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Cap. 900 – Coração mercenário – Susan Paul

Ciao!!! 




E
olha que legal, o post 900 do Literatura de Mulherzinha coube a um livro da
Maratona Feliz Desaniversário 2014,
que neste ano, tem os históricos como tema. 
Resgatei
o segundo livro de uma série que há muito tempo eu não mexia. E invoquei outras autoras durante boa parte da leitura.
Coração Mercenário – Susan Paul
– Clássicos Históricos 81
(The
heiress bride – 1996 – Harlequin)
Personagens:
Rosaleen Sarant e Hugh Caldwell
Vendida
em casamento para um homem violento por um tio que estava de olho na herança dela,
só restou a Rosaleen fugir de Siere, sua casa e seu povo, até Londres para
tentar uma audiência com o rei. No entanto, o caminho provou ser muito perigoso
para uma mulher jovem, bonita, solteira e sem proteção. E ao encontrar ajuda em
um homem sem moral e sem respeito por ela, definitivamente comprou uma confusão
que, como futura senhora de Siere, não poderia arcar com as consequências. No
entanto, por pior que Hugh Caldwell fosse – e ele não valia nada – poderia ser
a mais confiável das opções em um mundo onde ela precisava desconfiar de todo
mundo para não ser capturada pelo tio e para o noivo imposto.
Comentários:
Você não vale nada, mas eu gosto de você
Você não vale nada, mas eu gosto de você
Você não vale nada, mas eu gosto de você
Tudo que eu queria era saber porquê
(música da Rosaleen, a sofredora)

Sim, da série “associações que minha mente é capaz de fazer lendo romances”,
isso foi possível. Você que ama os ogros da Diana Palmer e da Lynne Graham,
peguem aquelas mulas em forma de homem que elas criam e joguem na Inglaterra no
século 15. E se divirtam. Porque eu comecei com um “Ahn?” e lá pelas tantas já
queria invadir o livro no modo blogueira-Hulk pra transformar o mercenário em
patê.

Posso até imaginar os comentários possíveis de serem feitos: era aquele período
de transição entre as Idades Média e Moderna, o homem era amo e senhor, tinha
todo o direito de “disciplinar” as mulheres rebeldes. As moças de família eram
protegidas para serem vendidas ao melhor partido – sendo que o conceito de “melhor”
é definido como “quem pagar mais, leva a reprodutora do nome da família”. E quem
não fosse “de família” estava à mercê de ser usada para dar prazer ao macho
dominante. Aham. Peraí que vou buscar um suco de maracujá ou um engov, o que
evitar a explosão do meu temperamento primeiro.

Hugh Caldwell descobriu uma história sobre a família dele, pirou na batatinha,
fugiu de casa, virou mercenário e conquistador barato. Não vale nada. Nada. É um
canalha assumindo. Praticamente um anti-herói, com a ressalva que, se você for
como eu, não vai enxergar charme, apenas uma “semvergonhice no modo avançado³”.
A criatura não hesitou em pensar na própria dor, desconsiderando o impacto na
família, claro que não teria consideração por nenhuma outra pessoa, inclusive a
mulher linda que o destino (e as maluquices dela) insistiam em jogar no caminho
dele. Não consigo me lembrar de um momento durante a leitura onde eu não tenha
torcido pra ele tomar uma coça daquelas bem dadas e alguém jogar sal grosso na
ferida. Sim, modo escorpiana má ativado.

Rosaleen me angustiou em vários momentos, primeiro por comer o pão que os
imbecis do cromossomo XY amassaram ao longo da trama. Segundo porque entendo a
desconfiança ativada a todo instante, mas se ela tivesse parado pra pensar
antes de agir, teria diminuído um tanto de sofrimento. Porque ela encontrou
abrigo em um bom local, mas fugiu de lá na sanha de “preciso falar com o rei”.
Aquelas coisas de heroínas se enfiando em problemas por livre e espontânea
vontade/burrice/falta de senso. E pra piorar, com tanto homem legal possível no
século 15, coube à pobre um cretino inverterado, capaz de magoá-la sem ao menos
piscar. (Sim, continuo irritada com a criatura).

Eu imagino que a autora tenha pensado em transformar o choque de temperamentos
e comportamentos como algo para manter o humor na série. Em alguns momentos
funcionou. Mas depois minha consciência escorpiana anti-heróis bestas² me fez
sentir mal, porque não conseguia gostar do que o infeliz estava fazendo. Enfim,
tentei não dar detalhes, para que vocês procurem para ler e tirem suas próprias
conclusões.

– Mas, Santo Antônio, só pra reforçar, não quero um desses, não. A minha lista tem gente muito melhor, de carne e osso e educação!

– A autora tem site oficial e
também escreve como Mary Spencer. Peguei no Romances
in Pink
, a lista correta da série dos Irmãos Baldwin/Noivas Baldwin (como
quiser):
The Bride’s Portion (1995) – Castelo de Ilusões.
The Heiress Bride (1996) – Coração Mercenário.
The Bride Thief (1997) – Ladrão de Coração.
The Captive Bride (1999) – A Força de um Amor.
The Stolen Bride (2000) – Noiva Roubada.
The Prisoner Bride (2001) – A Noiva Prisioneira.
– Outros links: Goodreads autora, livro e série.
Bacci!!!

Beta

2 Comentários

  1. Ly Cintra

    Acho que me livrei de uma bomba, hahahahaha!
    Troquei esse livro meses atrás, foi uma compra impulsiva de sebo.
    Cheguei em casa, descobri que era série, me arrependi e troquei antes de ler por outro que desejava há tempos da Michelle Willingham.

    Confesso que vim ler a resenha com um peso no coração: "Será que vou me arrepender de ter trocado o livro sem nem ter passado uma vista nas páginas?"
    Obrigada por deixar minha consciência mais leve Beta, esse definitivamente não faz o meu tipo 😀

    Beijinhos :*

  2. Sil de Polaris

    Ah, eu adoro essas postagens medievais, por mais cascalho que seu herói seja, porque esse enredo agrada-me completamente. Tudo torna-se muito mais complicado para atingir, o que traz um romance com bastante emoção, principalmente quando tratar-se de uma série (que eu possuo !!!). Mas, menina, você precisa ampliar seu arsenal: sal fino em um ferimento traz muito mais dor !!!

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