Acho que faz séculos – pelo menos, assim que me sinto – que eu não lia algo da Lynne Graham. E não foram necessárias muitas páginas para que eu me lembrasse do motivo: em 99% das vezes, os personagens dela me irritam profundamente…
Feitiço do Deserto – Lynne Graham – Paixão 165 (Noivas Grávidas 1/3)
(Desert prince, bride of innocence – 2009 – Mills & Boon Modern)
Personagens: Elinor Tempest e príncipe Jasim bin Hamid al Rais
O príncipe Jasim teve que intervir no relacionamento do irmão mais velho a pedido da cunhada. O mulherengo Murad havia empregado uma jovem bela e interesseira como babá da sua pequena sobrinha. Ao encontrar a garota chegando em casa, à noite, levemente alterada e em uma limusine enviada pelo irmão, ele teve certeza de que precisava retirá-la do caminho de Murad e colocá-la na sua cama. Elinor não pode resistir à sedução do príncipe, mas a paixão cobraria um preço caro dela…
Comentários:
– O livro já começa com a griffe 100% Lynne Graham: “herói” sendo informado dos interesses malignos da protagonista por uma pessoa com a versão absolutamente imparcial (#not). Após um desastroso primeiro encontro, “herói” conclui que quer a garota – e se isso a afastar do irmão, bônus duplo. Claro que as circunstâncias não a ajudam e favorecem o plano do príncipe Jasim. Daí para amante dele e para grávida dele foi um pulo tão rápido que Elinor nem registrou direito. Só se deu conta quando estava se casando com um homem que não a queria – e descobrir a verdade foi algo tão chocante que só restou a Elinor fazer a mala e ir embora…
– Claro que a fuga não dura para sempre, Jasim consegue localizá-la e colocá-la contra a parede. Desfiando acusações por ela tê-lo mantido afastado no nascimento e nos primeiros meses do filho. Isso ainda reforça tudo o que ele pensa dela, mas, mesmo assim, exige voltar com ambos para Quamar, afinal de contas, Sami é o primeiro menino que nasce em décadas, é o príncipe herdeiro bla bla bla…
– Enfim, vocês já sabem como vai terminar a história, mas deixe-me fazer um comentário sobre um ponto que me chamou muito a atenção. Durante uma DR particularmente irritante (porque eles vão e voltam sempre ao mesmo tema – ele insiste que ela havia sido amante do irmão e ela nega), o príncipe a chama de vadia! Primeiro, um milagre a tradução brasileira ter mantido este termo.
– Segundo, enquanto blogueira escorpiana vocês podem imaginar o que eu penso a respeito de um protagonista-mula desses… Um tapa (daqueles de estalar ossos) na cara seria pouco. Mas eu nunca sou e nunca serei uma legítima e abnegada heroína da Lynne Graham…
– Terceiro, o distinto sabe-tudo pediu desculpas SEIS páginas depois, o que deve ser um recorde em se tratando da autora – detalhe: sem nenhuma evidência de que ele estava errado. Moral da história: eu nunca daria a mínima para esta criatura, mas como a Elinor quis dar uma chance, tudo indica que ela não se arrependeu…
– A autora não tem site, mas podemos encontrar informações sobre ela na Wikipedia e no Fantastic Fiction.
– O livro é o primeiro da trilogia Noivas Grávidas, que já foi totalmente lançada e identificada como série. As outras duas histórias são de Alissa e Lindy, as amigas com quem Elinor dividia apartamento enquanto esteve separada de Jasim.
1. Desert prince, bride of innocence – Feitiço do deserto – Paixão 165 (Elinor e Jasim)
2. Rutless magnate, convenient bride – Em nome do desejo – Paixão 167 (Alissa e Sergei)
3. Greek tycoon, inexperienced mistress – Marcados pela paixão – Paixão 169 (Lindy e Atreus)
Arrivederci!!!
Beta
Já li os 3 livros da série – sim, sou masoquista e gosto desse tipo de livro. Sim, mesmo sabendo que vou querer esganar a mocinha e jogar o herói num caldeirão de água mais do que fervendo – e tenho que dizer que esse livro NÃO é o pior deles.
Na minha opinião, o segundo consegue ser muito, mas muito, mas muito pior!
Mas enfim…
Oi, Beta, achei que você nunca mais iria ler um livro da Lynne Graham, é realmente irritante como ela continua mantendo os mocinhos sempre iguais.
Parabéns sua resenha estava ótima, e que venha os outros dois livros.
Beijos
Um herói nesse estilo não cairia muito bem para mim nessa época, embora eu tenha adorado aquele modelo masculino naquela capa (UAU !!!).
Seria um tapa muito bem dado. Bjs, Rose.