Ciao!
Em várias pesquisas sobre felicidades, a Dinamarca se destaca. Se não é o primeiro lugar, está ali por perto. E o CEO do Instituto de Pesquisas da Felicidade de Copenhague, Meik Wiking, escreveu sobre a base que faz os dinamarqueses encontrarem o que muita gente mundo afora procura.
E sim, se você leu O pequeno café de Copenhague, você já ouviu falar em hygge e aposto que teve curiosidade, né?
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Hygge: O segredo dinamarquês para viver bem – Meik Wiking – Sextante
(The little book of Hygge – 2016)
Pense só: você mora em um país onde tem estudo, saúde, qualidade de vida e tempo para cuidar de si e das pessoas que você ama. No entanto, nada disso faria sentido se você não soubesse aproveitar estes momentos. E é aí que entra o hygge – que é uma palavra que não tem tradução direta, mas, a grosso modo, se refere a sensação de bem estar e de estar bem com quem se ama.
“O hygge tem mais a ver com criar um climinha… e não com coisas. É estar com quem se ama. É uma sensação de lar. Uma sensação de estar seguro, protegido do mundo, à vontade. Pode ser uma conversa jogada fora ou um papo sério sobre a vida. Pode ser o conforto do silêncio na companhia de alguém – ou simplesmente estar sozinho, apreciando uma xícara de chá”.
Felicidade é algo tão importante, que é estudada. Meik Wiking compartilhou os resultados destes estudos e a gente percebe que são atitudes possíveis, no ambiente adequado.
Como você pode ser feliz em um ambiente instável, com excesso de trabalho, pouco dinheiro, medo de não ter onde ser atendido se passar mal ou mesmo de não conseguir garantir o dia seguinte dos seus filhos?
Ainda sim, ele diz que pode ser possível. Talvez não como os dinamarqueses, mas até mesmo como forma de reabastecer a fé e a esperança em si mesmo.
“O hygge se trata de dar uma folga para sua versão adulta responsável, estressada, que deseja crescer na vida. Relaxe. Só um pouquinho. A ideia é vivenciar a felicidade nos prazeres simples e saber que tudo ficará bem”
Ele explica os detalhes que constroem o hygge, lembra que não é algo comprável em supermercado ou lojas, mas que você atribui significado. Uma mobília confortável, o livro e chá. O fato de estar com as pessoas que mais ama.
Meik Wiking sempre reforça que o sentimento que atribui valor ao momento é o importante no hygge. Você não precisa estar em uma multidão – mas de pessoas com quem você se importa e que se importam contigo. E outro detalhe: não é possível todo santo dia. Hygge tem que gerar expectativa, ser algo construído com tempo e espera para ter o valor que merece.
Adivinha qual a data mais hyggeligt do ano? O Natal, obviamente! Famílias reunidas, refeições compartilhadas, histórias relembradas ou repassadas para as diferentes gerações – e um momento construído dia a dia, com participação coletiva.
“Talvez o hygge seja muito ruim para o mercado capitalista, mas ele pode se mostrar muito bom para a sua felicidade. Trata-se de apreciar os prazeres simples da vida, e isso pode ser alcançado com pouquíssimo dinheiro”
A decoração confortável, as velas, uma bebida gostosa, um momento com os amigos ou familiares. Não é à toa que o conceito de hygge não consegue ser explicado – ele é simples o bastante para se tornar complexo em um mundo repleto de aparências, likes e valores abstratos e vazios. Hygge costuram memórias e momentos para mostrar que a felicidade existe e é possível, se a gente souber pavimentar o caminho até ela.
“A arte do hygge é, portanto, a arte de expandir sua zona de conforto para incluir outras pessoas!”
“Somos criaturas sociais, e a importância disso pode ser vista claramente ao compararmos a satisfação que as pessoas sentem nos relacionamentos com sua satisfação geral a vida. as relações sociais mais importantes são aquelas com as pessoas próximas, com quem dividimos experiências e por quem nos sentimos compreendidos, com quem compartilhamos reflexões e sentimentos; a quem damos e recebemos apoio. Em uma palavra: hygge”
– Links: site do autor; site da Sextante; Skoob; mais dela no Literatura de Mulherzinha.
Arrivederci!!!
Beta