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Cap. 1511 – A garota que eu quero – Markus Zusak

Ciao!


Em 2013,
eu fui pela primeira vez à Bienal do Livro no Rio de Janeiro. Foi incrível. Voltei de lá com uma pilha de livros. 

Ainda não
li a maioria deles. Este me foi recomendado pelo Vinícius Grossos.
Entrou minha lista de Meta de Leitura de2017 e ficou de herança para a Meta de Leitura de 2018.

Chegou a hora de
dar um desfecho a esta história, né?
A garota que eu quero – Markus Zusak – Intrínseca
(Getting
the Girl – 2013)
Personagens:
Octavia Ash e Cameron Wolfe
Cameron
era invisível e faminto. Até para e por si mesmo. Buscava uma razão de existir
e de dar vazão às palavras que o inundavam, mas nada ainda o havia convencido
disso. Até que conheceu Octavia. Ele se viu encantado pela namorada do irmão. No
entanto, ela o enxergou. E isso pode causar uma transformação definitiva no
perdedor da família.
Comentários:
– Claro
que teria suspense antes do desfecho. Tive que ir ao banco. Levei o livro. Estava
na página 33. Quase 1h depois, fui chamada. Estava na 171 – o livro termina na
174. Acabei a leitura no ônibus.

Cameron é aquele personagem que se sente e se apresenta como “um perdedor”. Ainda
mais diante dos irmãos que tem uma personalidade mais forte, chamativa e
atrativa. O mais velho era o bem-sucedido e independente Steve. O do meio era Ruben,
que sempre estava com uma namorada, enjoava das garotas em poucas semanas e
conseguia se safar de tudo. O que restava ao caçula em comparação? Sentir-se
invisível onde quer que estivesse. Ele não era – e não seria – tão interessante
quanto os irmãos.
– As
coisas mudam quando ele conhece Octavia, uma das namoradas “com prazo de
validade” de Ruben. Ao vê-la, explode dentro de Cameron tudo o que ele nem
sabia que tinha dentro de si. De repente passou a ter voz e palavras, embora
não as tivesse tornado som. Mas é o começo de uma nova história. De quando
Cameron passa a ver a si mesmo, a se ouvir, a tentar se entender, a se questionar.
A existir. Ele precisava deste olhar externo para se sentir vivo – foi o que
houve ao se perceber refletido nos olhos de Octavia.
 

É a minha fome. O meu orgulho. E sorrio. Sorrio
e posso senti-la em meus olhos, porque a fome é poderosa.
 


Enquanto isso, vamos percebendo como este adolescente lida com as dúvidas, com
as situações do dia a dia, com a família, com os irmãos, com as expectativas
que (não) tinham sobre ele. A jornada de Cameron se torna compreensível porque muitas
pessoas passam por esta situação – de se sentirem alguém a partir do olhar
alheio até perceber que isso não era necessário. Precisavam apenas de ter um
olhar bondoso e consciente sobre si mesmas. Somos nossos piores inimigos e
precisamos aprender a ser nossos melhores amigos – sem pender para exageros nos
dois extremos.
– Mas
não pensem que Octavia é “apenas” um estopim para a mudança do protagonista. Ela é
uma personagem com luz própria, que também passou pela própria jornada de
amadurecimento. Encontrou uma forma sensível de encarar o mundo, que nem sempre
traz boas coisas para quem enxerga assim. Não significa que ela desistiu de
procurar – e por isso encontrou algo que fazia sentido para ela em Cameron.
Óbvio
que é uma série. Eu tenho radar pra tropeçar em livros interligados. E para
ler, sem perceber, o desfecho de uma trilogia sem ter os outros em casa. Paciência,
né? Lá vou eu…
Trilogia
Irmãos Wolfe
The Underdog – O Azarão
Fighting Ruben Wolfe – Bom de Briga
Getting the Girl – A garota que eu quero
Arrivederci!!!
Beta
Ps.: E
foi assim que risquei mais um livro da minha Meta de Leitura de 2018 o/.

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