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A namorada do meu amigo – Graciela Mayrink – Cap. 927

Ciao!!!


Disponível na Amazon
E no fim de semana do feriado da Independência do Brasil, as autoras nacionais invadem no ótimo sentido o Literatura de Mulherzinha. O domingo ficou com o lançamento da Graciela Mayrink que ganhou uma frase-mantra repetida à exaustão pela minha mente durante a semana de leitura (sim, semana puxada, difícil, exaustiva e que me fez ler a conta-gotas).
A namorada do meu amigo – Graciela Mayrink – Novas Páginas
(2014 – Editora Novo Conceito)
Personagens: Juju e os “Três Mosqueteiros”
Beto, Cadu e Caveira eram amigos inseparáveis, tanto que ganharam o apelido de “Os Três Mosqueteiros”. E eles estavam sempre às voltas com Juju, uma vizinha mais nova, a quem Cadu destestava. Um dia, a família dela se mudou para Porto Alegre e eles acharam que os problemas estavam resolvidos. Só que oito anos depois, ela voltou e o impossível aconteceu: ela não era mais uma pirralha chata, mas uma garota linda pela qual ele se apaixonou à primeira vista… mas agora namorava Beto.
Comentários:
The greatest thing you’ll ever learn is just to love and be loved in return
(trecho da música Nature Boy)
– Desencontros amorosos sempre rendem histórias ficcionais ou não, não importa o estilo. Geralmente, a gente prefere ler ou ver filmes e novelas sobre elas, porque quando acontecem conosco não costumam ter tanta graça ou glamour assim. Afinal de contas, atire a primeira pedra quem nunca sofreu por amor. Seja amar sem ser correspondido, se apaixonar pela pessoa errada ou mesmo ser preterido por quem se ama.
– Este é o fio condutor deste livro da Graciela Mayrink. Cadu percebe que está apaixonado por Juju, a menina que não suportava quando eram crianças e que agora voltou mais linda que nunca. Só que ela é a namorada do melhor amigo dele, Beto. E aqui, entenda-se melhor amigo como aquele cara que sempre compartilhou as aventuras e segredos desde sempre.
– Percebeu o tamanho da encrenca? E o contexto não ajuda: todos moram em Rio das Pitangas. Beto, Cadu e Caveira continuam sendo os três mosqueteiros e estudam na Universidade Federal da cidade. Juliana voltou e foi para o Instituto, onde as irmãs de Beto estudam. Ou seja, não tinha como fugir ou, se vocês preferirem, colocar uma providencial distância, esperar a poeira baixar. Ele será obrigado a lidar com isso. E como a maioria das coisas na vida, não vai ser moleza resolver. Não tem solução “de manual”, tipo “faz isso, que tudo vai acabar bem”. Todas as possíveis decisões trazem consequências e o conceito de “certo” varia conforme o ponto de vista envolvido.
– Ambientado na rotina de adolescentes e jovens, temos a angústia de Cadu acontecendo após o verão das férias, durante o ano letivo e em meio à agenda do que envolve a rotina do grupo de amigos: estudos, esportes, festas e relacionamentos. Por isso, há vários momentos onde imprevistos levam a complicações ainda maiores e confesso que fiquei em suspense sobre o desfecho. E não vou falar mais nada, porque estou tentando não contar demais para que vocês descubram por conta própria.
– Adorei o fato de o livro ser narrado do ponto de vista de Cadu. Sim, sei que muita gente detesta narrativas em primeira pessoa,
mas tirando a Anachata abusadora do itálico indefeso, não costumo ter problemas. E neste caso, gostei, porque é um dilema que ele
vive, por isso, um narrador neutro, onipresente e onisciente (eita, gastei bonito agora os conceitos da aula de Literatura, hein!!!) talvez não soubesse expressar corretamente os sentimentos do personagem. Gostei do relacionamento de Cadu com o pai. E como uma fã confessa e surtada de Os Três Mosqueteiros, nem preciso dizer que quase dei pulos ao ver a referência, né? (E teve uma cena onde é mencionada uma devoção à trama com a qual me identifiquei…).
– Achei bonito, achei triste e achei crível, gente como a gente às voltas com as dúvidas, confusões e angústias da primeira paixão para valer. E deixei para o final a frase que minha mente achou de repetir em loop durante a leitura: “Tá achando que crescer é fácil?!”. Isso resume bem a história.
– Linkitos: blog, site, facebook e twitter da autora e mais sobre Graciela Mayrink no Literatura de Mulherzinha.
Arrivederci!!!
Beta

1 Comentário

  1. Sil de Polaris

    Ah, bem-feito, bem-feito, bem-feito, dito e repetido sonoramente !!! Tudo para aprender a não antipatizar à toa com uma pessoa, principalmente sendo um garoto contra uma garota, que eu sequer sei se era considerada por ele como um patinho feio, mas que deve ter sido bastante menosprezada pela figurinha arrogante !!! Pois muito bem: que ele sofra terrivelmente todas essas penas infernais pela paixão fatal !!!

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