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Cap. 894 – Esposas trocadas – Robyn Donald

Ciao!


Lembrete
pra mim: os livros Florzinha da Robyn Donald me tiram do sério. Estarei muito
mais atenta nas próximas compras e, se ainda tiver algum aqui em casa, vai
entrar na lista das leituras homeopáticas – com a devida distância para evitar
problemas.
Esposas trocadas – Robyn
Donald – Sabrina 97
(Wife
in Exchange – 1979 – Mills & Boon)
Personagens:
Kaara Winterbourne e don Juan de Carvallos
Kaara
acabou envolvida em uma reparação de honra sem saber. Ao receber o convite para
viajar para o casamento do irmão em Melindi, não podia imaginar que caminhou
para uma armadilha. O irmão viajou com uma mulher prometida a outro. E don Juan
de Carvallos não engoliu a ofensa – para isso, Kaara poderia se tornar amante
ou esposa dele. E a jovem ficou lá, presa a um casamento sem amor…
Comentários:

Como comprei vários Florzinha em diferentes idas ao sebo desde o ano passado e
só agora comecei a ler, não sei quantos da Robyn Donald desta fase eu trouxe.
Mas o fato é que, depois de Inferno em teus braços
 e esse Esposa Trocadas, já
entendi que eles não são pra mim. Eles despertam a escorpiana irada. E só tem
um ponto bom: servem para eu divulgar mais uma vez a Lei Maria da Penha.
– Qual é o meu nome, Kaara? – perguntou
suavemente, apertando a mão no pescoço dela.
Durante alguns momentos, ela sentiu uma batida de
tambores nos ouvidos – as batidas do seu coração que havia se descontrolado ao
som daquela voz. Os lábios dele se moveram novamente, mas os olhos dela se
fecharam, incapazes de se manterem abertoss. Ela não conseguia superar o
rodamoinho que estava se formando em sua cabeça.
Quando pensou que estava sufocada, o aperto no
pescoço se afrouxou:
– Qual é o meu nome?
– Juan – disse ela, engasgada, batendo
desesperadamente com os punhos

(p.17)
– Vou gostar de domá-la – respondeu, quase
gentil. – Logo virá como um cachorrinho, correndo para perto de mim quando eu
assobiar, Kaara. Você é bonita, mas precisa de disciplina, como todas as
pessoas nervosas e cheia de sensibilidade. Não vou acabar completamente com o
seu senso de humor… a menos que você me force a isso
” (p.23)
Oi?
Estão
vendo como sofro pelo bem do acervo de posts do Literatura de Mulherzinha? Essa
é a toada desta história. Conde de origem espanhola com muito poder em uma ilha
minúscula fica irritado porque a prometida dele fugiu com outro (com a
descrição acima, atire a primeira pedra quem também não tentaria fugir) e
atraiu a irmã inocente do outro para vingar a honra (?!?!?!) dele. Ele agride a
garota (detalhe: o uso do sufocamento como arma de coação acontece duas vezes
se me lembro bem, porque me recuso a reler esse livro), se impõe usando a força
e o medo, muda o plano de transformá-la em amante para esposa para que possa
estender a vingança e fica estressado quando ela não se derrete como uma tola
apaixonada (se ela não se casar, ele vai caçar e matar o irmão dela. Bela base
para construir o amor). 

Eles se casam, ele quer tudo dela – e o que ela não cede, ele toma (sim, ele
exerce como quer e quando bem entende os direitos de marido). E quando não
consegue tomar (ele não é o prof. Xavier, do X-Men, com capacidade para ler e
controlar pensamentos) fica agressivo e irritado. Ah, ele se estressa por ela
ter medo e não confiar nele (a cena do diário resume esse comportamento do
dominador agressivo patológico). Posso com isso? Não posso. Definitivamente. E
a única personagem que fala para ela sobre quanto este relacionamento é
destrutivo é tratada como uma infeliz que não se adaptou aos costumes e que não
serve como referência. Claro que o de sempre vai acontecer, o amor vencerá no
final. Só não sei como ele apareceu ali. Deve ser milagre. Quer saber:
socorro!  Muito socorro!!! Quero
distância de gente assim na ficção e na vida real. Ninguém merece isso.
Bacci!!!

Beta

3 Comentários

  1. renanthesecond2

    Beta, se você odiou "Esposas trocadas" e "Inferno em teus braços", recomendo que passe longe de "A casa do lago (ou do parque, não estou bem certo)" e "Cenas de um casamento". Esses daí, além de também terem "mocinhos" autoritários e mulheres sendo coagidas ao sexo, ainda têm adultério. Ainda bem que Robyn Donald reviu seu estilo a partir dos anos 90, mas é dose ler os que ela escreveu antes.

    Abraços, Renan.

  2. Sil de Polaris

    Ah, então ele ameaçou ferozmente caçar e matar seu irmão se ela não casasse com ele ! Enfim uma razão plausível para ela casar com ele depois de cair nessa armadilha terrível para uma vingança ridícula ! Mas eu não vejo como apaixonar-se por um homem assim a menos que ela fosse submissa em doses cavalares para então completar um casal dominador-submisso. Sufocamento ?! Ora, essa !!!

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