Menu fechado

Cap. 763 – O gosto amargo da glória – Sally Wentworth

Ciao!!! 



Este é mais um caso típico
do “Ler demais dá nisso”. No ano passado, uma pessoa se desfez do ENORME acervo
de uma parente na Banca do Vasco, um sebo onde eu praticamente moro. Comecei a
garimpar algumas coisas (a vontade era trazer tudo, óbvio, mas o orçamento limitado
não permitia) e este livro veio para casa. Não sei por que ele acabou na pilha
que eu comecei a ler primeiro.


Enfim, durante a leitura,
bateu a cisma – já li esse livro, mas não lembrava. Terminei, vim pesquisar e
realmente já tinha lido: foi um dos comentados no post Oh, boy, English guys!.
Como ainda foi na era dos comentários concisos, decidi aproveitar o que já fiz
e detalhar aqui, na abertura do projeto Florzinhas no Literatura de Mulherzinha
(de hoje – a primavera começou no domingo e é minha estação favorita – 
até o fim de setembro, terá um post saído do baú que eu adotei. Espero que gostem).
O
gosto amargo da glória – Sally Wentworth – Sabrina 118
(Set the stars on fire –
1980 – Mills & Boon)
Personagens: Lori West e
Lewis Brent
Lori estava empolgada com a
oportunidade de conhecer e trabalhar na Grécia, como a protagonista do novo
filme do badalado diretor Lewis Brent. Só não entendeu porque absolutamente
ninguém da equipe a tratava bem. Até que descobriu ter sido vítima do rancor de
um ex-companheiro de trabalho, que havia dito a todos que ela não se importava
de dormir com quem fosse para subir na vida. Nenhuma das pessoas da equipe se
importou em saber o lado dela. Foi relegada ao pior apartamento do prédio, ficava
isolada nas refeições e tudo que ela fazia era insuficiente. E não ajudaria
estar se apaixonando pelo diretor, que só exigia e fazia acusações…

Comentários:
– Este é para quem gosta de herói
machão e ogro e mocinha sofredora. Com um detalhe: mocinha sofredora e
lutadora. Aliás, acho que foi por causa de Lori que eu me lembrei da trama. Porque
gostei dela antes e agora, nesta releitura.
– Lori era uma atriz ainda relativamente
desconhecida que tinha sido escolhida para será protagonista do novo filme do
importantíssimo diretor Lewis Brent. Ela não tinha sido a primeira escolha e
quando chegou, a equipe já estava há um tempo em Rodes. E também não fez
sentido porque estava sendo maltratada por todos. 

– Esqueça o glamour e os mimos
de estrela – toda a equipe, a começar do diretor, fez questão de deixar bem
claro que ela não era bem-vinda e que eles teriam que aturá-la. Não demorou
para que ela descobrisse o motivo: os boatos maldosos espalhados por um ator
coadjuvante que, em outra oportunidade, ela rejeitou as cantadas dele. Com o
orgulho ferido, ele se encarregou de garantir que os dias dela fossem
infernais.


– Dignidade. Dá para resumir assim
a saga de Lori. Atualmente alguém diria que ela foi vítima de bullying
profissional, e assédio moral. Tudo que eles podiam fazer para atrapalhar
fizeram. 

– Fora as ações do dia-a-dia que eram mal vistas pelo diretor: ele a viu
sendo gentil com um turista e deduziu que ela era uma vagabunda; o ator principal
se envolveu em uma briga em um bar à noite e o diretor a culpou (e ela estava longe
do local da confusão, apenas encontrou o colega ferido e tentou ajudar). 

– Ela acreditou
que se trabalhasse, se dedicasse e mostrasse talento conseguiria diminuir os
boatos e, por mais que às vezes parecia que ela conseguiria, o veneno sempre
estava pairando sobre ela. 

– Lori foi muito guerreira, mesmo sabendo disso e
sendo maltratada (na maior parte do livro apenas pelo diretor e justamente ter
se apaixonado por ele dava um toque ainda mais trágico de crueldade),
prosseguiu no trabalho superando esses e outros problemas pessoais que surgiram
ao longo da jornada.
– Lewis foi um cretino. Deus me
livre de gente assim. Ele teve que engolir a atriz imposta pelo produtor,
acreditou nos boatos sobre ela e, cada vez que ele parecia que prestaria
atenção nela, vinha o peso do boato, o ciúme e a estupidez. Estava achando a
cena da praia (quando ela tem que nadar até a margem) o máximo dos absurdos até
vir a sequência que envolve a discussão da cena da última gravação – top do top
do top da ogrice literária. Homem mesquinho, machista e idiota. Duvidou dela o livro
inteiro. Quando ela duvida dele, fica ofendido e agressivo. Sério, tenho pena
de quem tem que lidar com alguém assim. Terá vaga VIP garantida no céu.
– E devo dizer que o momento diva
supremo de Lori ao fazer Lewis conhecer toda a verdade foi ótimo. Tive vontade
de aplaudir. Pena que ele foi seguido de um perdão a jato (tão típico) do
mocinho-ogro-carrasco-tapado. Ok, entendo. Mas bem que eu queria que ele
sofresse (muito) mais para compensar o que Lori teve que passar…
Arrivederci!!!
Beta

2 Comentários

  1. Fabiana Correa

    Oi Beta! Sou colecionadora de "florzinhas" e esse é um livro que eu amo, pela Lori, porque como você disse ela foi muito lutadora e eu queria muito ver a cara o ogro quando ele ficou sabendo tudo sobre o suposto mandachuva/amante.
    Adorei!
    Bjus
    Fabi
    Um romance, um sonho…

  2. Sil de Polaris

    Ah, céus, ser alvo de grosserias de uma equipe inteira de trabalho por conta de um boato maldoso sem benefício de dúvida ?! Um romance para viver muita raiva !!!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *