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Beyond The Story: Uma história dos 10 anos de BTS – Myeongseok Kang e BTS – Cap. 1921

Ciao!

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Quem acompanha o Literatura de Mulherzinha, sabe que o BTS faz parte da minha vida. Oficialmetne desde 2021, mas ouvi músicas deles antes disso sem saber que eram deles.

No meu caso, um coala azul e a sensação de que um dos integrantes era Corvinal como eu foram meu canto da sereia. E depois quando você entra na toca do coelho, descobre um universo fascinante e fica muito compelido a querer fazer parte dele de alguma forma.

Beyond The Story: Uma história dos 10 anos de BTS – Myeongseok Kang e BTS – Galera Record
(Beyond The Story: 10-year record of BTS)

Os sete integrantes do BTS – RM, Jin, Suga, j-hope, Jimin, V e Jung Kook – contaram a própria história a Myeongseok Kang. Coube a ele costurar os relatos de cada um dos membros e contar a trajetória do maior grupo pop da atualidade, que rompeu barreiras e alcançou fãs em todo mundo. O livro conta a história de azarão à referência do grupo formado por sete garotos coreanos que não se deixaram derrotar e seguiram em frente, como diz o Army, pavimentando o caminho para os outros.

Por que tentam nos matar antes de podermos tentar?

(Dope)

Sim, qualquer pesquisa básica na internet te apresenta a história do grupo que foi a última cartada de uma gravadora falida e sem prestígio. A ideia era formar um grupo de hip-hop e, seguindo o sistema da indústria coreana da música pop (k-pop), recrutou adolescentes para serem treinados visando a formação do grupo.

Também te explica que a ideia inicial foi abandonada e o grupo ganhou características próprias. À medida que candidatos entravam e saíam, ficaram sete garotos que nunca se viram antes do encontro no dormitório. Adaptar cada personalidade ao projeto e ao sonho exigia sacrifícios – afinal de contas, eles tinham um padrão a alcançar e parecia impossível.

Após o período de treinamento, estrearam sem nenhuma das vantagens que os grupos vindos das maiores empresas coreanas. Passaram por muitas humilhações, desfeitas e perseguições – basta pesquisar que vocês vão encontrar todos os registros e relatos dos fãs que acompanharam (May Terror 2016), para orientar os que chegaram depois.

E como não encontraram as portas abertas, criaram os próprios caminhos – usaram as redes sociais para criar e estabelecer o relacionamento com os fãs. Não eram chamados para os programas de TV? Ok. Criaram os próprios programas – e vale a pena assistir a sete amigos que viram competidores fervorosos por qualquer coisa que seja o prêmio (Run BTS), as viagens em Grupo (Bon Voyage e In the soop)

Se tem todos estes relatos, por que ler o livro?

Eu faço o que faço, então o senhor cuide da sua vida

Você não pode me impedir de me amar

(IDOL)

Motivo óbvio: temos em 483 páginas (na versão brasileira) a versão de quem estava lá, somada à narração dos fatos que os fãs sabem de cor e salteado. Isso acrescenta detalhes às percepções que o Army teve de alguns momentos, em especial, os mais delicados – como os ataques que o grupo sofreu e as vulnerabilidades de cada um dos integrantes.

Está achando que fazer sucesso é fácil? No caso do BTS, o sucesso foi resultado de muito trabalho, das noites sem dormir, sem comer direito para fazer a música que refletisse o conceito do grupo. Enfrentar hate de fãs de outros grupos que usavam qualquer coisa para criticar, em especial, a aparência. Errar e aprender com isso para se tornarem ainda melhores.

O que os fãs intuíam ou pensavam que sabiam, puderam ler os depoimentos de cada integrante sobre o processo – os momentos ruins, péssimos, mais ou menos, as frustrações e as vitórias. Porque eles tiveram muitos dias de glória, antecedidos e seguidos por muitos dias de lutas dos adolescentes que estão se tornando homens ao longo destes dez anos de carreira e são muito maiores que qualquer persona pública.

O que mais conversou comigo foi o relato sobre o desgaste que todos eles em algum momento sofreram. Não difere da gente que se enfrenta uma situação de cobrança, agravada pela própria autocrítica. Isso fortaleceu o laço do grupo, onde não há vontade de carreira solo – para total incompreensão da indústria ocidental, onde as boy bands eram tratadas como produtos fadados ao rompimento após serem berçários de um ou dois grandes talentos (neste caso, os fãs que lutassem para lidar com isso – e eu falo de cadeira por ter acompanhado as idas e vindas de algumas delas).

Por estarmos juntos, eu me sinto muito grato e feliz

(Take two)

O livro vai até 2022, não aborda o hiato anunciado para que os integrantes cumpram o serviço militar obrigatório de 18 meses na Coreia do Sul. No momento, dois já se alistaram Jin e j-hope. Suga deve ser o próximo. As datas de RM, Jimin, V e JK ainda não foram anunciadas, mas provavelmente até o próximo ano todos estarão alistados.

Conhecendo a forma de trabalho deles, deixarão vários materiais para os fãs. Os sete são brilhantes, cada um seu modo – basta ver pelos trabalhos solos que estão lançando. À primeira vista, você não consegue imaginar como sete gostos e estilos completamente diferentes são conciliados nos trabalhos em grupo. E sim, os ocidentais não entendem, eles só reforçam o quanto anseiam por 2025, quando irão retomar as atividades como BTS – mais velhos, mais experientes e ainda melhores.

Tem fotos lindas? Sim. Capa dura? Sim. A tradução me pareceu bem-feita. A opção por usar não usar os nomes dos rapazes e sim os nomes artísticos faz sentido. “Ah, é autobiografia, claro que passa pano”. Depende do que você considera passar pano, porque li outras biografias e autobiografias (e se quiser, inclua as cinebiografias aqui) então use este comentário para toda e qualquer pessoa ou grupo que decide narrar a própria história. Afinal se as pessoas não podem contar o que viveram, quem é autorizado, certificado, carimbado, avaliado, rotulado para fazer isso?

O livro é indispensável para os fãs. Uma boa apresentação para quem não conhece. Uma referência para quem estuda o fenômeno que transcendeu o k-pop – e sim, tem muita gente que estuda variadas vertentes do assunto na academia.

Todos são um orgulho para esta garota que apresentou dois trabalhos sobre Backstreet Boys na faculdade. Porque melhorou um pouco, mas as mentes fechadas ainda continuam torcendo o nariz para o que consideram “produto da indústria que atende a um bando de adolescentes histéricas ou aquelas que passaram da idade disso mas ainda pensam que podem”.

Sim, garotas precisam de autorização para serem felizes e terem gostos que não são bem-vistos pela sociedade. Aham. Bla bla bla.

Lave seus olhos, lave sua cara e se olhe no espelho
Ali, respirando, está o seu hater
Mais do que ser celebridade, nós estamos celebrando
Só aceleramos, sem freio
Quem você pensa que é para me aprovar?
Sapos que fazem jus ao seus nomes
Eu rezo sinceramente
Para que vocês morram dentro de seus poços

(Ddaeng)

A garota que aprendeu a não se importar com a opinião alheia sobre o que gosta ou não agradece a todas as boas experiências resultantes de conhecer as músicas, os videoclipes, os bastidores, os memes, as tretas, as reflexões, os shows e o que mais vier.

Koya me levou a Namu, aniversariante desta terça-feira, que me apresentou os irmãos que a vida uniu a ele: Bangtan Sonyeondan. E obrigada aos sete por me ajudarem no momento onde achei que era vulnerável até redescobrir o que me torna a prova de balas.

– Links: Skoob; mais do BTS no Literatura de Mulherzinha.

Arrivederci!!!

Beta

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