Uma heroína complexada, teimosa e independente. Um sheik obtuso, teimoso e vingativo. É claro que as faíscas pulam alto quando esses dois se encontram. Na verdade, reencontram, para acertar contas do passado que ainda estavam pendentes. E algo que acontece em fogo altíssimo pode acabar queimando alguém, para sempre…
Ah, sim, e se vocês estiverem a fim de muitos spoilers, leiam até o final. Se não, parem no resumo da história…
Brilho do Desejo – Sarah Morgan – Paixão 110
(The sultain’s virgin bride – 2006 – Mills & Boom)
personagens: Farrah Tyndall e Tariq bin-Omar al-Sharma
Farrah era a queridinha da sociedade e a assombração na vida de Tariq, que anos antes não conseguiu torná-la sua amante. Agora, ele a queria como esposa, parte de um acordo para conseguir a construção de um oleoduto fundamental para o Estado de Tazkash e uma punição por ela tê-lo rejeitado: o casamento duraria quarenta dias e quarenta noites, depois ela seria rejeitada. Para o plano dar certo, Tariq precisava se aproximar de Farrah e ela não estava disposta a cooperar. Por isso, o sheik tomou providências à sua maneira: sequestrou Farrah e a levou para o deserto, onde ela não poderia resistir por muito tempo. Mas será que ainda haveria amor depois que a verdade viesse à tona?
Comentários:
– EU ADOREI ESSE LIVRO! Ok, nada discreta e indo direto ao ponto. Já comentei sei-lá quantas vezes que adoro livros onde os vingadores quebram a cara. E também adoro livros com heroínas atuantes (ao contrário das parvas que dependem dos parceiros até para achar o próprio nariz). Este livro tem as duas coisas.
– Ele, sheik Tariq: conheceu Farrah cinco anos antes, quando tinha assumido o cargo há pouco tempo, acreditou nas aparências e na aura de sheik todo-poderoso e não engoliu que ela tenha rejeitado ser amante dele. Arma o casamento para humilhá-la com a rejeição após quarenta dias e quarenta noites e ter acesso às ações que o permitiriam tomar o poder da companhia de oleoduto do pai dela;
– Ela, Farrah, única herdeira de um milionário, sofreu com a má fama da mãe, morta anos antes e se rendeu ao que o mundo (exceto o pai) parecia esperar dela: uma socialite festeira e mimada. A imagem que ela inventou depois da rejeição da mãe e do Príncipe do Deserto, ambos a julgaram indigna e se envergonharam dela.
– Quando Tariq invade a vida de Farrah novamente ela não está nada eufórica com a possibilidade de ceder ao sentimento entre eles. Daí o plano brilhante de levá-la contra a vontade para o deserto e convencê-la a casar.
– Obviamente Farrah não colabora e foge. Pena que infelizmente ela não sabe dirigir em meio às dunas, se perde e ele a salva. Daí o prazo de duas semanas para que ele a convencesse a aceitar o casamento.
– Os dois conversam e Farrah acredita nas intenções dele, cede ao clima romântico que ele criou e se eles se casam, nas cavernas de Zatua (da lenda de Nadia e o sultão que havia encantado Farrah quando ela visitara o país pela primeira vez cinco anos antes com o pai dela).
– As evidências de que Farrah não revelou toda a verdade sobre ela não apareceram no relatório que ele mandou fazer. As principais informações nem foram mencioadas (ou seja, que porcaria de empresa foi essa que o todo-poderoso Príncipe do Deserto Sultão de Tazkash contratou, hein?).
– Na lua-de-mel, ainda nas cavernas, Tariq descobriu que Farrah era virgem e o fato de ele ser seu primeiro amante o fez decidir que seria o único. Aquela história de casamento por quarenta dias e quarenta noites subiu no telhado. E deveria ter sido uma evidência de que havia mais a observar na socialite cabeça-de-vento, mas seria demais pedir tanta sensibilidade para lidar com outros seres humanos de um sheik convicto de que sabia que só havia um caminho certo: o que ele escolheu. 😛
– O mundo de Farrah despenca quando eles viajam para a capital do país e ela volta a conviver com os parentes dele. Em especial, a tia de Tariq e a prima, Asma. (Por favor, me digam que o significado em árabe é bonito, porque o que o nome me faz lembrar não é nada bonito…), que se achava no direito de ser a esposa do sultão.
– Cinco anos antes, as duas conseguiram com pequenas e sutis artimanhas colocá-la em desvantagem e acelerar o fim do relacionamento. E não é que, sem querer, elas conseguem de novo fazer Farrah sair do mundo encantado: ao ouvir uma conversa delas, Farrah descobre o plano de Tariq – o casamento com prazo de validade, caminho para conseguir as ações e controlar a empresa do pai dela e a rejeição que a aguarda depois…
– Então, Farrah invade a reunião do marido, expulsa o convidado e despeja a raiva, o ódio, a vergonha que sentiu ao descobrir o plano dele e a traição involuntária que cometeu contra o pai.
– Farrah só não morreu ao saber disso por um milagre, porque apesar de nunca ter tido um bom relacionamento com a mãe, era um grude só com o pai, o seu herói, que sempre a entendeu e apoiou, mesmo quando ela era “inadequada, gorducha e desajeitada”.
– Para piorar, as (patéticas) desculpas e argumentações dele – inclusive o comunicado abnegado-que-pretendia-ser-tranquilizador “mudei de idéia. Decidi que vou continuar casado com você” (alguémmeemprestaumporrete, peloamordeDeus?) – só comprovam que Tariq estava longe de entendê-la e respeitá-la, porque a rotulava como uma garota que adorava brilhar em festas caras, como as outras e não quem ela era de verdade.
– Quarenta dias e quarenta noites no inferno, ela prometeu e começou desaparecendo. Depois de imaginar as piores coisas possíveis, Tariq a encontrou na cocheira, desabafando sua infelicidade para os cavalos e a carregou para o quarto. A partir disso, ela o evitava constantemente – só ficava ao lado dele quando não tinha escapatória.
– E a verdade a respeito dela vem à tona quando Farrah ajuda a tratar do primo de Tariq, um menino que tinha um problema de comportamento que era tratado pelos especialistas como “ataques de raiva”. Ao se aproximar dele, levá-lo para a cocheira e incluí-lo nas atividades com os cavalos, o comportamento do garoto muda da água para o vinho.
– Tariq percebeu o óbvio e conseguiu a verdade: Farrah trabalhava diariamente numa hípica, porque tinha o talento de saber o cavalo certo para cada criança, em especial, as que tinham algum problema de comportamento. O relacionamento com os animais amenizava as crises e facilitava o tratamento. Tariq fica indignado porque ela não contou isso para ele (mais a frente, esta será minha única insatisfação com o livro: ele diz que ela não pode culpá-lo por ter acreditado na imagem que ela criou, mas para um sheik todo-poderoso isso soa como desculpa esfarrapada, já que ele pagou uma firma para investigá-la e nunca se permitiu a ver além da tal imagem de socialite fútil e avoada).
– As coisas entre eles esquentam meeeeeeeesmo e Farrah decide fugir de novo antes que fosse tarde e deixa para ele a documentação das ações (com quem ela . Para variar, ele intercepta a fuga e finalmente se digna a pedir desculpas (dentro do possível para ele), falar que a ama, que quer ficar com ela o tempo todo e oferecer-lhe uma vida plena como companheira e parceira, sendo que ela terá a liberdade para fazer o que quiser.
– E se por acaso ela não o amar mais, ela poderá ir embora do país, porque no dia seguinte o pai dela estaria em Tazkash para assinar um acordo de sociedade para a construção do bendito oleoduto. Só depois de tudo esclarecido, Farrah decide ficar para que eles, dentro de suas diferenças, sejam felizes para sempre!
Se não leu, leia. É muito bom. Se já leu e, como eu, gostou, recomende. Faça leitoras felizes com histórias que não a envergonharão.
Arrivederci!!!
Beta
"Para piorar, as (patéticas) desculpas e argumentações dele – inclusive o comunicado abnegado-que-pretendia-ser-tranquilizador "mudei de idéia. Decidi que vou continuar casado com você" (alguémmeemprestaumporrete, peloamordeDeus?)"
Tá aqui, ó *passa o tacape do Bambam lindamente enfeitado com pregos e vidro moído pela tela do PC*
Essa maratona de posts… e eu nem estou em casa pra desfrutar com conexão rápida! afe
Olá!
Adorei seu cantinho!
Estou te seguindo…
Beijos*
ufa, quantas reviravoltas na história!! =D
bem, vou procurar o livro dps dessa recomendação!
Beta, passo sempre por aqui e adoro ler suas resenhas, sempre interessantes.
Mas interessante, mesmo, é você! Uma pessoa engraçada, observadora, cheia de vida e paixão… Alguém que se emociona, que acredita em sentimentos e que dedica muito tempo a mostrar às pessoas coisas agradáveis e felizes, só para que elas também fiquem felizes…
Pessoas como você sempre me encantam!
Você tem esse dom – encantar- e acredito que tenha muitos amigos.
Então, aceite a admiração e a amizade dessa velha senhora, que certamente tem idade para ser sua mãe (talvez até avó rs rs rs)e que, felizmente, ainda não deixou de acreditar em amor e boas histórias, com finais felizes.
Teresinha
Oi Beta! Amei o seu blog! estou te seguindo, ok? Vc escreve com o coração na ponta dos dedos, vc é trasparente como a água. Isso é muito bom!! Adorei as resenhas! assim dá pra saber direitinho se vou gostar ou não do livro. Só sei que já amei vc!
Beijocax!!