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Frankie – Jochen Gutsch e Maxim Leo – Cap. 1949

Ciao!

Disponível na Amazon

Se não for o melhor livro que li este ano, vai estar empatado.

Para vocês terem ideia, eu recomendei este livro para várias pessoas – de colegas de trabalho à motorista do Uber que se revelou uma gateira como eu.

Ou seja, vocês têm um tempo para ouvir a palavra de Frankie?

Frankie – Jochen Gutsch e Maxim Leo – Faro Editorial
(Frankie – 2024)
Personagens: Frankie e Richard Gold

Uma casa abandonada que deixou de ser abandonada claro que atrai a atenção da vizinhança. Especialmente do Frankie, um gato que vivia na redondeza e decidiu ir lá checar. Presenciou uma cena inusitada que terminou com ele precisando ser socorrido por Richard, o morador. Então, ele passa a observar a estranha rotina daquele homem triste que ganhou a inesperada companhia de um gato falante.

O mundo pelo olhar e análise de um gato

Para ciência de quem não me conhece ou não me acompanha há algum tempo, eu sou gateira. Sou muito gateira. Infelizmente ainda não tenho os meus gatos, mas sou tia orgulhosa do Tunin, da Amora e do Félix. Por isso, Frankie foi um caso de intenso amor da primeira à última palavra.

Depois de um tempo de bloqueio de leitura, em uma tarde, me encantei com a delicadeza da abordagem dos autores. A gente percebe os assuntos sérios que são tratados e a forma como são desenvolvidos. 

Isso me fez pensar como eu nunca antes pensei em ler algo narrado por um gato – a estranheza dele com a confusão do comportamento dos humanos. A simplicidade dele mostra como a gente complica o que já é complexo por si só.

“Porque os humanos são civilizados e nós, bichos, não. E quem é civilizado precisa de um monte de aparelhos para mostrar os outros humanos e mostrar o quão civilizado é. Isso na prática é como uma horda de gorilas em que todos batem no peito como se fosse um tambor e se fazem de importantes”.

Dois seres perdidos se encontram

Estou propositalmente evitando passar spoilers além dos que você encontra na sinopse, porque muitas coisas me surpreenderam na história. Como já disse, obviamente a escolha em colocar Frankie como narrador – o que me agrada como gateira. O fato do olhar do gato sobre o mundo humano e sobre as pessoas com quem ele encontra ser extremamente observador de características que a gente não enxergaria sob o mesmo prisma.

E como ele reage de uma forma extremamente inocente ao que encontra ao conhecer Richard. A gente compreende o que Frankie está vendo e fica imaginando o que motivou uma decisão tão drástica. E isso nos aproxima dos personagens que, ao longo do livro, expõem suas vulnerabilidades e dores.

O fato é que a curiosidade de Frankie levou a um momento dramático crucial na vida de dois seres completamente sem rumo em suas existências. Como nada é por acaso, o encontro vai dar propósito a ambos: mesmo que tenham, a princípio, objetivos conflitantes movidos pelo remorso e pela necessidade. Pode não parecer promissor, mas confie: vai valer a pena.

Afinal de contas, nos nossos piores momentos – naqueles onde nada parece fazer sentido ou você simplesmente está vivendo todo dia a mesma coisa (e, até então, “tudo bem”), é um amigo. E se você ainda não conhece o poder do amor de um animal na sua vida, fica a dica.

– Links: Faro Editorial; Skoob; mais no Literatura de Mulherzinha.

Arrivederci!!!

Beta

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