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Cap. 1228 – Apenas um garoto – Bill Konigsberg

Ciao!!!

Ah,
como é difícil exigir de si mesmo respostas para perguntas que nem foram reconhecidas como necessárias que fossem formuladas.
Como
é difícil amadurecer.
Apenas um garoto – Bill Konigsberg –
Editora Arqueiro
(Openly Straight – 2013)
Personagens:
Seamus Rafael “Rafe” Goldberg
Rafe
estava cansado do rótulo de “garoto gay” e isso fez com que ele buscasse um recomeço
onde pudesse “zerar” o que as pessoas sabiam e esperavam dele. Em Natick, um
internato para garotos, longe de casa, pensou que poderia encontrar o que nem
sabia que estava procurando. Mas se viu diante do dilema: é possível ser
verdadeiramente você mesmo omitindo uma parte?
Comentários:
– Rafe
estava querendo recomeçar e ser um garoto normal – entendendo normal como
alguém que não vive sob a pressão das expectativas causadas por um rótulo. No caso
dele, o fato de ser gay. Não era um problema para quem se assumiu em casa aos 13
anos e tem uma família militante-mobilizadora-imprevisível e se tornou a referência
na cidade. E também se tornou excessivamente observado por isso. Cansado por
isso, decidiu sair dali. Foi estudar em um internato longe dali, onde queria
ser apenas mais um garoto, sem dizer a ninguém qual era sua orientação sexual.
– No
início, tudo vai da melhor forma. Ele tem experiências “de menino”, praticando
esportes e se integrando em uma equipe, coisa que nunca fez antes. Descobre que
gostava de fazer isso, de pertencer a um time, de jogar de forma competitiva e
de ter uma rotina diferente. No entanto, não vai demorar muito para que as duas
vidas de Rafe colidam. Porque ele vai se deparar com momentos em que – como protagonista
ou coadjuvante – se verá confrontado pelo peso da escolha que fez. E as consequências
disso não vão ajudar a clarear os pensamentos do protagonista.
– Na
verdade, é um momento de amadurecimento de Rafe, porque ele ainda não se sente
confortável com muitas coisas em sua vida: as (muitas) atitudes dos pais o
deixam constrangido, cansado de ser cobrado como referência de resposta quando
ele ainda tinha tantos questionamentos, curiosidades e sentimentos não
respondidos. Até consegui entender o que o movia – ser analisado conforme os
pressupostos ditados por um “rótulo” é algo cansativo e limitador – mas não tinha
certeza de que o plano dele daria certo. Ainda mais quando as coisas se complicam
porque é obvio que o “Rafe Gay” encontra situações com as quais se identifica e
poderia se posicionar diante da própria experiência. Ou mesmo como lidar quando
fica muito próximo de um dos rapazes do time. E aí, como resolver isso?
– Ao
longo do caminho, ele vai entender que é complicado buscar as respostas certas
quando os questionamentos estão errados, vai aprender que sempre seremos
rotulados por alguma característica que temos ou que nos são atribuídas, vai entender
que nem sempre teremos todas as respostas possíveis e que toda escolha traz
consequências que nem sempre tem “conserto”. No fundo Rafe precisava se
entender consigo mesmo para poder descobrir como encarar o mundo imperfeito em
que vivemos. E para isso não adianta mudar de cidade ou de casa. Porque ninguém
consegue fugir de si mesmo.
Pesquisando
descobri que será um dueto, com o próximo livro sendo lançado no ano que vem.

Openly Straight
1 – Openly Straight – Apenas um garoto
2 – Honestly Ben – previsão de lançamento lá fora em 2017
Arrivederci!!!
Beta

13 Comentários

  1. Daniele Vieira

    Oi oi
    Não tenho mais muita paciência para dramas adolescentes, sabe esse imediatismo de achar que seus problemas são maiores do o dos outros. Mas até que fico curiosa para saber como foi a vida do garoto no internato e o que ele tirou de tudo isso.

  2. Morgana Brunner

    Oiii, tudo bem?
    Eu tenho tanta vontade de ler esse livrinho que você nem imagina, é um assunto que atualmente ainda é polêmica, e seira fascinante ler e resenhar também em meu blog.
    Beijinhos da Morgs!

  3. oculoselivros

    Olá,

    É bem incomum acontecer algo parecido com o do protagonista do livro, geralmente as pessoas sofrem bastante quando se assumem é só querem uma forma de serem aceitas, entendo que a pressão pode ser algo difícil de lhe dar, mas ele não poderia conversar com as pessoas próximas a ele?
    Ainda não li esse livro, mas tenho muita curiosidade, principiante por esta capa que me chamou bastante a atenção, além disso não li muitos livros do gênero LGBT.

    Beijos,
    entreoculoselivros.blogspot.com

  4. Karine Fernandes

    Olha, apesar de ele ser muito querido por 99% das resenha que já li, não consigo me vê lendo este livro por hora, não ando com muita paciência para o tipo da história. Então apesar da ótima resenha irei deixar passar a dica. Quem sabe na próxima.

    Beijos

  5. Leticia Golz

    Oi, tudo bem?
    Difícil mesmo é amadurecer, né?
    Venho escutado elogios quanto ao livro, pelo que vejo da resenha ele é bem reflexivo. Confesso que não tenho vontade de ler esse livro no momento, mas quem sabe.

  6. Arthur Menezes

    apenas um garoto é um livro que eu tenho muito interesse em ler, as pessoas só falam maravilhas desse livro o que mais me reforça a vontade de ler, e depois dessa resenha então!

    Arthur – literandototal.blogspot.com.br

  7. Salvattore Mairton

    olá, tudo bem? Gosto do enredo deste livro, a forma como o autor traz um personagem querendo fugir do que ele é realmente. Podemos esperar ai um bom desenrolar. Conferir tuas impressões do livor foram boas, ainda por ver que são dois livros, imaginava que era só um. Dica Anotada'

  8. Unknown

    Olá Beta! ^^
    Acho a premissa desse livro muito boa, pois todas as resenhas que leiam comentam sobre a decisão do personagem de esconder uma parte dele achando que isso vai ser melhor. Mesmo que eu ainda não tenha realizado a leitura desse livro consigo compreender a decisão do personagem, pois todos nos sofremos por conta de um rotulo. Eu, por exemplo, não posso expressar minha opinião para algumas pessoas da família e as vezes não é nem opinião, não posso simplismente falar perto de certas pessoas, pois já sou rotulado com a típica frase: vou ficar quieto, pois eu não tenho diploma. Como se o diploma me tornasse alguém superior… Tremenda besteira!
    Isso me incomoda muito, pois acab=o tendo que ficar em sile^ncio o tempo todo, pois tudo que eu falo é levado a mal e as vezes eu não falei nada de mal.
    É triste, mas todos sempre seremos rotulados e temos que aprender a lidar com isso.

  9. Ptiscila

    Oii, gostei da premissa desse livro e parece ser uma história bem cativante. Vejo muitos comentários bem positivos e estou bem curiosa para lê-lo.

    beijos

  10. Carol Ramires

    Olá!
    Tenho muita curiosidade em ler esse livro, gosto muito da temática que ele aborda e a maneira que você falou sobre a obra despertou um interesse maior em lê-la, já que você utilizou uma abordagem um pouco diferenciada.
    Beijos.

  11. Sil de Polaris

    Um enfoque diferente mesmo para esse assunto, que eu não havia imaginado: um garoto homossexual assumido, escondendo sua natureza de propósito ao mudar-se para um internato para fugir de ser referência nesse assunto em sua cidade. Era de esperar que ele sentisse bem-estar por ser reconhecido, mas eu imagino que ser exigido extremamente pelo que deveria ser natural foi assustador ao invés de inconveniente para ele.

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