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Cicatriz da Alma – Maisey Yates – Cap. 761

Ciao! 

Este livro é um dos lançamentos de setembro da Harlequin Brasil. Gente, eu podia jurar que já tinha lido algo desta autora. Mas pelo que publiquei no Literatura de Mulherzinha essa é a estreia.

E posso garantir: em grande estilo.

Cicatriz da Alma – Maisey Yates – Paixão 345 (Belas & Feras)
(Hajar’s hidden legacy – 2012 – Mills & Boon Modern Romance)
Personagens: princesa Katherine Raunch e sheik Zahir S’ad al Din
Katherine precisava proteger o irmão caçula e o futuro do reino de Austrich. E isso requeria medidas desesperadas: como forçar o sheik Zahir a cumprir um acordo de casamento entre as famílias. O problema é que o noivo é recluso após o atentado que matou a família dele e o deixou com cicatrizes e não estava disposto a colaborar. No entanto, acostumado a ser temido, ele não sabia do que uma princesa determinada seria capaz para conseguir o que queria…
Comentários:
Esse livro bem que soa (e até admite em alguns momentos) como uma adaptação da história da Bela & Fera, com algumas mudanças bem interessantes. Ambos são julgados pelo que aparentam ser: a Fera de Hajar era um governante justo, mas traumatizado e recluso, que muitos temiam ter enlouquecido após o atentado fatídico do qual foi o único sobrevivente.
A Princesa Katherine era julgada por muitos pela beleza; desprezada pelo pai moribundo por ser mulher. E agora, apenas ela poderia evitar que o irmão caçula não tivesse ameaçado o direito à sucessão. Bastava cumprir o acordo de se casar com o herdeiro da casa real de Hajar. Só que ao contrário do prometido Malik, uma das vítimas do atentado, ela teria que convencer o irmão caçula dele, o nada amistoso Zahir.
Outras autoras fariam deste livro um vale de lágrimas, de desfile de preconceitos e talvez de heroína pasmaceira-chorona e herói-ogro-pseudotorturado. No entanto, Maisey Yates tem tanto domínio da narrativa que a gente compreende as motivações de cada um, acompanha momentos de força e de fraqueza (a vulnerabilidade de ambos não serve como desculpa para você simpatizar com tudo que eles façam, mas sim caminho para entender quem são essas pessoas e qual jornada cumpriram até o momento em que passamos a acompanhar a história) e como duas personalidades conseguem ser tão díspares e ser o que pode ajudar ao outro.
E ela não engana ninguém com promessas de curas milagrosas – o que Zahir enfrentou não vai passar em um estalo de dedos. Os fantasmas de Katherine não serão superados com meia dúzia de palavras otimistas.
E acima de tudo, acompanhamos os estágios de desenvolvimento da relação entre eles: da conveniência ao amor com toques de paixão. As pessoas que amam sheiks vão delirar aqui – eu que não sou tiete do perfil de protagonista amei.
* Por fim, quero fazer uma menção a algo que me deixou muito curiosa: ao avanço da moda mencionado neste livro. Primeiro fiquei muito interessada em saber qual era o sabor do vestido de noiva de Katherine, já que ele tinha CALDA (p.127). E por fim, onde ela comprou roupa íntima de CEDA (p.162)? Qual será a diferença deste tecido para o original, hein?
Agora falando sério, vale dar uma caprichada na revisão, né? Tinha um “Por que elas não podem recursar um sheik?” (p.154)
Cada coisa assim que eu leio me causa taquicardia e eu sou muito nova pra isso!!!
Arrivederci!!!

Beta

3 Comentários

  1. Suelen Mattos

    Gostei bastante desse livro também! E o legal e que a mocinha não faz o estilo boboca submissa, e ele tb não faz o estilo ogro. Perfeitos um pro outro!

    =)

  2. Sil de Polaris

    Um dilema empedernido: comprar ou não comprar ?! Eu sinto como se tomasse um murro em meu estômago ao ver "calda", "ceda" (pior de todas !), "recursar": ai, meus sais !!!

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