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Cap. 778 – Juliette Society – Sasha Grey

Ciao!!!


Definitivamente,
ainda não sei explicar meu sentimento por este livro. Pensei e não consegui chegar
a uma conclusão…
Juliette Society – Sasha
Grey – Quinta Essência
(The Juliette Society –
2012)
Personagens: Catherine, suas fantasias e o namorido Jack
Vivendo
um namoro estagnado, Catherine é apresentada a uma nova faceta do sexo por uma
conhecida de faculdade. Isso a leva por um caminho completamente inesperado, de
ir em locais que ela nem sonhava existir e descobrir clubes onde os limites são
ditados pelos desejos dos participantes. No entanto, a partir do momento que a
vida real dela começa a se confundir com as fantasias, ela precisa entender que
rumo dar a si mesma e o quanto pode sacrificar no caminho.
Comentários:

No que diz respeito às cenas de sexo descritas sem floreio, este livro é
perfeito. Não temos metáforas, nem deusas interiores tagarelas, opinativas e
saltitantes. Temos várias maneiras de expressar desejo e tesão por outra
pessoa.

No entanto, achei que a autora demorou demais para apresentar o tema e título
do livro. Os primeiros capítulos do livro apresentam a protagonista – é narrado
em primeira pessoa -, uma estudante de cinema, com um “namorido” e que está
muito frustrada sexualmente. O namorido Jack faz parte de um comitê de campanha
de um candidato a cargo político e está focado nisso. Ao ponto de colocar o
relacionamento em quinto plano (exato, nem segundo, nem terceiro, muito menos
quarto. Quinto, sendo superotimista). Aí já viu, né? Pessoa frustrada precisa
desesperadamente de uma válvula de escape para não explodir. Por uma parte (que
eu confesso, achei muito longa, por mais interessante que fossem as
descrições), a gente acompanha as fantasias de Catherine (demorei pra entender
isso que o que era apresentado era a mente dela trabalhando freneticamente em
busca de dar alívio momentaneamente ao corpo), o desejo que ela sentia por um
professor, que não tinha nada a ver com o amor pelo namorido, mas estava ali
presente.
No
entanto, ela ainda estava muito presa às convenções por mais que quisesse acreditar
que não. Até que conhece Anna, uma garota que lidava bem com o corpo e dominava
a sexualidade, usando esse poder como forma de transitar por diversos
ambientes. E como acompanhante de Anna, Catherine começa a entrar em contato
com um lado dela que estava se sentindo trancafiado.

A autora poderia ter condensado o bla bla bla das divagações existencialistas,
intelectuais e de fantasias sexuais e ido direto à segunda parte. O livro sai
do delírio de uma mulher desesperadamente frustrada sexualmente e amorosamente
para uma história que me fez questionar se no final toparia com uma personagem
acordando desorientada e dizendo “cruzes que sonho esquisito que eu tive!” ou
trancada em um sanatório delirando por causa da medicação “tarja breu” (mais
pesada que tarja preta). Mas calma, não é nada disso que acontece, não estou
dando spoiler. Ela faz algo que provavelmente poderia ter acontecido em um dos
muitos filmes que ela cita (e confesso, não vi a maioria deles). E achei o
final coerente.

Agora o mais difícil. Não sei se eu gostei do livro. A parte final, após a
reviravolta, me chamou mais a atenção, porque parecia que eu estava lendo dois
livros totalmente diferentes. A revelação sobre um personagem não me
surpreendeu tanto, porque aprendi a desconfiar de alguns perfis usados em
histórias. Mas não é uma história cativante. Algumas das cenas de sexo soam
mecânicas, falta alguma coisa – seria paixão? – que faça você embarcar na
história, querer estar no lugar da protagonista. E isso eu posso afirmar: em
nenhum momento da história quis ser Catherine. Mas isso sou eu. É provável ser
que outra pessoa lendo tenha sentimentos completamente opostos.

E nem vou comentar essa história de falar que a Sasha Gray é a nova E.L. James.
Levando-se em conta de que não gostei da saga monocromática do protagonista
mimimi, não serve como uma referência positiva para me convencer a comprar o
livro…
– Links: Goodreads;
LeYa Brasil Facebook
 e site oficial.
Bacci!!!

Beta

2 Comentários

  1. Andrea Jaguaribe

    Acabei de ler esse livro ontem e tenho uma opinião formada: não gostei.

    Não pelas cenas de sexo cheias de fetiche e descritas de forma nua e crua. Nada disso, já fui prá leitura esperando isso mesmo e essa parte ficou dentro das expectativas.

    Não gostei porque a autora quis parecer uma coisa que não é. Ela tentou se fazer de descolada e moderninha associando os fatos a filmes e a uma intelectualidade que ela não tem. Prá mim ela é intelectual de orelha de livro. O que é isso? Uma pretensa intelectualidade, demonstrar um conhecimento superficial.

    Na minha opinião foi isso que ela fez: pegou sua experiência com o erótico, já que é ex-atriz pornô e sabe do que está falando, juntou com um amontoado de referências intelectualóides, tentou criar um "thirller" psicológico e o resultado, pelo menos prá mim, foi totalmente insatisfatório, ela não chegou a lugar nenhum.

    Vou parar por aqui para não cair na tentação do spoiler. Mas só recomendo a leitura para quem quer mesmo ler cenas bem quentes de sexo. Mas acho que até a Maya Banks faz isso melhor…

    Beijos!

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