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Cap. 1640 – Vivendo a comunicação não violenta – Marshall Rosenberg

Ciao!


Aviso:
nunca entre na cabeça dos outros; é feio lá dentro. [Risos.] Fique longe da
cabeça deles. Vamos entrar no coração deles.
 

Você já
ouviu falar de Comunicação Não Violenta?
Se não
sabe o que é, posso te contar que seria bem interessante que mais pessoas não só
conhecessem, como também praticassem.
Posso
adiantar uma coisa: envolve mudar nossa forma de pensar o mundo.
Vivendo
a comunicação não violenta – Marshall Rosenberg – Sextante
(Living
Nonviolent Communication: Practical Tools to Connect and Communicate Skillfully
in Every Situation – 2012)
A Comunicação
Não Violenta (CNV) é uma forma de expressar o que está vivo em nós. E o que tem
de diferente? Ela também enxerga o que está vivo nos outros. E fala e ouve com
a linguagem da compaixão, sem rótulos de julgamentos, rejeições, exigências ou
condenações.
 

[…] integrando
o tipo de linguagem, o tipo de pensamento e as formas de comunicação que
influenciam nossa capacidade de contribuir voluntariamente para o bem-estar dos
outros e de nós mesmos. O processo da CNV mostra como expressar sem disfarces
quem somos e o que está vivo dentro de nós – sem qualquer crítica ou análise
externa que insinue que o que sentimos está errado.
 

Parece
simples. Só não é fácil. Porque à medida que você lê os relatos de como
Marshall Rosenberg colocou em prática percebe que vai além da superfície. Para mudar
como se diz, você precisa mudar a forma de elaborar e construir seu pensamento.
E isso
é difícil porque, como o autor mesmo lembra, vivemos em um mundo onde não somos
estimulados a estabelecer esta forma de pensar, viver e de agir para atendermos
às nossas necessidades.
 

Quando
não somos capazes de dizer com clareza o que precisamos e só sabemos fazer
análises sobre os outros que soam como críticas, acabamos em guerra – sejam
elas verbais, psicológicas ou físicas.
 

Acredito
que esse tipo de linguagem atrapalha a resolução pacífica dos conflitos. No
momento em que qualquer um dos lados se vê criticado, diagnosticado ou intelectualmente
interpretado, sua energia se volta para a tentativa de se defender e de
contra-atacar, não para encontrar soluções que atendam às necessidades de
todos.
 

Quando
falo em crítica, estou me referindo a ataques, julgamentos, tentativas
de culpar, diagnósticos ou qualquer coisa que analise os outros com a cabeça.
Quando as respostas são dadas de forma não violenta, espera-se que não haja
palavras fáceis de parecerem críticas.
 

Pela falta
de costume, soa impossível. Mas não é. Quando a gente dá um hard reset nesta
forma padrão de pensar e que nos condiciona a agir. O autor lembra que a partir
do momento que a gente passa a agir pautado pela compaixão em entender o outro,
entendemos que não precisamos abrir mão das nossas necessidades. Ao ter
respeito, a possibilidade de conseguir uma conciliação é muito maior.
A CNV incentiva
as pessoas a usarem as “orelhas” do amor para entender as necessidades não
satisfeitas das pessoas ao invés de exigências e cobranças. E que não significa
ter que agradar aos outros, porque segundo ele quem opta por esta maneira de
enxergar o mundo encontra e compreende as próprias emoções – a raiva, a dor, as
insatisfações – e como manifestá-las, o que faz com que saiba o poder que tem
sobre si mesmo.
 

A escravidão
emocional é a que está mais distante da CNV; é quando as pessoas pensam que têm
que fazer tudo que os outros acham adequado, correto, normal. Essas pessoas passam
a vida inteira pensando que têm que agradar aos outros e adivinhar o que acham
adequado. É uma carga pesada.
 

Os
praticantes da CNV nunca querem a aprovação dos outros, nunca cedem esse poder
nem querem que os outros lhes digam o que fazer.
 

O autor
ressalta que é a forma que ele encontrou de entrar em contato com a “Energia Divina”,
uma forma de se doar em relação aos outros. Encontrar a gratidão e o caminho
para melhorar a si mesmo e, por tabela, contribuir para um mundo com vidas mais
enriquecidas.
 

Amor
não é negar a si mesmo e fazer tudo pelo outro. Em vez disso, é expressar com
franqueza quais são nossos sentimentos e necessidades e receber com empatia os
sentimentos e as necessidades do outro. Receber com empatia não significa que
seja preciso concordar; significa apenas receber com exatidão o que é expresso
pelo outro como uma dádiva de vida. Amar é exprimir com sinceridade nossas
necessidades, mas isso não significa fazer exigências.
 

Arrivederci!!!
Beta

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