Ciao!
A série Destinos Românticos combina muito comigo – eu gosto dos personagens, adoro os cenários escolhidos e as histórias sempre dialogam comigo.
Neste caso, é bem provável que várias garotas se identifiquem com a história de recomeço de Lucy na Islândia.
A pequena pousada da Islândia – Julie Caplin – Arqueiro (Destinos Românticos 4)
(The Northern Lights Lodge – 2019)
Personagens: Lucy Smart e Alex McLaughlin
Lucy estava triste, perdida e desorientada. Precisava de um novo emprego para sentir que a vida tinha voltado ao eixo. Ela conseguiu uma oportunidade para ser gerente de uma pousada na Islândia. E pretendia usar este período para conseguir ficar ou pelo menos uma boa recomendação. No entanto, era melhor matar um leão por dia a descobrir uma forma de conquistar a confiança da equipe, aturar hóspedes nem sempre bem-comportados e ter que lidar com a atração por Alex, o chefe de bar e garçom.
Precisando desesperadamente de um recomeço
Quando a história começa, a gente conhece Lucy em um momento muito delicado: precisando de emprego. E, nas entrelinhas, a gente percebe que há mais do que a necessidade de pagar emprego passando por uma situação tensa.
Então quando tudo parecia perdido porque ela era super qualificada, surgiu uma chance temporária na Islândia. Ela teria dois meses para gerenciar uma pousada Aurora Boreal em Hvolsvöllur, que fica a 1h30 de carro de Reykjavík. Obviamente exigia se mudar para o local e, apesar de não falar a língua, todos se comunicavam em Inglês. Não parecia algo impossível para quem não tinha nada a perder.
“Naquele exato instante, ela era tudo ou nada, uma parte do ciclo natural. Cerrou o punho e fez uma promessa silenciosa. Para a frente. Olhar para a frente. Em vez de encarar seu período na Islândia como um castigo, ela o aproveitaria ao máximo. Uma segunda chance. Lucy não seria definida por seus erros”.
No entanto, ser a estranha do ninho causa problemas, porque ela precisa encontrar a própria confiança e ser aceita como líder do grupo. Claro que ela vai levar um tempo para estabelecer laços. Com Brynja e Hekla, houve um vínculo imediato. Com outros, teve um estranhamento, mas havia respeito. E teve aqueles com quem realmente não rolou nada e com outro, no caso, Alex havia algo estranho demais no ar. Algo que a deixava preocupada, porque foi assim que tudo deu errado antes. E gato escaldado tinha pavor de água fria.
Ao mesmo tempo, está recebendo uma equipe de filmagem que está tentando capturar imagens das auroras boreais. E ciente de que estava em período de experiência, precisando de uma referência positiva para seguir em frente.
A culpa é do Huldufólk
Várias coisas estranhas aconteceram antes e durante a permanência de Lucy na pousada. No início, atribuíram a culpa aos Huldufólk, o povo oculto, que adorava pregar peças. No entanto, Lucy percebe que estão terceirizando ao folclore local a culpa de algo muito real, nas atitudes de um(a) sabotador(a).
Até porque a pousada estava trocando de dono e ninguém tinha garantia de permanecer no emprego. Portanto, ela precisava montar o quebra-cabeça e descobrir o que estava ocorrendo nas entrelinhas.
E claro, como a gente não tem um minuto de paz na vida, os esqueletos do armário que assombram Lucy resolvem sair de lá na forma de um cretino. Não vou falar qual é o segredo que a transtorna tanto. Como mulher, eu me identifiquei, por motivos que soam óbvios. A gente sente raiva, vergonha, impotência. O mais legal é ver como esta situação é solucionada.

Petta reddast
Temas que eu amo na série Destinos Românticos: a gente aprende um pouco sobre o país que é cenário da história – ainda mais quando não é um destino óbvio, como a Dinamarca no primeiro livro e, agora, a Islândia. Eu sabia do amor deles pelos livros, ouvi falar sobre a beleza natural do país e amo que lá não tem insetos. Mas descobrir isso pelo olhar da Lucy, uma estrangeira que se encanta pelo que conhece e aprende parece que é a gente lá. E ver como o modo de viver islandês a transforma, também é muito bom.
A gente reencontra personagens que já vimos antes – neste caso, é a volta do Alex, que apareceu pela primeira vez A pequena confeitaria de Paris. Ele tem uma missão neste livro que o deixa em uma situação desconfortável – não se desespere, desde o início a gente sabe o que é, mas os demais personagens desconhecem. Portanto, é uma das bombas que pode explodir a qualquer momento – e sim, vai explodir.
– Dá para ver a Via Láctea.
– Faz todo o resto parecer tão pequeno e insignificante.
A Lucy de quem nos despedimos ao final do livro está muito melhor do que a Lucy destroçada que encontramos no primeiro capítulo. E isso nos mostra que o tempo e a capacidade de se adaptar às mudanças sempre ajudam a compreensão de que a vida segue – e que a gente tem que ir em frente.
Série Destinos Românticos
1 – The Little Café in Copenhagen – O pequeno café de Copenhague
2 – The Little Brooklyn Bakery – A pequena padaria do Brooklyn
3 – The Little Paris Patisserie – A pequena confeitaria de Paris
4 – The Northern Lights Lodge – A pequena pousada da Islândia
5 – The Secret Cove in Croatia
6 – The Little Teashop in Tokyo
7 – The Little Swiss Ski Chalet
8 – The Cosy Cottage in Ireland
– Links: site da autora; Skoob; mais dela no Literatura de Mulherzinha.
Arrivederci!!!
Beta