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Amor, teoricamente – Ali Hazelwood – Cap. 1939

Ciao!

Vi alguns comentários nas redes sociais de que Amor, teoricamente era o melhor entre os livros da Ali Hazelwood. Ou seja, soava como uma promessa de que eu não me decepcionaria. Afinal de contas, gostei dos livros anteriores, porque o estilo dela combina com minhas preferências literárias.

Será que as minhas grandes expectativas foram satisfeitas?

Disponível na Amazon

Terceiro concluído da Meta de Leitura

Amor, teoricamente – Ali Hazelwood – Arqueiro
(Love, Theoretically – 2023)
Personagens: Elsie Hannaway e Jonathan “Jack” Smith-Turner

Elsie estava cansada da vida de professora adjunta, queria a estabilidade de um emprego como efetiva para poder se dedicar às pesquisas sobre cristais líquidos. No entanto, no meio do caminho da realização deste sonho, estava um homem que pensava o pior dela, porque a conheceu em circunstâncias específicas. Do embate entre Elsie e Jack, muito ainda será descoberto por eles e por nós, em especial, que nada é como parece e o preço que pode ser pago por isso.

Carga de desespero: incalculável

Elsie é diabética – o que é um fator diferencial para as metas que ela tem na vida: encontrar um emprego que ofereça um plano de saúde. lembre-se de que o livro se passa nos Estados Unidos e se a gente corta um dobrado com a saúde pública e planos de saúde, lá é muito pior. Se você não assistiu nenhum seriado com médicos, pelo menos, pesquise em fontes confiáveis no Google.

Por isso, ela se candidatou a um cargo para dar aula no MIT – que traria toda a segurança de que ela precisava e permitiria que trocasse as salas de aulas pelos laboratórios de pesquisas.

Mas no meio do caminho estava Jack Smith-Turner, o homem que poderia, de novo, destruir tudo.

Uma tela em branco

Elsie era, na definição dela, “nada notável, mediana em tudo”. E isso se tornou um diferencial: ela poderia ser qualquer pessoa, adaptar a sua personalidade ao ambiente. Algo muito útil para quem estava inscrita no Faux em um aplicativo de “falsas namoradas”. Jovens que eram contratadas para ajudar em alguma situação delicadas: famílias invasivas, eventos importantes, apenas companhia sem conotação sexual.

Para completar a renda como professora adjunta, Elsie trabalhava como falsa namorada. Até aí, tudo bem, só que ao fazer um favor para Greg, se deparou com o irmão dele, Jack. Que encrespou com ela à primeira vista.

E como o mundo é a gema de um ovo de beija-flor, não é que ele é um dos professores envolvidos no processo de seleção para a vaga do MIT? Que apoiava justamente o concorrente dela à vaga? E que há alguns anos foi diretamente responsável pela perda do respeito dos físicos teóricos?

Portanto, para Elsie, conseguir o cargo era mais que uma obrigação. Era uma missão de vida. Uma forma de reparar todo o mal que Jack causou aos pesquisadores como ela, que ainda eram desmoralizados tantos anos depois.

Ação e reação com causa e efeitos inesperados

Sim, os dois oponentes vão se desafiar ao máximo e sem se dar contas das próprias razões, quanto mais das motivações do outro. Elsie é uma personagem que aprendeu a se disfarçar para ser agradável a todos, tentando não incomodar e sendo sobrecarregada por isso. Jack também tem uma fachada e só se revela às pessoas mais próximas, mesmo assim, nem tudo. E Elsie que é acostumada a “ler” as pessoas, não consegue entender ele.

Capa original

Entre as idas e vindas do confronto, a gente vai descobrindo cada vez mais sobre ambos. E espero que vocês não pensem que a Ali exagerou sobre como o ambiente acadêmico pode ser tóxico. Sim, assim como na vida real, qualquer lugar pode ser problemático: casa, família, trabalho. Inteligência e notório saber reconhecido pelos pares nem sempre são garantias de respeito e caráter – como lemos em alguns momentos do livro.

Esse é o plano de fundo que faz o ambiente e, junto com alguns coadjuvantes de maior ou menor espaço, também interfere na disputa e na desconfiança entre Elsie e Jack. Claro que temos reviravoltas, em especial, quando a gente passa a ver Jack sem os preconceitos de Elsie. Temos uma participação especial – não vou dizer de quem.

É do jeito que eu gosto: comédia romântica, desencontros, várias certezas sendo implodidas pelo caminho, metas que mudam vidas, decisões que mudam metas que mudam vidas. Sim, Amor, teoricamente é uma delícia de ser lido e eu amei cada momento de esperteza, de inteligência e de tontice de Elsie e de Jack.

E #MadreHooligan está vigiando para pegar, porque eu catei o livro antes dela!

– Links: site da autora; Skoob; mais dela no Literatura de Mulherzinha.

Arrivederci!!!

Beta

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