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Cap. 934 – A sua playlist pode mudar a sua vida

Ciao!!!

Confesso que escolhi este livro por causa das duas primeiras frases da
sinopse.Todos nós já passamos por
momentos difíceis na vida. O que muitos não sabem, no entanto, é que a música
pode ser tão poderosa quanto remédios — muitas vezes nocivos — para conseguir
superar os problemas.
” Atire a primeira pedra quem nunca se apegou a uma
música em algum momento da vida.
Então, vocês entendem por que eu escolhi um livro totalmente distante dos
romances, né?
A sua playlist pode
mudar a sua vida – Dra. Galina Mindlin, Don DuRousseau e Joseph Cardillo – Best
Seller
(Your playlist can change your mind – 2012)
Este lançamento do mês da editora Best Seller chamou a minha atenção pelo fato de eu gostar de música. Não sei tocar, nem
compor, nem ler partituras, mas gosto de ter sempre música por perto. Primeiro
porque meu nome é por causa de uma música italiana,que
me acostumei a ouvir mesmo quando não entendia uma só palavra. Volta e meia
cito músicas que alguma história me faz recordar.
Ao longo dos capítulos, usando conceitos estudados pelos autores que tem
experiência nas neuropsiquiatria, neurofisiologia, neurociência cognitiva,
psicologia e medicina clínica e exemplos práticos, eles vão ensinando como o
prazer de ouvir música pode te ajudar em momentos que muitas vezes você não
esperava. Algumas coisas, muitas pessoas – eu, inclusive – fazem por instinto. Aposto
que você tem uma lista de músicas que o fazem sorrir, querer dançar até cansar,
motiva para exercícios ou a famosa “vergonha alheia do karaokê ou não importa
onde” (tipo isso).
Os autores, a partir da experiência acadêmica e prática de cada um, detalham
como a gente pode usar este gosto para treinar o cérebro a motivar, superar momentos
de tristeza, angústia, ansiedade, a concentrar e desfrutar de momentos de paz e
tranquilidade. E ainda tem um capítulo sobre a Musicoterapia Cerebral, algo que
eu nunca tinha ouvido falar, mas que, se consegue mesmo os resultados citados
(ainda mais na ajuda a combater a insônia), adoraria poder tentar. E segundo os autores, esta forma de treinar o cérebro usando músicas ajuda a evitar o uso de remédios.
Eles fazem uma lista orientando como montar playlists para alcançar objetivos
específicos, sempre citando exemplos e indicando listas que podemos usar. Destacam
algumas coisas que parecem óbvias: escolher músicas que a gente gosta,
catalogá-las conforme a meta proposta, não se importar com a repetição,
associá-las com as lembranças que te ajudam. Estou sendo simplista porque o
livro me surpreendeu e me sinto na obrigação de tentar evitar “spoilers” para
quem se interessou e quer conferir.
Apesar de ter um tema técnico, está longe de ser um livro chato de ler. Ainda
mais porque, ao longo da leitura, fiz associações com momentos da minha vida e
as músicas que fazem/fizeram parte deles. Não tenho playlists, mas tenho um
arsenal no celular para minhas variações de humor e temperamento. Dependendo de
como eu estiver, só entrar lá e escolher. Há os momentos de “cisma”, as
tietagens explícitas e eternas, aquelas músicas que ressurgem e as trilhas
sonoras que nos acompanham, além daquelas músicas que nos salvam. Neste ano,
passei por duas situações parecidas de “bloqueio” para escrever textos. A pior
parte, não era para o blog. Era a trabalho. Como sempre tive o costume de
estudar ouvindo música e por algum tempo da minha vida trabalhei em uma rádio,
me acostumei a ouvir de tudo ( inclusive estilos,cantores, cantoras e bandas
que eu não gosto). Então para tentar destravar, recorri às músicas. Na primeira
crise, o bloqueio não resistiu a, acredite se puder, “Kiss the girl”,
do filme A pequena sereia. A segunda, mais recentemente, surgiu a partir
de um pedido de socorro para fechar um texto (que se tornou dois) e que só
destravou depois de ouvir incessantemente esta música.
Outro momento engraçado é que, quando eu estava no meu primeiro emprego, trabalhava
no turno da manhã. Então quando levantava, colocava sempre músicas para ajudar
a acordar enquanto me preparava para sair. Teve uma época que eu ouvi esta música da Cássia Eller e #madrehooligan reclamou que era muito agressiva. Aí troquei por essa. Um dia, ela elogiou a mudança
e eu expliquei: “É tema de uma cena em Gladiador onde o Russell Crowe
sai cortando cabeças e derrubando todo mundo que está contra ele. Eu gosto do
filme e vi que a música me ajuda a acordar”. Atualmente, a turma que ouço para
ir para o trabalho tem “a favorita da vez”, nesta semana, foi Aretha Franklin cantando Rolling in the deep, da Adele (que também está no celular).
Outras opções são: Move it on over (veja quem canta e entenda o motivo); Walk,
do Foo Fighters e o Awesome Mix Vol. 1 (a maravilhosa trilha de Guardiões da Galáxia, especialmente a primeira e a última)
E só para encerrar com uma lembrança do “baú afetivo”. Quando eu era
pequena, ficava na casa da minha tia para minha mãe trabalhar. Geralmente
tomava café ouvindo Rádio Globo, do Rio de Janeiro (é, moro em MG, mas na
época, pegava aqui). O Haroldo de Andrade sempre abria o programa dele saudando
o ouvinte não importa quem fosse, onde estivesse e o que estava fazendo falando
tendo uma música clássica como fundo. Anos depois, reencontrei a música ao
descobri-la no repertório de Tchaikovsky, que a essa altura, já era, por outros
caminhos, o meu compositor clássico favorito. Até hoje, quando ouço esse trecho
do Concerto para Piano nº1, me
lembro do tom da voz e da animação que o Haroldo de Andrade queria que seus
ouvintes tivessem para encarar o dia.
A música é o atalho da emoção”,
é uma das frases usadas na abertura de capítulo do livro. Leon Tolstói. Um que
sabia muito bem o que escrevia.
Bacci!!!

Beta

4 Comentários

  1. Luna

    Olá Beta!

    Que saudades daqui!

    Fiquei muito interessada neste livro, mas por causa da sua resenha! Ainda que eu seja completamente louca por músicas, o livro por si só não me atrairia porque não gostei muito da capa e do tom de "autoajuda" que o título tem. Até gosto de livros de autoajuda, mas não gosto muito quando os títulos indicam isso.rsrsrs… Enfim… Mas a sua resenha provocou o meu interesse pelo livro. Creio que darei uma chance a ele.

    As músicas sempre fizeram parte da minha vida. Assim como sempre estou com um livro na bolsa, não posso sair sem meu celular (e só pelas músicas!) e fone de ouvido. Chego a ter um ataque quando o fone resolve parar de funcionar e não encontro com rapidez um local que venda um fone de ouvido substituto. Elas possuem um grande poder sobre mim. E bastante positivo. Até mesmo a música mais triste pode melhorar o meu humor.kkkkkk… Elas me trazem lembranças, me emocionam, me fazem viajar sem sair do lugar, me fazem sorrir, dançar, cantar e, claro, chorar também. Amo músicas! Não consigo imaginar como seria minha vida sem elas.rsrs…

    Bjs!

  2. Sil de Polaris

    Ah, eu não sou de época de playlist, mas de fita K-7, embora eu nunca tenha chegado ao ponto econômico de poder carregar um walkman comigo para ouvir minhas músicas de adolescentes (eu nasci dois anos após pisotearem pela lua), mas ouvia muito minhas músicas em meu quarto, sem fone de ouvido, que era caríssimo. Mais um livro cujo tema você enriqueceu com sua resenha, atiçando minha curiosidade felina por mais uma vez.

  3. Marcel Gharios

    Muito obrigado pela sua resenha. Quando eu vi o livro em destaque numa livraria em Curitiba, logo fiquei interessado pelo tema, justamente por gostar bastante de ouvir música, mas como a Luna já comentou aqui também, o título no estilo autoajuda me deixou com um certo receio se ele realmente valia a pena ou não. Suas impressões positivas me ajudaram a deixar esse receio de lado e encarar o livro.

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