Menu fechado

Cap. 973 – O mistério de Damian – Charlotte Lamb

Ciao!!! 


Este
foi mais um livro que comprei no embalo da festa do consumismo literário a partir do acervo alheio que fiz no
sebo. Não me lembro especificamente dos motivos da escolha. Seja qual tenha
sido, definitivamente, não tinha nada a ver com o livro, que me surpreendeu
totalmente.
O mistério de Damian –
Charlotte Lamb – Bianca 215
(Haunted
– 1983 – Mills & Boon)
Personagens:
Elizabeth Gardiner e Damian Hayes
Após
dois anos morando nos Estados Unidos, onde conseguiu sucesso profissional,
Elizabeth descobriu que Damian tinha morrido em um acidente de carro. Confusa, decidiu
retornar à Inglaterra para rever a família. E aceitou uma ideia da irmã de
partir para a França, para visitar uma tia. O problema é que ela tinha vivido
na mesma região com Damian e ao chegar, viu um homem com a mesma postura, o
mesmo jeito de caminhar… mas que não era Damian. Não adiantava a razão, os
amigos e parentes dizerem que ele havia morrido. Ela tinha certeza de que ele
estava vivo.
Comentários:
– Este
livro me surpreendeu porque não consegui encaixá-lo em nenhum formato: não era
uma história de reencontro – porque desde o início é dito que Damian morreu
após o carro bater e pegar fogo. Não era uma história de vingança – porque quem
tinha sido vítima era ela, não ele. Não era um romance, já que a gente (e boa
parte dos personagens) passa boa parte do tempo achando que, apesar dos
problemas no relacionamento com Damian, o choque de saber da morte dele traumatizou
demais Elizabeth e não consegue enxergar amor romântico (só se for um muito
disfuncional, pelos relatos dela). Juro que houve momentos que achei que a
autora usaria alguma explicação sobrenatural, do tipo “espírito do ex-amante
possessivo baixou no amigo para se vingar da pobre protagonista”, mas não
chegou a este ponto.

Ao retornar ao local onde havia vivido o melhor e o pior da paixão por Damian
Hayes, pintor talentoso, de temperamento forte e extremamente ciumento e
possessivo, Elizabeth se vê cercada de lembranças dos locais onde eles
conviveram. Nessas andanças em busca de aceitar a morte prematura e trágica
dele, ela invade o terreno onde ele morava e encontra Yves de Lavalle, melhor
amigo de Damian e sobrevivente do acidente que matou o pintor. Yves tinha saído
recentemente do hospital, após uma longa recuperação repleta de cirurgias. Alguma
coisa em Yves a confunde, porque ele a faz se lembrar de Damian. E ele não
perdia uma chance em jogar na cara dela que ela foi uma mentirosa, traidora que
abandonou o amigo e, indiretamente, o levou à morte. Agora, de volta, estava
lidando com a obsessão por ele e o fantasma da obsessão dele por ela.

É um quebra-cabeça intrigante, muito difícil de montar, porque a gente acompanha o ponto de
vista da protagonista que começa a desconfiar de que esteja ficando maluca,
diante de tanta informação conflitante, misturada com as lembranças positivas e
nem tão boas assim do relacionamento com Damian, agravada pelo julgamento
constante de Yves e Chantal, a esposa dele. E eu não sei se a explicação –
quando todo o quebra-cabeças é montado – no último capítulo era coerente em
1983, mas acaba fazendo sentido no contexto da história. Só não sei se valeu a
pena para Elizabeth ter remexido no passado, mesmo sob a promessa de um futuro
muito melhor e com relacionamento mais sadio…
Bacci!!!

Beta

4 Comentários

  1. Sil de Polaris

    Ah, mas que enredo opressivo e tétrico ! Eu não senti qualquer atração por este romance contando história de uma mulher com seus fantasmas, às voltas com lembranças de um homem ciumento e possessivo, morto dois anos após ela abandoná-lo, por culpa dele mesmo, tanto abandono quanto acidente, mas sendo culpada pelos amigos desse homem que não devem ter mais o que fazer !!! ARGH !

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *