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Cap. 1005 – Quando em Roma… – Gemma Townley

Ciao!!!!

O resultado desta categoria me surpreendeu. Ao
reunir os candidatos, imaginei que o livro da Cecelia Ahern teria alguma
vantagem. Isso se confirmou nos primeiros dias. Depois teve uma virada que se
manteve até o encerramento da votação.

E foi assim que este livro saiu do armário onde
morava há séculos direto para o Abril Imperdível.
Quando
em Roma… – Gemma Townley
– Record
(When in Rome… – 2004)
Personagens: Georgie Beauchamp e a dúvida: David Bradley
ou Mike Marshall
Georgie vivia uma vida normal, em um relacionamento
estável com um cara normal e comum, David, um contador e longe do glamour que
ela sonhava para si mesma. Ainda mais depois de ter sido largada por Mike sem a
menor satisfação e consideração. Ela alimentou o sonho de reencontrar o ex e
poder sambar na cara dele. Claro que as coisas não foram bem assim quando houve
o reencontro. Para surpresa dela, ele estava interessado em retomar a amizade e
se reaproximar. E fez o convite irrecusável: um fim de semana em Roma, na
Itália. Meio estremecida com David, ela aceita. Óbvio que a confusão só
piora…
Comentários:
– Sabe quando você lê as primeiras páginas e tem
certeza de que vai dar muita encrenca? Esta foi a minha sensação antes de
chegar a 10 páginas de livro. Os elementos de chicklit (que me irritam) estão
ali: personagem imatura, frustrada com a vida, com sonhos maiores que os que
consegue realizar na prática se mete em enrascada e faz (MUITA) bobagem. E olha que gostei do outro livro que li da autora, mas neste não dei conta de Georgie e suas lambanças!
– No caso, o fator que desencadeia a lambança é o
fato de Georgie não ter superado o rompimento com Mike – que foi o simples e
seco “ele a abandonou deixando um bilhete na bancada”. Claro que ninguém supera
isso da noite para o dia, eu sei. A alma alimenta o desejo de vingança, de
exibicionismo, de vaidade, de ostentar, de se mostrar melhor e desejável, o
famoso “olha só o que você perdeu, seu otário” que no caso dela também reflete
uma possibilidade de “me chama que eu vou”. O pior: o cara é o padrão do
canalha recorrente em neon piscante. Daquele tipo que você dá uma festa por ter
se livrado.
– E mesmo em um relacionamento com um homem que a
agradava e parecia entendê-la – mas que ela não podia ostentar – o fantasma pairava. Para piorar, eles se reencontram.
Ela começa a comparar o ex com o atual. Aí, o flerte, a riqueza e a adulação do ex,
a demonstração de controle do atual e a frustração com o conjunto da obra vão
se somar como combustível e estopim para que Georgie tome uma série de atitudes
que só ela não percebe o tamanho da lambança onde está se embrenhando.
– Passei 99% do livro xingando a protagonista, pela
total imaturidade. Dio Santo,
em que mundo este ser vive? Em qual bolha de egoísmo este ser viveu tantos anos
sem nunca ter se estrepado antes? Ok, não existe ninguém perfeito e nem 100%
bom senso. Mas ela é full-time,
relapsa no trabalho, frustrada na vida pessoal, apesar de também não se
esforçar por conta própria para melhorar e incapaz de se colocar no lugar do
outro. Não tem como se identificar e, após um tempo, nem ser complacente com
uma criatura assim (ainda mais se você for escorpiana ranzinza). Claro que ela
vai pisar feio na bola. E só assim, à beira do precipício de perder tudo o que
realmente importa (e que só deu valor tarde demais), ela vai encontrar o rumo
da redenção. Por isso, perca a paciência, mas não a esperança. Talvez ela seja
recompensada ao final.
– Ah, das coisas das quais não reclamei: as muitas
referências a A Princesa e o Plebeu, à Audrey Hepburn e Gregory Peck e
as referências à Roma, onde se passa o filme e que era sonho de consumo dos
delírios de grandeza romântica da protagonista desorientada. Apesar de eu
preferir Florença e Londres ter se tornado extremamente atraente recentemente,
nada contra sonhar com um feriado romano, mas lutar para conquistá-lo.
Bacci!!!
Beta


ps.: E não tem nada a ver com o filme “Quando em Roma” que passa de vez em quando na Globo e de vez em sempre nos canais por assinatura. 

2 Comentários

  1. Sil de Polaris

    Muito bom ! Esse romance não tem qualquer semelhança com aquele filme realmente, mas tem seu charme particular. Eu fiquei encantadinha pelo namorado contador, embora essa profissão não seja atraente para mim devido ao básico simplista que conheço ao seu respeito. Mas concordei absolutamente quanto ao ex-namorado ser um canalha recorrente de marca maior. Amores mal-resolvidos …

  2. Ly Cintra

    Acho que votei nesse livro no Abril Imperdível do ano passado! Foi uma surpresa muita agradável vê-lo aqui *-*

    Confesso que fiquei decepcionada com o enredo, esperava muito mais desse livro. Sinto que você também não gostou muito… Acho que vou continuar passando ele.

    :*

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