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#LdMnaBienalJF: Entrevista com Graciela Mayrink

Ciao!!!
A Bienal do Livro permitiu um encontro muito esperado: afinal de contas, já mantinha contato com a Graciela Mayrink desde que a entrevistei para o G1 Zona da Mata e li o Até eu te encontrar (favorito de muitas leitoras) e o meu favorito, A namorada do meu amigo, mas a gente ainda não se conhecia pessoalmente.
Ela esteve em dois dias da Bienal. O primeiro foi um bate-papo junto com Marina Carvalho sobre romances na quinta-feira. Na sexta, substituiu Chris Melo (que cancelou participação por problemas de saúde na família) no bate-papo sobre construção de romances românticos e dramáticos com Maurício Gomyde.
Ela aprovou a vinda à 1ª Bienal de Juiz de Fora.
 
“Eu estou amando a experiência aqui. Eu gosto muito de vir para Minas, toda vez que venho é sempre muito bom. E aqui foi melhor que eu esperava. O carinho dos leitores mineiros não tem como medir. E juiz de fora não ficou a dever nenhum evento que fiz em Minas, o pessoal é bem receptivo”.
Graciela também destacou o comportamento do público que “vestiu a camisa” do evento. 
 
O que eu estou achando legal é que eles estão abraçando a Bienal. Às vezes a gente vai à cidade que não tem tradição de
ter feira ou um evento assim, e as pessoas ficam meio ‘ah… na próxima eu vou’. Aqui o pessoal está bem empolgado por ter Bienal
”.
O terceiro livro, Quando o vento sumiutem dois finais. Graciela explicou que foi a solução de uma dúvida que surgiu durante o processo de escrita.
Eu tinha programado a história só com um final, o primeiro que vem no livro era o meu final original. Mas ao longo da escrita, eu me apeguei muito a um personagem e queria dar um final diferente a ele. Achei que ele merecia outro final pelo modo como ele se comportou na história toda. No meio do livro, comecei a comentar com a minha irmã que estava querendo mudar o final e ela falou pra mudar e eu: ‘mas o outro também é bom’. ‘Então faz dois’, ela me disse. Aí eu escrevi o segundo final e eu não sabia qual sair”.
O problema era que a dúvida sobre qual final escolher permaneceu praticamente “insolúvel”
por um bom tempo. E olha que ela pediu e recebeu muitas opiniões sobre o assunto.
“Dei para meus leitores betas decidirem; pra minha irmã que é minha leitora alfa, a primeira que lê tudo que escrevo; meus pais e ninguém soube definir qual final sair. Aí mandei para a minha editora e falei pra ela resolver e ela também não sabia. Aí o dono da L&PM falou ‘por que a gente precisa definir, por que a gente não pode sair com os dois finais?’. E eu gostei muito da ideia, porque estava difícil mesmo definir qual seria o melhor final para o livro. E ai gente resolveu deixar nas mãos dos leitores para decidirem qual final eles gostam mais, por isso o livro vem com os dois finais”.
(Caso queiram saber, o final #1 é lógico e coerente, mas eu prefiro o final #2)
Mesmo sem poder contar detalhes dos próximos projetos, as notícias são animadoras para quem curte as histórias de Graciela Mayrink. “Tem muita coisa boa vindo por aí, ainda não posso falar, mas é bem
legal. Tenho um livro novo, ainda sem a previsão de lançamento. E estou escrevendo outro
”.
 
E neste ano, já tem mais evento confirmado. Quer saber onde encontrá-la? “Tem Bienal de São Paulo, estarei lá, ainda não sei o dia e a hora, porque ainda faltam dois meses, o planejamento deve ser fechado no meio de agosto. Estarei na Bienal de Divinópolis, em novembro e também em uma feira em Santa Cruz, no Rio de Janeiro”, lembrou.
Arrivederci!!!
Beta

1 Comentário

  1. Sil de Polaris

    Ai, mas eu teria mesmo adorado ouvir essa palestra sobre romances dramáticos e romances românticos (termos que eu considero tão esdrúxulos) ! Eu fiquei impressionada também com esta situação de haver um romance com dois finais publicados ! Principalmente por ter sido impossível alguém ter escolhido um desses dois finais, desde autora até editora ! Ou seja: tudo era muito bom mesmo para ser lido !

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