Ciao!
Disponível na Amazon
Eu conheci Lupita Nyong’o na temporada de premiações do cinema em 2014. Fiquei encantada por ela. Depois, eu vi o vídeo de um discurso dela em um evento antes da cerimônia do Oscar, que falou direto ao coração de quem nunca se viu no padrão que nos é imposto todos os dias.
E então, chegamos a este livro para crianças – uma dica imperdível no Dia Internacional do Livro Infantil.
Sulwe – Lupita Nyong’o ilustrado por Vashti Harrison – Rocco Pequenos Leitores
(Sulwe – 2019)
Personagem: Sulwe
Sulwe é uma menina negra, que nasceu com a pele da cor da meia-noite. Ela era igual a ninguém nem na família, que tinham tons de pele mais claros, e nem na escola. Por isso, Sulwe se sentia deslocada. Só queria ser bonita, ser igual aos outros, ser aceita. Até que um fato a ensina a perceber o brilho que ela sempre teve.
Comentários:
– A história de Sulwe é a jornada de descobrir a beleza em si mesmo, independente do que a sociedade afirme sobre isso. A garotinha da pele retinta, negra como a meia-noite, não se encaixava e nem conseguia ver valor em si mesma.
– Não adiantou fazer promessas ou tentar qualquer outra coisa. Sulwe não conseguiu deixar de ser ela mesma. Nem o carinho da mãe foi capaz de fazê-la compreender a verdade. Até que algo muito especial acontece e Sulwe percebe quanto especial e bonita era, sem depender de se comparar com ninguém.
– É uma história simples? Sim. E este é o mérito – porque ela ocorre com várias crianças mundo afora. Parcialmente inspirada em um episódio da vida da própria Lupita, permite que a gente se identifique com a busca da personagem. Afinal de contas, quem nunca se questionou antes? Todos passamos alguma fase, onde temos certeza de que não temos valor, que todo mundo é especial, menos a gente.
– O livro oferece a possibilidade de discutir esse tema com as crianças e fazê-las perceber o quanto é importante respeitar a individualidade e encontrar o próprio brilho. Especialmente aquelas que não atendem ao padrão – que são a maioria.
– As ilustrações de Vashti Harrison são lindas. Contribuem para nos colocar no clima da história. E tem detalhes tão singelos como a estrela no cordão de Sulwe (você tem que ler para entender o motivo). Aliás, a cor da roupa da protagonista na capa e em uma parte da história faz referência ao vestido azul-Nairóbi maravilhoso que a Prada fez para ela usar no Oscar 2014.
– Eu gosto da representatividade da Lupita, ela é bonita, articulada, inteligente. Fez personagens variados nas telas e tem uma grande atuação longe delas. A cerimônia do Oscar me mostrou uma pessoa que valia a pena admirar. “Não importa de onde você é, seus sonhos são válidos”, ela disse ao ganhar o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por “12 anos de escravidão”.
– Links: Goodreads livro e autora; Skoob.
Arrivederci!!!
Beta