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Cap. 718 – O futuro de nós dois – Jay Asher & Carolyn Mackler

Ciao!!!

Sabe
o que é chegar em casa, após um dia inteiro (= SÁBADO) de plantão, e ter um livro te
esperando? UEBA! Sabe o que é descobrir que o kit veio com mimos? (Ok, muitas
blogueiras sabem, mas aqui em casa ainda é novidade): UEBA³. A Beta de sete
anos de idade surtou quando viu o cubo mágico. 


A Beta atual adorou, mas nem
pensou em misturar as cores, porque nunca mais ele voltaria ao normal (Não tenho nem sombra da habilidade da Eva
). Já tentei antes, com cubos mágicos alheios e,
definitivamente, não tenho esse raciocínio. Mas ele é lindo *.* Agora que eu já
tive meu minuto confessional de blogueira sem coordenação motora, vamos ao que
interessa: o livro.
O futuro de nós dois – Jay
Asher & Carolyn Mackler – Galera Record
(The
future of us – 2011)
Personagens:
Emma Nelson e Josh Templeton
Josh
deu à amiga e vizinha Emma de presente o CD-ROM da AOL que permitia a
instalação e 100h de internet grátis. Ela instalou e, surpresa, apareceu uma
página chamada Facebook onde ela tinha conta, mas da qual nunca tinha ouvido
falar! Ela mostrou a Josh e eles concluíram, após provas contundentes, de que
tinham achado uma porta para o futuro, com informações preciosas de como
estariam dali a 15 anos. E ter informações privilegiadas sobre si mesmo e sobre
pessoas próximas pode ser uma tentação muito grande… Afinal, qualquer coisa
feita no presente, reverbera lá no futuro…
Comentários:

Saber o futuro é uma curiosidade natural do ser humano. As pessoas sonham,
fazem planos (e muitas delas, agem para torná-los realidade), algumas buscam no
esotérico (cartomantes, tarôs, I-ching). E ter o poder de interferir no que vai
acontecer seja no passado ou no futuro já foi tema de filmes: posso recomendar
o tenso Alta Frequência,
 o perfeito Meia-noite em Paris e o fofo, muito fofo, delicioso e
divertido De repente 30 (se eu soubesse
que, por uma bobagem aos 13 anos não me casaria com o Mark Ruffalo aos 30,
procuraria uma parede pra meter a cabeça com força). Os potterianos não vão se
esquecer do vira-tempo, que é importante para o desfecho de parte da saga do
bruxinho. E nem vou mencionar De volta
para o futuro
, um clássico dos anos 80.
– Por
isso, para embarcar neste livro, você tem que entender que, sim, neste contexto
é possível que um CD-ROM permita o acesso a uma página que traz informações
sobre a vida adulta dos personagens. Se ficar buscando lógica nisso, não vai
rolar essa leitura para você.
– Emma
pira com as descobertas que faz quando percebe que achou um portal para o
futuro. Já Josh primeiro não acredita, mas ao ser comprovado com o fato de que
era uma forma de ter informações sobre o que aconteceu com ele, gostou do que
viu. Ah, no presente, eles estão vivendo um momento esquisito, porque Josh
achou que Emma o correspondia e se declarou e foi rejeitado. A descoberta de um
portal para o futuro os reaproxima, mas os coloca em antagonismo: Josh ficou
feliz em descobrir que tinha se casado com a garota mais bonita da escola,
tinha uma família de comercial de manteiga, com bom emprego.  Já Emma deduziu pelas frases postadas no
Facebook que estava infeliz e começou a fazer tudo no presente para mudar isso.
Os capítulos são intercalados – o ponto de vista dele e em seguida, o ponto de
vista dela. Os autores fazem um monte de referências, citação de filmes, atores
e músicas que eram conhecidas na época (ri com a comparação envolvendo Leonardo
di Caprio e conhecia algumas das músicas citadas).

Ao longo da leitura, fiquei mais do lado do Josh que da Emma. Tirando o fato de
ele ser ruivo (sim, outro dos meus xodós – culpem os personagens escoceses
hahaha), ter sido rejeitado pela melhor amiga (patinho feio detected – algo que
desperta a minha solidariedade), ele pareceu aceitar melhor o futuro e buscar
entender como que ele se tornou possível (porque, até então, a futura esposa
nem sabia que ele existia). Já Emma, não. Qualquer migalha de informação no
Facebook, a criatura surtava, fazia o possível pra mudar… E sabe aquele
ditado de que “a emenda sai pior que o soneto”? Pois é. Embora desde o início a
gente tenha ideia da lição que eles vão receber e do que vai acontecer, achei
divertida a forma como eles descobrem pedaços do próprio futuro e de amigos e
ficam na dúvida se interferem ou não. Mostra também o preconceito dentro da
escola – aquela coisa de “castas” dentro de colégio americano (vocês já viram
isso em vários filmes e seriados. Para quem, por acaso, não tem ideia recomendo
Meninas Malvadas
) e o que acontece diante da mera
possibilidade de pessoas de castas diferentes se aproximarem. Ainda temos o
popular tema adolescentes x pais. Emma ganhou o computador do pai, que está
morando com uma nova família e teve outra filha e lida com a mãe e o Martin, candidato
a padrastro, de quem ela não vai com a cara. Josh tem pais superprotetores e, considerado
por ele, invasivos, a tal ponto do irmão mais velho preferir estudar na
universidade bem longe de casa (aliás, muito legal a relação entre Josh e David).

Enfim, é uma leitura agradável que deixa uma lição de moral que muita gente
esquece do lado de fora dos livros. Mas que não posso contar qual é. Para descobrir,
vão ter que ler.

Links: página da editora no Facebook
.
As meninas do Brincando com Livros
 não gostaram. Já o pessoal do Cachola Literária gostou. E ainda Goodreads; e deu no NY Times… Site do Jay Asher e site da Carolyn Mackler, autores com carreiras independentes que se uniram neste projeto.
Bacci!!!
Beta

ps.: Não importa se é
aos 13, aos 15, aos 18, aos 30, aos 50… Tem que ser muito amigo, amigo de verdade, para apoiar as maluquices da gente

1 Comentário

  1. Sil de Polaris

    Eu iria xeretar tanto, tanto, tanto pelo futuro se eu tivesse um disquete assim ! Primeiro ficaria riquíssima. Então eu teria um consultor confiável.

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