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O silêncio dos amantes – Susan Drake (MARATONA DE BANCA – FEVEREIRO) – Cap. 402

Capa original

Um livro que mistura aventura, suspense, conclusões precipitadas e uma heroína incomum. Pelo menos para o meu caso, que ainda não havia lido livros com este perfil de protagonista. Eu o escolhi para cumprir a última tarefa da Maratona de Banca 2010.

No mês de fevereiro, a meta era ler um livro com protagonista estrangeiro (gregos, italianos, espanhóis, franceses, brasileiros russos, etc.) E claro, estava faltando um greguinho básico na minha lista, né?

O Silêncio dos Amantes – Susan Drake – Clássicos Românticos 37
(Hear no evil – 1994 – Silhouette Books)
Personagens: Renata Light e Stefanos Metadorakis

Renata estava feliz, tinha conseguido vencer a concorrência para pintar os quadros para a companhia Meta-Hellenic. Desta forma, conseguiria o dinheiro para comprar a escola e realizar seu sonho. Só teria que voltar à Grécia, de onde não tinha boas lembranças, e se concentrar na sua outra paixão: a pintura. Stefanos estava envolvido em uma investigação que poderia diminuir a culpa que ele sentia por uma falha em uma missão anterior. E tinha certeza de que Renata era peça-chave neste mistério. Mas será que ela não seria o que ele estava pensando? Ele não queria correr o risco de ter colocado, mais uma vez, inocentes em perigo…

Comentários:

Esta é a trama básica desta história. Estão procurando um microfilme. Stefanos tem informações que indicam com convicção que ele está com Renata e que ela irá aproveitar a viagem à Grécia, com o pretexto da pintura, para entregá-lo a um grupo ligado a um ditador (se entendi bem, o tal ditador é da Turquia, país que historicamente não tem as melhores relações com a Grécia).

Por isso, ele envolveu a empresa da família, fez com que ela ganhasse a concorrência. Ele queria estar por perto quando isso acontecesse. A única peça que não se encaixava era a própria Renata: ela tinha deficiência auditiva e, apesar de muito bonita e atraente, não se encaixava no perfil femme fatale que ele esperava encontrar. E por mais que os instintos dele dissessem que ela era inocente, Stefanos se recusava a acreditar.

Renata é muito corajosa. E apesar do peso que ela pensava que a deficiência auditiva tivesse na sua forma de relacionar com os outros, ela não se deixa abater. Quando se vê em meio a uma trama de espionagem – acusada de ser uma espiã – até consegue manter o bom senso para provar que é inocente.

A partir daí, ela precisa se proteger e ser protegida dos homens que a perseguiam e que não acreditariam que ela não soubesse que estava com o microfilme das informações. A partir daí, se torna um livro de ação e romance: os dois se aproximando, ambos com medo de se apaixonarem por causa de traumas passados, e ao mesmo tempo correndo perigo, porque os perseguidores não davam sossego.

Stefanos tem motivos para ser traumatizado. Primeiro, porque a morte do pai o deixou dividido entre o avô grego e a mãe norte-americana, que o usavam como motivo de uma batalha onde um estava mais interessado em ferir o outro. Sim, como alguém que já esteve em situação semelhante, posso dizer que não adianta nada optar pela neutralidade, porque um sempre vai achar que você prefere o outro. E raramente um deles vai parar para pensar em como o “motivo da discórdia” se sente.

E ele se tornou um diplomata do governo norte-americano que, graças aos contatos familiares, trabalha muito na Grécia. Se não fosse uma missão fracassada anos antes, ele teria a consciência tranquila e talvez tivesse aprendido que vale a pena se arriscar em relacionamentos. A última missão antes de ele abandonar tudo era desvendar o caso de espionagem e, por isso, tinha sido orientado a usar até mesmo a sedução para conseguir as informações que Renata poderia ter.

Só que ele descobre que as aparências enganavam, que Renata era mais frágil e mais forte do que ele poderia prever. E ele descobriu que ser vulnerável e ter afeto de outras pessoas não era tão ruim. Enfim, um grego frágil, sim, existe. Mistura de romance com ação, poderia muito bem se tornar filme. Eu veria, sem problemas!

Pesquisando na internet, descobri que a tradução mudou o nome original da mocinha: de Molly para Renata (não faço ideia do motivo). E achei este link com uma lista de livros de personagens surdos. Vale a visita. E a autora Susan Drake não tem site oficial (pelo menos, não encontrei). Achei o perfil dela no Fantastic Fiction.

Arrivederci!!!

Beta

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