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Cap. 963 – A vida como ela era – Susan Beth Pfeffer

Ciao!!!


Confesso
que no meu atual estado mental – atolada de coisas para fazer até as próximas
cinco gerações no profissional e no pessoal – o lançamento desta série me
passou batido.
Até
que, quando Maomé não vai à montanha, ela bate na porta da sua casa…
              
A vida como ela era – Susan
Beth Pfeffer – Bertrand Brasil
(Life
as we knew it – 2008)
Personagens:
Miranda Evans e sua família
O
que era para ter sido um evento único se tornou um divisor de águas para os
moradores do planeta Terra. Um asteroide colidiu com toda força com a Lua,
tirando-a da órbita. Acompanhamos como a vida de Miranda, que morava com a mãe
e o irmão caçula, além do irmão mais velho que estava na faculdade e o pai que
morava com a segunda família em outro estado, deixa de ser rotineira e sem novidade.
E um passo sob a lua enorme que paira sobre todos em um mundo completamente
imprevisível.
Comentários:

Não, não é meu estilo. Mas li assim mesmo. Primeira coisa, meio nada a ver, mas
acabei me lembrando de um sonho que eu tive duas vezes quando era criança (um
daqueles que a gente não entende e não esquece). Em uma versão, era eu pequena,
na primeira casa de onde tenho memória de ter morado, olhando fascinada uma lua
cheia enorme e brilhante enquanto segurava uma boneca que eu tinha (que usava uma
roupa de pelúcia roxa). Na outra versão, eu estava na casa da minha tia e todo
mundo observava a mesma lua cheia enorme e brilhante, mas havia um clima de
temor no ar. Nunca pesquisei o que significava, ainda mais porque minha
intuição me deu algumas dicas, mas também nunca esqueci.

E o livro me angustiou muito. Porque a gravidade da situação fica clara
rapidamente para as pessoas. O asteroide tirou a lua da órbita e, por tabela,
causou uma confusão na Terra. As marés piram, tsunamis, terremotos, tempestades,
vulcões surgindo onde não existiam. Milhões de mortos. E as condições se
tornando cada vez piores, deteriorando saúde, relacionamentos e esperanças.

A gente acompanha tudo pela ótica de Miranda Evans, que morava em Howell, uma
cidade da Pensilvânia, com a mãe, Laura e o irmão caçula, Jonny. Com o caos, o
irmão mais velho, Matt, voltou. Eles conviviam com a vizinha, a idosa sra. Nesbitt
e recebiam visitas de Peter, o médico quase-namorado da mãe dela. O pai morava
com a segunda esposa grávida em Springfield. Em um mundo normal, ela relataria
no diário a expectativa de quem a convidaria para o baile, as discordâncias de
opinião com Megan, que estava se voltando para Deus através das palavras e
ensinamentos do Reverendo Marshall ou com quem Sammi sairia. Ela diria muita
coisa sobre as chances de Brandon Erlich na patinação artística nas Olimpíadas
de Inverno. E reclamaria de que os professores não tinham misericórdia ao
passar as lições de casa.
– No
entanto, não era mais um mundo normal. Era um mundo hostil, com clima instável. Onde a forma como cada um reagiu no início determinou as chances de sobreviver ou não. As adversidades cada vez maiores, f
azendo uma seleção dos mais fortes física e emocionalmente. Até as
pessoas que você ama podem se transformar e agir de forma diferente e
agressiva. Nada mais é como antes. Os dias bons – quase aparentemente normais –
se tornam raros, mágicos e preciosos. A maior parte é de sobreviver como for
possível, aprender a racionar comida, a viver sem eletricidade, a lidar com
monstros internos e externos, não cair em desespero diante das incertezas e
saber que, no dia seguinte, alguém querido pode não estar vivo e que não há
garantias de quanto tempo você consegue permanecer sem se tornar o próximo nome
na lista de mortos.
– A
forma da autora escrever é muito boa. Você consegue mergulhar no sentimento de
Miranda diante de tudo que não faz mais sentido. Dos bons aos maus momentos. Das
atitudes que você concorda e discorda. Como disse, me deixou angustiada porque
ela narrou algo possível. Você não precisa que um asteroide bata na lua e a
tire do prumo para que a sua vida se torne um caos ou para você temer não dar
conta da responsabilidade que tem pela frente. Às vezes por si mesmo. Às vezes
por outra pessoa. 
O livro é bom. Se você gosta deste estilo, provavelmente não
irá se decepcionar. É a abertura de uma série. Então, boa leitura. Enquanto isso, vou caçar chocolate e Tom Hiddleston ou Guardiões da Galáxia para despachar esta angústia para o limbo que ela merece.
Quadrilogia Os Últimos
Sobreviventes:
1 – A vida como ela era –
Life as we knew it 
2 – Os vivos e os mortos –
The dead and the gone 
3 – O mundo em que vivemos –
This world we live in
4 – A sombra da lua – The shade of the moon
– Links: Goodreads livro,
série, autora;
site da autora; booktrailer.
Bacci!!!

Beta

1 Comentário

  1. Sil de Polaris

    Ora, mas você conseguiu ler um livro mais angustiante ainda que seu livro anterior para quem estava precisando muito de pôneis queridos com ursinhos carinhosos !!! Suas escolhas pelo escuro não ajudam muito … Quanto aos sonhos: sonhos são mensagens de um sonhador para ele mesmo, de acordo com seu momento de vida quando sonhou. Pesquisa não ajuda. Reflexão sim. Ah, eu gostei desse livro !!!

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