Pois bem, consegui ler o terceiro livro da série dos Senhores do Mundo Subterrâneo e agora tenho um problema: quero ler o próximo – que, confesso, nem sei de quem é, só desconfio. Parti do mesmo princípio que me acompanhou durante toda a saga Potteriana: quanto menos souber, melhor fica a leitura. Ou seja, quem já leu, por favor, contenha a vontade de disparar spoilers, porque pode conseguir o efeito contrário: eu não ler o restante da série. (E é sério: deixei de ver filmes porque espíritos de porco me contaram o que acontecia – e eu não gosto de saber, gosto de ser surpreendida).
Aliás, falando em gostar…
O Prazer Mais Sombrio – (Senhores do Mundo Subterrâneo livro 3)– Gena Showalter
(The Darkest Pleasure – 2008)
Personagens: Danika Ford e Reyes, Guardião de Dor
Danika e a família estavam marcadas para morrer e tinham se separado para tentar se proteger. Por isso, ela aprendera defesa pessoal e não sossegava em cidade nenhuma e mudara o visual. Não adiantou, lógico, porque foi localizada pelos Caçadores, que diziam ter o mesmo desejo que ela: acabar com os demônios responsáveis por todos os males do mundo. Mas, para isso, precisavam que Danika voltasse a conviver com os demônios e repassasse todas as informações para eles. Reyes tentou se manter afastado, no entanto, sabia que precisava ficar perto de Danika, que queria fazer tantas outras coisas, que nunca poderia para não colocá-la em risco. Só que paz e tranqüilidade eram as últimas coisas a que os Senhores tinham direito em um momento de corrida atrás dos artefatos que poderiam levá-los a recuperar a Caixa de Pandora. Danika estava no olho do furacão e Reyes sabia que a protegeria contra tudo e contra todos – inimigos, amigos, deuses e inclusive ele mesmo… – ou morreria tentando. Mas será que eles teriam direito a escolha???
Comentários:
– Amunzinho, por favor, vá dar uma voltinha no Egito, enquanto escrevo essa resenha. Ok, sei que não vai adiantar, porque ele sabe o que vou dizer aqui, mas gamei no Reyes. Que vocação magnífica para o sacrifício pelos outros. Acho que ele me lembrou o meu personagem favorito na saga Cavaleiros do Zodíaco (que compartilha com esta série a temática de base mitológica): Shiryu, o Cavaleiro de Dragão. O moço de longos e maravilhosos cabelos pretos e olhos que variavam do verde ao cinza estava sempre disposto a sangrar até a morte se isso representasse a salvação dos amigos e até do mundo (e eu me desesperando a cada episódio que ele se sacrificava para que o idiota do Seiya posasse de bonzão, sendo que qualquer pessoa sensata sabia que quem abalava geral era o Ikki de Fênix – e, claro, Shiryu. Hiyoga era lindo, mas tinha o emocional frágil e o Shun era aquela fofura, doçura, gentileza sempre sendo salvo pelos outros).
– Ah, claro, Shiryu tinha uma amiga-namorada chamada Shunrei. E quando, na Batalha das Doze Casas, aquela praga do Cavaleiro de Câncer descobriu esse ponto fraco e fez mal a ela, Jesus, Maria e José, falar que Shiryu virou bicho é eufemismo suave. Desculpe a tietagem, tem coisas que o tempo não cura (e caso alguém aqui que tenha visto a série, devo informar que não consegui ver a saga de Hades, entonces, nada de spoilers, por favor). Pois bem, vi em Reyes muitas atitudes do Shiryu e acho que a semelhança só contribuiu para que eu gostasse dele. Sem contar que, voltemos ao tema da resenha anterior, do livro do Lucien, “cuidado com os quietinhos…” Pois é, mais uma vez, o ditado justifica-se com honra ao mérito.
– Reyes e Danika estão muito atraídos um pelo outro (dá para perceber na 1ª. vez em que se encontram, tamanha a força das faíscas que explodem entre eles), mas ao mesmo tempo, o medo atrapalha a relação. Afinal de contas, um dos amigos de Reyes recebeu a missão de matar as quatro mulheres da família Ford. Reyes se viu diante de um dilema: proteger a mulher ou ajudar ao amigo. A decisão dele, independente de qual fosse, traria ainda mais drama e consequências graves para a história. Danika tinha a missão de espionar os Senhores, descobrir os pontos fracos e traí-los, mas como fazer isso ao perceber que as aparências enganavam – que os imortais possuídos por demônios conseguiam ser mais humanos – com falhas e virtudes – que muitos seres humanos?
– A história é um pique-pega ininterrupto: Aeron quer matar Danika, que quer reencontrar a família, que é usada pelos Caçadores como Isca e que não sabe o que quer com Reyes (matá-lo ou levá-lo para a cama, chão, superfície de sustentação mais próxima, ò dilema cruel!), que quer muito levá-la para a cama, chão, superfície de sustentação mais próxima, mas teme não ser capaz de impedir que o Demônio que carrega consigo – Dor – a corrompa. Tudo isso, com os deuses de olho e procurando pelo segundo artefato na busca pela Caixa de Pandora.
– Danika que me perdoe, é uma heroína com dilema, carma dos bravos, carrega um grande peso nas costas e que vai perceber o sentido de boa parte de sua vida só agora, quando o mundo que ela sempre conheceu está de pernas para o ar. Ela está longe de ser uma heroína que me irrita, mas é tensa e dramática demais (claro, a situação exige) e Anya continua sendo a #1 na minha modesta opinião. E nem vou fazer a bobagem de comparar os Senhores protagonistas até agora.
– Reyes é taciturno, sofredor, mas quando se apaixonou ficou tão fofo (mesmo nos piores momentos), tudo que eu queria era abraçar o moço e oferecer ombro amigo (juro, quem tem Amunzinho só pode mesmo distribuir amizade aos demais). E com direito a uma regravação na voz de Marisa Monte para ele: “Se ela me deixou a dor/É minha só, não é de mais ninguém/ Aos outros eu devolvo a dó/ Eu tenho a minha dor/ Se ela preferiu ficar sozinha,/ Ou já tem um outro bem/ Se ela me deixou,/ A dor é minha,/ A dor é de quem tem…” Reyes é tão legal que não percebeu que, de todas as formas, Danika era a mulher certa para ele. Ele não entendeu isso nem com Dor ronronando e até mesmo desaparecendo em momentos importantes para o casal kkk
– Quanto aos demais meninos, digo, Senhores, continuamos acompanhando a rotina do castelo em Buda (isso mesmo, bastaram três livros e eu já estou totalmente em casa. Daqui a pouco, eles vão ver meus patinhos de pelúcia no quarto do Amunzinho): Ashlyn tentando manter um clima familiar, se é que isso é possível em meio ao contexto deles de luta, caçada e perigo de vida (mortal e imortal) constante. Anya aprontando das delas, com um convidado em casa que irrita a muitos Senhores, mas vai mexer com a mulher de Morte para ver o que acontece (A deusa acaba contigo antes dele. Fato.). Podemos perceber a rivalidade dos dois grupos de Senhores e que ainda há muito a ser superado entre eles. Eu já disse que gosto do senso de humor do Torin? Ah, e que acho o Sabin uma mala de papelão sem alça na chuva? E para variar, Amun entra mudo e sai calado, embora me brinde com sua presença silenciosa em algumas cenas (nas quais, cara autora, eu não tinha a menor vontade de prestar atenção nos dilemas existenciais de Sabin. Quero mais Amunzinho, gracías). E confesso que a localização do artefato me surpreendeu, apesar de ser extremamente lógica – e de certa forma, previsível (sim, estava ocupada com outros aspectos da história e desliguei o mode Mitologia. Já disse, prefiro ser surpreendida). E, claro, a história termina com a indicação da próxima aventura dos Senhores, embora eu não fiz questão de saber quem serão os próximos protagonistas.
– Estou para dizer isso nas resenhas anteriores e acabei me esquecendo. Sou a única que acha que esta série devia virar filme? Já posso até ver Daniel Craig (a versão pitBond do agente 007), Clive Owen e Hugh Jackman, Viggo Mortensen (como me lembrou a Lidy), entre outros, encarnando de forma muito convincente os Senhores. Eu entregaria a direção para o Tarantino. Ou para o Alfonso Cuáron. Ou uma comitiva de fãs do livro (para a qual, humildemente, ofereço minha contribuição)…
11. The darkest touch – Torin, guardião de Doença (ainda não lançado em Português)
*** The darkest angel – Lysander, anjo, e Bianka, harpia (lançamento lá fora em 1º abril 2016 – não consegui entender se é o mesmo que já foi publicado ou se tem algo diferente)
12. The darkest torment – Baden, guardião de desconfiança (lançamento lá fora em 31 de maio 2016)
– Só lembrando: o site de Gena Showalter é muito bom, repleto de informações sobre a série dos Senhores e de outros livros dela. E se ainda não fez, recomendo o teste de compatibilidade que ela deixou no blog.
Arrivederci!!!
Beta
Não aguentei qdo disse: Amunzinho, por favor, vá dar uma voltinha no Egito, enquanto escrevo essa resenha.
kkkkkkkkkkkk
Ótima resenha, adoroooo essa série!!!!
Que resenha maravilhosa, amei.
Sempre que vejo algo sobre a série estala aquele 'tenho que ler', mas passa rapidinho. Agora TENHO que ler mesmo, todos os livros, já!
Parece muito, muito melhor do que imaginava…
Vou dar uma voltinha na net, pesquisar uns precinhos e arrematar meu Reyes… rsrs.
Bjkas,
Monique
Beta,
A resenha tá ótima!!!!
Pelo teste de compatibilidade, tenho que suspirar pelo Aeron, mas não custa nada apreciar o resto dos rapazes, não?
Adorei esta história, acho que é a minha preferida até o momento (claro, tenho que esperar a história do Aeron, né?)e achei o casal muito bom.
Também sou fã dos Cavaleiros do Zodíaco e a sua associação foi perfeita! Também achava o Seiya um mala sem alça e já chorei muito por causa do Shiryu e da Shunrei, torcendo prá que aquela coisa mal resolvida entre eles acabasse e tudo desse certo…
Mais uma vez parabéns e a primeira velinha deste bolo foi sensacional!!!
Beijos,
Parabéééééns Beta!
Primeiro pelo blog e depois pela resenha muito bem escrita. Ou seja, o blog faz aniversário e nos ganhamos o presente 😀
A cada resenha sua que leio, da série Senhores do Mundo Subterrâneo, fico com mais vontade de gastar a próxima reserva para compra de livros, hahaha.
Sucesso Sempre o/
E ainda bem que o mês de abril só está começando *.*
:*
Uma surpresa infinita: Beta adorava assistir "Cavaleiros do Zodíaco" como eu !!! Uma conterrânea nesse deserto !!! ^^ Mas meu Cavaleiro de Bronze preferido era Ikki de Fênix, fenomenal, inacreditável, sensacional, que chegava arrasando quarteirões toda vez que surgia em um combate. Toda história de Badho de Arcor e Shido de Mizar, irmãos gêmeos de Asgard, foi meu tema de uma análise psicológica de filme que rendeu-me um 9.5 maravilhoso muito bem saboreado !!! ^^ Ok, eu não vi "Hades" também, embora tenha visto capítulos esparsos, após ler um resumo minucioso, o que significa que não faço conta de spoilers, mas respeitarei sua vontade sobre manter surpresas quanto ao pouco que eu sei. ^^ Shiryu de Dragão era meu segundo Cavaleiro de Bronze preferido, seguido de perto por Hyoga de Cisne em um terceiro lugar honroso. Mas meu amor incondicional, acima de qualquer primeiro lugar, era Saga de Gêmeos, herói e vilão a um tempo, discutindo consigo mesmo em suas crises de personalidade como Mestre de Santuário. Uma peninha Masami Kurumada ter sido tão imbecil como roteirista !!!
Você acredita ainda que eu esteja sendo muito paciente por resolver aguardar pelos doze volumes de "Senhores de Mundo Subterrâneo" agora que você terminou seu terceiro volume sem sinal de quando e quem virá depois ???!!! ^^ Oh, e eu não sei ainda com quem terei de brigar pela lama por um combô demônio-guerreiro !!! (hihihi !!! …)
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Você é sortuda, Beta ! Eu terminei de ler um e-mail de Harlequin avisando que "Senhores do Mundo Subterrâneo n.º 04" está para ser lançado e publicado ! ^^