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Sedução Perigosa – Jess Michaels – Cap. 951

Ciao!!!
 
Finalmente depois desta série ter sido lançada da forma mais louca possível – pense em completamente fora de ordem³ – é uma delícia saber que está completa.

E eu tinha contas a acertar com a protagonista deste livro, a irmã do meio entre as garotas Albright.

Só perdia para o acerto de contas que ela deveria ter com a própria consciência.

Sedução Perigosa – Jess Michaels – Quinta Essência
(Something Reckless – 2008 – HarperCollins Publishers)
Personagens: Lady Penelope Albright Norman e Jeremy Vaughn, duque de Kilgrath
Após um casamento infeliz e uma defesa pública pela moralidade nos relacionamentos e o excesso de sensualidade dos nobres ingleses, Penelope virou a líder de uma luta contra os devassos. Isso a colocou na mira dos integrantes do “Os Nunca”, um grupo de nobres marcado pelo hedonismo. Para se livrar da mulher que os estava prejudicando, decidiram que um deles teria que seduzi-la e denunciá-la. O duque de Kilgrath, Jeremy, acabou incumbido da missão e estabeleceu um plano ousado: aliado durante o dia e sedutor durante a noite. Penelope não teria como resistir…
Comentários:
Adoro séries completas, para poder entender todo o quadro proposto pela autora nestas histórias. Penelope, a irmã Albright do meio, viveu um casamento longe dos contos de fadas e agora era uma viúva respeitável na sociedade.

Por causa das ideias que discutiu com as outras senhoras, começou uma campanha pela moralidade nos casamentos, chegando ao auge de ajudar a amante de um nobre a fugir dele. Como Wharton era um dos “Nunca” (grupo que havia jurado não ceder às pressões sociais para desistir da busca pelo prazer), conclamou os amigos a darem um jeito na viúva puritana. E em um sorteio, Jeremy foi o encarregado de
seduzi-la e chantageá-la para forçar Penelope a ficar quieta.

O maior problema com a Penelope, que a gente descobre no livro anterior Emoções Proibidas e aqui é detalhado, é que ela é uma falsa
moralista. Não que a conclamação dela seja injusta. A sociedade sempre fez vistas grossas para os homens que mantinham casos fora do casamento e atirava pedras nas mulheres que tentavam ter o mesmo direito (algumas até conseguiam, como o livro mostra, mas mantendo a fachada de “senhoras de respeito de dia” onde ninguém pensaria que elas vivem “em busca do prazer” à noite).

O problema é que ela condena aquilo que nunca teve coragem de buscar para si mesma, apesar de desejar. Ela deseja a experiência de ser desejada, de permitir a alguém que explore o seu corpo e a ensine a explorar o do parceiro em busca do prazer. E Jeremy percebeu esta contradição e “atacou”.

Ao longo do livro acompanhamos duas redenções graças à ajuda de Jeremy para a causa de Penelope: ele decide mostrar a ela, de forma protegida, como que as pessoas desfrutam em locais restritos. E ser uma voyeur ajuda Penelope a entender que ela também deseja este prazer e que não é pecado. O pecado é a moralidade vigente de que isso era reservado às amantes, que nem sempre tinham a vida “mar de rosas”.

A segunda redenção é o fato de Jeremy perceber que a vida de busca pelo prazer já não o satisfazia mais. E que talvez ele não quisesse ser o instrumento de vingança contra Penelope. No entanto, com as engrenagens em andamento, ambos poderiam conseguir o que queriam, mas poderia custar muito para ambos.

As cenas sensuais e eróticas estão presentes, com a descrição na medida exata pra não soar artificiais ou vulgares. Há um clima maior na construção do relacionamento do casal com o sexo como elo, mas sem sexo entre eles (ao contrário dos demais livros, onde as relações não demoram tantos para serem consumadas), porque a desconfiança e a resistência de Penelope precisam ser “quebradas” e o plano de
Jeremy é mostrar que ela pode querer isso, mas que a decisão parte dela.

Confesso, peguei birra com a Penelope no livro anterior, então achei que ela deu uma sorte danada com o Jeremy, porque poderia ter sido muito pior. Só assim para ela parar de culpar os outros e assumir a responsabilidade pelos fantasmas delas que carrega (sendo que, o principal deles, ela foi buscar por livre e espontânea vontade).

A autora tem total domínio dos personagens e nos conduz muito bem nesta jornada. Pena que para ler esta série, só comprando na Wook porque, infelizmente, ela não foi lançada no Brasil.

Série Irmãs Albright
1. Everything Forbidden (2007) – Emoções Proibidas, Quinta Essência, Portugal
2. Something Reckless (2008) – Sedução Perigosa, Quinta Essência, Portugal
2.5. Taboo – Tabu, Quinta Essência, Portugal
3. Nothing Denied (2010) – Força do Desejo, Quinta Essência, Portugal
Arrivederci!!!

Beta

1 Comentário

  1. Sil de Polaris

    Muitíssimo interessante !!! Eu adorei este ponto de partida, principalmente ao ver porque ela era puritana, defendendo fidelidade em casamento – com o que eu concordo plenamente – considerando-se sua experiência própria. Porém ela escolheu uma bandeira muito complicada em uma batalha inglória, principalmente com casamento visto como negócio e reprodução em uma sociedade cruel muito hipócrita.

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