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Cap. 614 – Coleção Vaga-Lume – autores variados

Ciao!!!

Imagem retirada deste site

Falar sobre esta série é dar um passeio pela minha memória afetiva de estar em livrarias. Quando comecei a estudar, #madrehooligan me levou para comprar parte do material escolar. Para cumprir a parte: “doe um livro para a biblioteca”, acompanhei o vendedor ao segundo andar. Encontrei várias prateleiras lotadas. Do alto dos meus 7 anos, tive um surto de leitora delirante, queria levar tudo (o tempo passa, mas este surto, volta e meia, se repete). Como não conhecia, o vendedor me indicou um que, segundo ele, era escolhido por muitas pessoas na mesma situação que eu: A Ilha Perdida, Maria José Dupré. Ele não estava de todo errado: era um dos mais presentes na prateleira da biblioteca.

Alguns anos depois, cheguei à 5ª. série. Tive autorização para fazer ficha na biblioteca (e vocês acreditam que, mesmo tantos anos longe da escola, ainda sonho que estou mexendo nas prateleiras de lá?). Eu queria pegar um livro cujo título me deixava curiosa: Um cadáver ouve rádio, do Marcos Rey. No entanto, no dia que fiz a ficha, ele estava emprestado. Tive que me contentar em ler outro, do mesmo autor: O Rapto do Garoto de Ouro – foi assim que Leo, Ângela e Gino entraram na minha vida.

A partir daí, vamos no popular: ferrou. Porque queria ler tudo – uns mais que outros (por exemplo, a série das aventuras de Xisto nunca me atraiu. Em compensação, queria ler todos do Marcos Rey). Aí ganhei alguns de aniversário. Um dos livros era O Mistério do Cinco Estrelas, também do Marcos Rey, que eu já tinha lido. Por isso, fui trocar na livraria – eis o momento legal da história. A livraria não existe mais (atualmente, funciona no local uma loja de colchão), mas o setor infanto-juvenil dela ficava em um nível abaixo e o caminho era marcado por pegadas infantis. E claro que a criatura-bocó aqui acompanhou as pegadas até a mesa da atendente. Acabei trocando por A Serra dos Dois Meninos, Aristides Fraga Lima (que junto com A Ilha Perdida me convenceu a não entrar para os escoteiros, porque, se pessoas que sabiam se virar, se perdiam, imaginem eu, desastrada e fresca assumida). Isso se revelou uma bobagem monstro (ok, na época, achei que não, só depois me dei conta) porque nunca mais achei O Mistério dos Cinco Estrelas para comprar 🙁

Com o tempo, vieram Açúcar Amargo e Meninos sem Pátria, Luiz Puntel; Aventuras no Império do Sol, Na Barreira do Inferno e Confusões & Calafrios, todos de Sílvia Cintra Franco (também entre meus favoritos: o primeiro fala sobre um time de vôlei feminino – e eu já jogava na época em que li – e o segundo tem uma personagem jornalista); Garra de Campeão, Sozinha no Mundo, Um rosto no computador, Corrida Infernal e Enigma na TV (que aliás, tem uma frase lá que volta e meia eu repito kkk), Marcos Rey; Éramos Seis, Maria José Dupré (gente, que livro triste!!!); Tonico e Carniça, Assis Brasil e José Resende Filho (outro livro triste. Detalhe: meu exemplar sumiu, desapareceu, escafedeu em um dos grandes mistérios aqui de casa. Até hoje não sei onde foi parar, com quem está, enfim…); Na Mira do Vampiro, Lopes dos Santos (sim, tinha vampiro no meu caminho até na Coleção Vaga-Lume!); O Primeiro Amor e Outros Perigos, Marçal Aquino (gente, ao ver este título, me bateu uma sensação tão boa que me deu vontade de reler, para lembrar os detalhes – e é outro que não tenho. Tô me sentindo uma fracassada hoje kkk).

Estes são os que tenho certeza de ter lido. Ao ver a lista, alguns livros me deixaram em dúvida. De qualquer maneira, esta coleção, em suas alegrias e tristezas, histórias que gostei mais ou menos, foi o que pavimentou o caminho para o meu encontro com outra estante de livros. Desta vez, a da minha prima, que tinha muitos romances que também me deixaram curiosa. E nem preciso contar como continua esta história, né?

Quando pensei neste texto, não sabia se a Coleção Vaga-Lume ainda existia, porque não a via nas livrarias (talvez esteja procurando nas prateleiras erradas). De vez em quando esbarro em um ou outro livro das antigas no sebo. Mas pesquisei e descobri sim, que a série continua sendo publicada e ganhou capa e visual mais modernos (embora meu eu saudosista ainda prefira as capas mais antigas). E me disseram que, por causa do uso nas escolas (graças a Deus!) é um dos campeões de venda. E é uma excelente opção de presente para uma criança, seja filhos, parentes, amigos, ou a sua criança-adolescente interior.

Dei uma pesquisada e na Wikipedia há uma lista de livros da coleção; no Listas Literárias; e no Leitora Viciada (trabalho meticuloso e fenomenal, vale visitar). E se dois livros virarem mesmo filmes claro que eu vou ao cinema conferir. Espero que caprichem no elenco, para me ajudar a lembrar alguns desmemoriados. Quando estive em São Paulo, há alguns anos, fiquei repetindo que a Ângela morava no Morro dos Ingleses e nem todo mundo entendeu de quem estava falando…

Bacci!!!

Beta

9 Comentários

  1. Suelen Mattos

    Ah, já li alguns livros dessa série, todos na escola. Eu adorava!!! Vivia pegando-os na biblioteca, hehe!!!
    Que legal poder matar a saudade de les…. há anos não ouvia falar desses livrinhos!

    =)

  2. Lilian

    Nossa, Coleção Vagalume! Como amava ler esses livrinhos!

    E temos em comum o fato de não sermos atraídas pelas aventuras de Xisto. Nunca quis ler!

    O primeiro dessa coleção que li foi O Escaravelho do Diabo. Primeiro romance policial da vida! rs E meu preferido é Marcos Rey. Pena que ele já morreu.

    O livro que mais amei dessa coleção foi Sozinha no Mundo. Legal demais!

    Adorei viajar no tempo contigo, Betinha! Lindo post. 🙂

  3. juuh S2

    Oi Beta que nervoso é a primeira vez que vou postar um comentário aqui, apesar de já ter feitos muitos comentários em frente ao meu pc sobre suas resenhas. Adoro o L.M e sempre to passando pra dar uma olhada, mas hoje n pude ficar quieta assim como vc a serie vagalume marcou minha infancia Sharion, A ilha perdida, Do outro lado da ilha e tantos outros que vc citou que saudades dos primeiros amores. O mais legal e que as minhas filhas tambem estao adorando a serie. Adorei viajar ao passado com vc.
    Joyce Freitas

  4. Ili

    Oi, também sinto saudade da série vagalume. O primeiro livro que li foi As reinações de narizinho de Monteiro Lobato,e nunca me esqueci, pois era um sonho para mim aos sete anos ler um livro inteiro. Conheci depois a série vagalume na biblioteca da escola, porém nunca li o livro A ilha perdida, não me atrai pela estória de ficar perdida. Ainda não consegui ler O escaravelho do diabo, pois na minha escola não tinha ele. Ainda bem que não pararam de publicar os livros que são boas lembranças de nossa infância.

  5. cacau toledo

    Adoro essa coleção, adoro todos os livros que possuo, mas 6 me marcaram de uma forma especial. Possuo 5 desses 6 livros e 1 peguei emprestado na biblioteca. São eles

    Açúcar Amargo – Luiz Puntel
    Aventura no Império do Sol – Sílvia Cintra Franco
    Correndo Contra o Destino – Raul Drewnick (peguei esse na biblioteca e não queria devolver)
    Eramos Seis – Maria José Dupre
    Missão No Oriente – Luiz Puntel
    Vencer Ou Vencer – Raul Drewnick

  6. Sil de Polaris

    Eu li um livro de Xisto em que ele era um cavaleiro medieval (mas li obrigada, apesar de minha paixão pelo que é medieval, porque era livro de lista de prova). Eu não tinha atração por aquele livro com um moleque loiro na capa e nunca gostei desse nome: XISTO. ¬¬ Mas não esqueço de "Sozinha no Mundo". QUE TRAMA !!! Ô vilão miserável !!!

  7. Joana Masen

    Nossa Beta, q saudades me deu agora! Eu tbm comecei a ler a série na escola, e li tds q tinha lá, menos os do Xisto, q eram vários… mas os do Marcos Rey sempre foram os meus preferidos =D
    Fui a um sebo no ano passado e comprei 3, para tentar convencer meu filho a lê-los, mas foi em vão, ele não se interessou. E olha que era, nada mais nada menos que "O mistério do cinco estrelas", "Um cadáver ouve rádio" e "Enigma na televisão", os meus preferidos, rs.
    Enfim, acabei doando os livros a uma instituição, já estavam bem velhinhos e acho que eles iriam usar melhor que eu.
    Quem sabe um dia a gente não encontre por ai uns exemplares bem conservados, com as capas originais, e q nos transportem novamente àquelas bibliotecas carentes da escola?
    Bjo!

  8. Daniel Medeiros Padovani

    Olá Beta, que lindo post. Eu também fui iniciado no mundo dos livros pela Coleção Vaga-Lume, lá pelos começos da década de 90, com A Ilha Perdida. Estou aos poucos catalogando os livros no meu blog. Dá uma passada lá pra verificar os que já foram incluídos e matar a saudade das capas, das orelhas com o Luminoso, entre outras informações. http://capasdelivrosbrasil.blogspot.com.br/search/label/Cole%C3%A7%C3%A3o%3A%20Vaga-Lume

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