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Cap. 1046 – Segredos da Corte – Blythe Gifford

Ciao!!!

Depois de ser apresentado no Literatura de Mulherzinha pela própria autora não UMA, mas DUAS vezes, vamos ao que interessa.
Há um ano espero por este livro, finalmente consegui ler e antecipo: valeu muito a pena.
Segredos da Corte – Blythe Gifford –
Harlequin Historicos 156
(Secrets
at Court – 2014 – Mills & Boon Historical Romance)
Personagens:
Anne de Stamford e Nicholas Lovayne
1361:
Lady Joan, a “Virgem de Kent” e Edward, o Principe Negro, queriam se casar e
estavam dispostos a tudo para conseguir, inclusive a um casamento secreto, com
apenas Anne, a dama de companhia de lady Joan como testemunha. No entanto, a
situação não poderia ficar deste jeito e Nicholas Lovayne foi enviado a Roma
para apaziguar e resolver a situação com o papa. Ao retornar e dar o recado com
as exigências papais, recebeu a missão de continuar no caso até o final feliz:
ou seja, como o Príncipe queria. Para destrinchar um complicado quebra-cabeça
de casamentos e anulações, seria necessário remexer no passado. Algo que Anne
foi incumbida pela ama para acompanhar e evitar que ele fosse longe demais.
Comentários:

Vamos à situação de Lady Joan. Ela contou que se casou secretamente com Thomas
Holland aos 12 anos, mas eles não ficaram juntos. Depois, aos 16, a família a
casou com um jovem que herdaria o título de Salisbury. Então, após sete anos,
Holland enviou uma petição ao papa pedindo a anulação do casamento, alegando
que ele já era casado. Alguma burocracia depois, o papa anulou o casamento de
Joan com Salisbury e oficializou o casamento com Holland. Só que ele morreu. E viúva, com dois filhos, queria se
casar com o Príncipe que estava totalmente apaixonado por ela. Para aceitar, o Papa queria certeza de que essa confusão
de casamentos e anulações estava registrada, carimbada, oficializada conforme a
lei religiosa.

Nicholas achou que, com o recado do Papa, a missão estava terminada, mas ganhou
a responsabilidade de concluir o processo. Ou seja, providenciar o documento
que o papa pediu. O que significava viajar para falar com o Bispo de Cantuária sobre
a localização do documento. Algo normal se a peste não tivesse assolando o
país, a corte não estivesse refugiada e a realeza não esperasse urgência. Para ficar
melhor ainda, precisava contar com a colaboração do religioso, em se dispor a
achar e homologar um documento de anos antes.
– E
ainda ganhou um “contrapeso” na viagem: Anne de Stamford, a dama de Lady Joan,
que aproveitaria a companhia para fazer uma peregrinação à igreja de São Tomás Becket. Na verdade, era apenas mais uma mentira na vida de Anne, pelo bem da Senhora.
Lady Joan queria alguém que acompanhasse todos os passos do “fazedor de
milagres” Nicholas Lovayne para que ele não fosse além do solicitado e se
deparasse com informações conflitantes à história que ela contava. Nada melhor
que a dama de companhia que vivia nas sombras, por causa de sua deficiência,
que aprendeu a ouvir a Senhora e a garantir que tudo daria certo no final.

Anne estava acostumada a ser invisível e parou de sonhar com o impossível por
saber que o problema no pé não teria cura. Desta forma, ela nunca se tornaria
uma jovem elegível para o casamento. Mas era grata porque outros na mesma situação
que ela estavam abandonados à própria sorte. E ela não reclamava e fazia o
possível para não ser um fardo para ninguém. Na entrevista para o Abril Imperdível em 2014 , eu disse à autora que suspeitava que a personagem era forte e isso se comprovou. Anne não teria sobrevivido se não fosse resistente e resiliente. Nicholas não queria vínculos com
nada e com ninguém. Viajava pelo mundo e não reparava por onde passava nem
guardava lembranças. No entanto, Anne atraiu a atenção dele que ficou meio
indeciso sobre o que fazer. E dá angústia perceber o quanto os segredos que Anne guarda – e que nós vamos descobrindo junto com ele ao longo da trama – podem fazer com que ele desista das possibilidades que ela pode trazer à vida solitária e sem laços 

Intrigas políticas, segredos, personalidades fortes que revelam suas
fragilidades. Vidas que não estão sob o comando deles mesmo, mas dos caprichos
da realeza. 
De muitas maneiras, os dois estão muito envolvidos na confusão do casamento real e os papeis que são obrigados a desempenhar pode ditar o rumo não só da convivência como da relação entre eles.Temos personagens que vão convivendo para entender um ao outro, até
perceber que talvez não fossem o que imaginaram. E ponderar se o que são é o
que realmente interessa um para o outro. E se é possível que o amor nasça neste
ambiente onde nada é o que parece.
– Como
a autora antecipou na mensagem que publiquei em outro post (e na carta aos
leitores no final do livro), o mais incrível é que toda essa confusão ocorreu
de verdade. Blythe Gifford escreveu usando personagens que realmente existiram:
lady Joan, o príncipe Edward e mesmo Nicholas. Ou seja, há momentos em que a
vida supera a ficção sem a menor chance de concorrência. Para quem gosta de
livro histórico bem construído e com base, esta é a opção. Divirta-se e boa
leitura! Eu gostei e estou esperando agora o segundo livro da série, sobre uma
personagem mencionada nesta trama.
Série Royal Weddings
1. Secrets at Court –
Segredos da Corte – Harlequin
Historicos 156
2. Whispers at Court  – Rumores na Corte – Harlequin Históricos 161 (lançamento em outubro de 2015)
Bacci!!!

Beta

3 Comentários

  1. Sil de Polaris

    Este romance está em minha lista de aquisição para "em breve". Eu tenho muito interesse em saber direitinho sobre essa confusão de anulação e casamento e sobre o que foi feito para resolver esse assunto, esperando entender o que seria "tocar demais nesse assunto". Mas eu quero saber principalmente como sua autora conseguiu trazer um final feliz para um casal semi-imaginário, se eu puder falar assim.

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