira capa ! ^^ Eu pude entender o que um boi zebu (ou seria uma vaca leiteira ?) estava fazendo naquela terceira capa após ler sua resenha todinha.
a capa da versão brasileira é a mais linda, e eu sinceramente gostei da pegada do livro, sabe não é aquela coisa conto de fadas então tem um "que" mais real
Eu tb o traria para casa a julgar pela capa!!!
Até lembrei do beijo de amor de O diário da princesa… hahaha
Diferente de ler!!!