Semideus – Silvana Barbosa – Cap. 1915

Ciao!!!

Neste ano, o Vem Aí anunciou mais um lançamento de Silvana Barbosa. Demorou um tiquinho mais que eu previa, mas

Semideus – Silvana Barbosa
(2023)
Personagens: Ondine e Xilon

A vida de Ondine tinha mudado demais. Sem namorado e sem emprego, se mudou para a casa que herdou do primo. Em uma noite de chateação resolveu beber enquanto arrumava a casa. Encontrou um quadro que mostrava um soldado grego e continha um manuscrito que explicava como invocá-lo. Ondine achou curioso e seguiu o passo a passo. E então, ela passou a ter a companhia de Xilon, um soldado grego como hóspede. Agora, tinha uma corrida contra o tempo para libertá-lo da maldição.

“Faxina irlandesa”

Quando li o início do conto e vi Ondine tendo um daqueles dias que a gente só que esquecer do resto do mundo, me lembrei de um quadro do Saturday Night Live onde tentam fazer uma reforma na casa de um irlandês.

À medida que a bebida entra, a reforma, obra, faxina não anda. Até porque não precisa de muito vinho para ganhar coragem para tomar algumas atitudes, como por exemplo ler o passo a passo para invocar o soldado chamado Xilon.

“Se precisar de mim, estarei consigo.
Lutarei ao seu lado por cinco dias.
Serei seu general e serei seu servo“

Afinal de contas, o quadro chamou a atenção da nova dona da casa em uma noite de tempestade e nenhuma das pesquisas no Google trouxe alguma informação.

Pois bem, agora ela era senhora de um soldado grego amaldiçoado e que estava disposto a guerrear por ela. Com certeza, algo super fácil de explicar para as outras pessoas.

Pisou na bola com a deusa errada – não que tivesse uma certa…

Sabe quando a gente pisa na bola e fica remoendo isso? Pois bem, Xilon teve séculos para lamentar ter perdido a batalha em Troia para se encontrar com a amada Safira. Para Atena, pouco importa os motivos, os gregos tinham sido derrotados no dia e obviamente a culpa era de Xilon. Por isso, ela o amaldiçoou a ser escravo eternamente, sempre invocado para lutar por alguém por cinco dias. Mesmo sendo filho de Ares, o que o tornava um semideus, ele não conseguiu escapar do castigo. Nem ser perdoado.

Os dias passaram. Os anos passaram. As décadas passaram. Milênios passaram. A prisão dele mudou de formato, teve vários donos até chegar à mansão do primo Levi. E por consequência, ser invocado por Ondine. A jovem que não tinha nenhuma guerra para ele lutar e só se importava se ele dormiu bem e se alimentou adequadamente.

E ao entender o que aconteceu, decidiu que, assim como Aladdin, daria um jeito de quebrar a maldição. Porque depois de tanto tempo, já foi paga com juros e muitas correções monetárias.

Não posso contar o final, mas…

Posso garantir que é uma fantasia e aventura incríveis, com várias surpresas acontecendo. E apesar da urgência, não há afobamento na história. O relacionamento e encantamento entre eles se desenvolve. Temos coadjuvantes engraçados e que aparecem na hora certa, permitindo a história avançar.

Meu radar acendeu e apitou com dois personagens aqui, juro que já vi os dois tentando resolver os próprios mistérios. Dei algumas risadas com a Wendy e com algumas cenas na reta final.

Sim, sei que sou suspeita por gostar desde sempre de ler mitologias. Ah, também por gostar de romances bem escritos. E gostar muito dos livros da Silvana Barbosa. No entanto, posso atestar que se você ler Semideus, vai se divertir e torcer por Ondine e Xilon.

– Links: Goodreads autora; Skoob; mais dela no Literatura de Mulherzinha.

Arrivederci!!!

Beta