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Cap. 1053 – Para onde vai o amor? – Carpinejar

Ciao!!!
I
should have seen it coming when the roses died
Should
have seen the end of summer in your eyes
I
should have listened when you said good night
You
really meant good bye
Sabe livro que chega de
surpresa? Pois é, não esperava e me surpreendi quando este lançamento de junho da Bertrand Brasil bateu à minha porta.
Já ouvi falar do autor,
óbvio, moro neste planeta (porque Heimdall é um guardião muito teimoso e não
abre Bifrost). Só ainda não havia me encontrado com os livros dele.
E deu em Bon Jovi.
Peraí, que já vou explicar.
Para
onde vai o amor? – Carpinejar
– Bertrand Brasil
(2014)
Baby
ain’t it funny how you never ever learn to fall
You’re
really on your knees when you think you’re standing tall
But
only fools are know-it-alls and I’ve played that fool for you
Em 58 textos, Carpinejar
abre o coração para o que chama de “Crônicas de Fossa”, onde fala sobre cenas variadas
possíveis em relacionamentos: desde o amor devotado de apenas uma das partes à
dor de se ver esquecido e ignorado por quem tanto amor.
I
cried and cried
There
were nights that I died for you baby
I
tried and I tried to deny it that your love drove me crazy baby
If
the love that I got for you is gone
If
the river I’ve cried ain’t that long
Then
I’m wrong yeah I’m wrong
This
ain’t a love song
É um livro de leitura fácil.
Porque fala de forma simples e clara sobre sentimentos. As pequenas e grandes
cenas de uma história de amor: o começo, o encantamento, a rotina, os ajustes,
as incompatibilidades que se tornam charme. As diferenças que criam e se tornam
problemas. As miudezas que só são reveladas após uma perda sem chance de volta.
A dor de quem se viu sozinho. A dor de quem foi rejeitado. A dor de quem foi
abandonado. A dor de quem sonha com uma reconciliação que não ocorrerá. A dor
de quem sofre por se ver uma página virada para alguém que lhe é tão importante
mesmo depois do fim. 
Baby
I thought you and me would
Stand
the test of time
Like
we got away with the perfect crime
But
we were just a legend in my mind
I
guess that I was blind
Se alguma destas descrições
soou piegas, nem pense em torcer o nariz. Só busque na sua memória quantas
vezes você fez questão de ser piegas porque estava apaixonado, feliz e piegas
era bom. Era ótimo. Até o momento em que a bolha estourou, o que antes era
atrativo se tornou irritante e o amor murchou aos poucos, graças ao desejo por
mais, que, muitas vezes, nem existe.
Remember
those nights dancing at the masquerade
The
clowns wore smiles that wouldn’t fade
You
and I were the renegades some things never change
Carpinejar expõe com clareza
as idas e vindas destes diferentes estágios de relação. Expõe de forma
passional várias manifestações da dor da rejeição. 
E, embora escrito por um homem, apresenta um ponto de vista além disso. A mulher é musa, parceira e “torturadora”, tão vítima quanto algoz no enlace e desenlace. Quem passou por isso, se
reconhece e se identifica. Mesmo que não admita para os outros. Mesmo que não
admita para si mesmo. Ao viajar nas palavras do escritor gaúcho, não se
surpreenda se por acaso recuperar lembranças perdidas no tempo, no espaço,
soterrada por outras lembranças.
It
made me so mad ‘cause I wanted it bad for us baby
And
now it’s so sad that whatever we had
Ain’t
worth saving oh oh oh
If
the love that I’ve got for you is gone
If
the river I’ve cried ain’t that long
Then
I’m wrong yes I’m wrong
This
ain’t a love song
(Sim, aconteceu comigo. Sim, não teve final feliz. Sim, a vida seguiu.
Sim, ressuscitou a música que ouvi sem parar por horas até ligar os pontos do que desecadeou o loop mental. Se o
Divertida Mente estiver correto, os habitantes da minha sala de controle mental
estavam cantando de mãos dadas animadamente a sofrência do Bon Jovi na década de 90
)
Enquanto reflete para onde
vai o amor, nas entrelinhas, Carpinejar redige o que todos esperamos –
alimentados por todo um repertório da busca pelo final feliz 
– que ele não esteja muito longe
e não desista de nós. Desejo e tesão todos encontram aqui e ali. E mesmo com
todos os dramas e lágrimas, isso não é suficiente para a maioria, que não quer abrir mão de amar e ser amado.
Bacci!!!

Beta

1 Comentário

  1. Sil de Polaris

    Eu tenho de confessar que enfrentei esse mar de amor devotado de uma de suas partes, com dor de ver-me esquecida, ignorada, rejeitada por quem tanto amei, depois que meu amor não era mais engraçadinho e utilíssimo a ele. Eu paguei meu quinhão gordo gordurento de terror amoroso nessa terra com aquele sujeito covarde e egoísta – ao extremo em ambos esses defeitos. Mas eu estou vingada atualmente !!!

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