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O Café da Praia – Lucy Diamond – Cap. 1641

Ciao!
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“Você é a única pessoa a quem eu confiaria meu precioso café, Jo tinha escrito. Sei que pode fazer isso”
Ainda bem que passei da fase de ter suspeitar que há algum motivo para escolher um ou outro livro. Agora tenho certeza de que algumas leituras – como O Café da Praia – não tinham como não aparecerem na minha vida.
O Café da Praia – Lucy Diamond – Editora Arqueiro (Romances de Hoje)
(The Beach Café – 2011)
Personagens: Evie Flynn e o Café da Praia
Evie se sentia perdida – sensação ampliada pelo sucesso das irmãs e a pressão dos pais – porque não ainda não tinha um rumo. Então uma tragédia: a tia favorita, Jo, morreu após um acidente de carro. E deixou para ela o comando do Café na Praia de Carrawen Bay, na Cornualha. Entre idas e vindas, Evie acaba descobrindo que a herança poderia ser o destino que poderia fazê-la finalmente se sentir plena na vida.
Comentários: 
“Senti como se algo dentro de mim tivesse morrido junto com a tia Jo, como se uma parte importante e imensa da minha vida tivesse sido apagada como a chama de uma vela”. 
Uma constante dos livros da série “Romances de Hoje” da Arqueiro é mostrar que todos podemos encontrar novas formas de ressignificar a vida após um baque, uma perda doída. Neste caso, Evie perdeu a tia favorita, a única pessoa que conseguia compreender as angústias de alguém que ainda não havia se encontrado – e por tabela, parecia não atender aos preceitos de uma vida bem-sucedida.
E como Jo explicou numa carta deixada junto com o testamento, ela reconheceu na sobrinha os mesmos sentimentos sobre o Café na Praia e viver em uma cidade na Cornualha. Por isso, nenhuma outra pessoa seria mais indicada para manter o sonho que ela realizou.
No entanto, até se sentir capaz (ou pelo menos com um pouco mais de coragem) para assumir a herança, Evie irá hesitar. O motivo? A pressão social que a fez ter uma imagem de si própria não muito boa e o desej e ser reconhecida e amada, que a faria capaz de abraçar as expectativas alheias sobre si mesma e não lutar para encontrar as próprias. 
“Eu era a esquisitona, o fracasso, aquela de quem todo mundo falava pelas costas, tentando não parecer alegres demais quando discutiam a minhas falhas. Ai, minha nossa, o que vai ser da nossa Evie? Eu me preocupo com ela, vocês sabem”. 
A gente acompanha o empoderamento de Evie, no sentido de ela mesma descobrir os próprios sentimentos e como lidar com eles. Ela sempre delegou este “poder” às opiniões alheias, seja a dos pais, as formas como se sentia inferior às irmãs ou como se conformou com um projeto de vida que agradaria ao namorado certinho e organizado. E todos eles colocaram em dúvida, sem piscar, a capacidade dela de tocar o empreendimento deixado pela tia.
A herança se torna o divisor de águas. Evie sabe que sempre se sentiu em casa no Café da Praia e sente que vendê-lo seria uma forma de desapontar a tia. No entanto, nada será fácil. Ela precisará de muita persistência e resiliência diante dos problemas que vão surgir. Muita coragem para não desanimar diante do medo e da insegurança trazida pelo fantasma “será que tomei a decisão certa?”. 
[…] e, pela primeira vez em séculos, eu tinha um sonho”. 
É justamente isso que nos aproxima de Evie – ela é uma protagonista cheia de falhas e medos, como qualquer uma de nós diante de um momento complicado ou difícil da vida. A gente passa tanto tempo se adaptando às expectativas sobre nós – seja da família, de relacionamentos, de amigos, sociedade – que paramos de nos enxergar e nos permitir sentir de forma autônoma.
O Café da Praia permite essa redescoberta à Evie. E não só isso. Interfere em várias outras vidas, na rotina da comunidade de Carrawen Bay, nos desafetos e afetos que ela estabelece, na sororidade com outras garotas de várias faixas etárias que também precisam de um novo rumo, um novo desafio.
Basicamente é sobre isso: o que fazer com a vida quando a gente descobre a forma de realizar um sonho. O que nos faz dar sentido à nossa existência, disposto a nos deixar orgulhosos de si mesmos e sem aquela dependência exagerada pela aprovação dos outros. E como podemos causar impactos na vida dos outros – temos vários exemplos ruins e bons disso no livro, de pequenos, médios e grandes gestos que afundam ou erguem as pessoas ao nosso entorno.
É fofo, é gracioso, é terno, dói, diverte, nos inspira a sonhar com os pés no chão para transformá-los em realidade. Eu estou adorando as mensagens que estes livros deixam para mim: sobre coragem, sobre insistência, sobre cair e levantar e sobre seguir em frente agindo para conseguir dias melhores. 
Em um minuto, Hugh Grant vai entrar em cena e o Richard Curtis vai gritar ‘Corta!” e…
Antes de encerrar, precisava celebrar a referência aos filmes que eu adoro. Deu vontade de assistir de novo a Simplesmente Amor assim que li esta frase.
 
Ah e melhor que um livro é saber que tem mais livros da mesma autora no universo do Café na Praia. Yoda Baby Yoda GIF from Yoda GIFs
(ARQUEIRO, QUEREMOS! VOCÊS NÃO TERIAM CORAGEM DE NEGAR ALGO PRO BABY YODA, NÉ?)
The Beach Café
The Beach Café – O café da praia
Christmas at the Beach Café
Christmas gifts at the Beach Café
A baby at The Beach Café
Arrivederci!!!
Beta

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