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Cap. 1048 – Entrelinhas – Tammara Webber (Série Entrelinhas livro 1)

Ciao!!!

Quando
vi que era da Tammara Webber, autora de
Easy
e Breakable, nem pensei
duas vezes. Sabia que tinha que ler.
Tive
um probleminha (coisa de escorpiana controladora), mas, no final, gostei do
livro. Agora é esperar pelas sequências!
Entrelinhas – Tammara Webber – Verus
(Série Entrelinhas livro 1)
(Between
the Lines – 2011)
Personagens:
Emma Pierce e Reid Alexander
Reid
Alexander era o ídolo do momento das adolescentes. Capaz de transformar garotas
em gelatinas apaixonadas à sua volta. E seria o par romântico de Emma Pierce, a
desconhecida atriz, escolhida para estrear uma adaptação adolescente de “Orgulho & Preconceito” para os
cinemas. Durante as filmagens em Austin, ela conhece o restante do elenco, fica
balançada por Graham Douglas, mas não entende a relação dele com Brooke Cameron
nem o que sente por ele… Enquanto isso, estava perdendo a briga para não
trazer para fora das telas a química com Reid.
Comentários:

Livro da Tammara? Oba! Citou Orgulho & Preconceito? Oba².
Mas,
antes de você comemorar com gosto, vou apenas pontuar uma dificuldade que eu
tive com a leitura – coisa de mente escorpiana neurótica que quer controlar
tudo. Durante 80% você não vai entender onde está pisando. Isso é proposital. Houve
um ou outro momento de chove-não-molha que me incomodou, mas quando o trem
engrena, sai da frente.
– Apesar
dos capítulos terem narrações alternadas entre Reid e Emma (ou seja, ele abre o
livro e ela dá a última palavra), em nenhum momento, o leitor vai ter informações
suficientes para bater o martelo sobre alguma situação. Seja pela confusão de
sentimentos em que Emma se vê envolvida. Seja pelos verdadeiros objetivos de
Reid. Seja por não saber – e tirar conclusões a partir do que pensa saber –
sobre Graham e Brooke. Uma coisa é certa: você não vai reclamar de acompanhar as emoções (verdadeiras ou falsas) durante
a filmagem de “Orgulho estudantil”.
– Para
a desconhecida atriz Emma Pierce, o filme representava uma chance de subir de
patamar, de trabalhar com Adam Ritcher, diretor renomado. Para isso, ela
precisava se sair bem nos testes. Para aumentar a emoção, seria com o
protagonista, o amado por todas as adolescentes, perfeito, tudo-de-bom Reid
Alexander. As coisas dão certo – mais que ela previa – e Emma é escolhida para
ser Lizbeth Bennet, com direito a cenas de beijos com o garoto que acelera o
coração de todas as garotas… inclusive ela.
– A
química com Emma se tornou uma tentação para Reid. Acostumado a ter o que quer,
quem quer, quando quer, como quer e a hora que quiser, se viu disposto a criar
todo um projeto de sedução para não assustar a sua co-protagonista. Ele não era
paciente, longe disso, mas por ela, estaria disposto a se passar pela criatura
mais paciente do mundo.

Além diso, somos confrontados com as personas não públicas dos dois. Ambos vêm de
lares desestruturados, embora não pareçam. Os pais de Reid não se importam com
ele, nem com si próprios, um casamento que convive em um fiapo de aparência e que
está consumindo mãe, pela entrega ao vício e filho, pela “vida loka sem limites
morais e éticos”. Emma perdeu a mãe quando era criança e perdeu o vínculo com o
pai, quando ele se casou com uma madrasta sem noção e deslumbrada com a
carreira da enteada, achando e agindo como se ela fosse uma Jennifer Lawrence
enquanto ela, oficialmente, mal existe profissionalmente falando. E se antes
atuar parecia algo interessante, não a satisfaz mais. Emma não se vê atraída
pelos holofotes da fama, mas sim pelo sonho de ter uma vida normal.
– E surgem
outros fatores complicadores. A relação anterior com final traumático entre
Reid e Brooke paira sobre o reencontro de ambos, mostra, no mínimo, quanto mal
resolvida ficou a situação… Ao mesmo tempo, Emma sente curiosidade (e
atração) por Graham Douglas, que parece também sentir algo por ela, mas ela
não entende o que ele tanto faz no quarto da Brooke. E Reid encara Graham como
um competidor por Emma e fica pensando como agir para tirá-lo do caminho. A
gente conhece Graham e Brooke pelo filtro das mentes e análises de Reid e Emma,
então, não é possível confiar totalmente nas impressões alheias. Afinal de
contas, além das cismas e estereótipos, elas podem estar absolutamente erradas.

Isso tudo nos bastidores da filmagem da adaptação de Orgulho & Preconceito para o ambiente do high school americano.
Sim, antes de você torcer o nariz (pode admitir, eu também torci
imediatamente), saiba que está representada na trama por uma personagem que tem
esse senso crítico. Mas não vou dizer qual é. Aliás, por um momento pensei que
queimaria minha língua ao dizer que nada nem ninguém tornaria o Sr. Collins
agradável (a filosofia da colher de açúcar da Mary Poppins não funciona com
ele, não adianta), mas me manquei de que meu orgulho e preconceito quanto a ele
continuam salvos.



Quem leu o livro: acha (como eu) que esta foto serviu como inspiração para uma

foto citada no livro?

– A
dinâmica inclui os jovens deslumbrados com o sucesso, aos que encaram a atuação
como algo sério, aos que querem estar preparados para mais disso, aos que
tentam não misturar ficção e realidade e aos que aproveitam disso sem pensar no
amanhã. As fãs ensandecidas que se unem em bandos dignos de fazer velociraptors
chorarem de emoção sobre como os humanos evoluíram na rapidez do ataque ao “lanche
da vez” e capazes de conclusões apressadas, julgamentos idem e sandices totais
e absolutas pelo alvo do seu amor.
– A
autora transita com calma por este mundo de adolescentes ainda em descoberta de
si mesmos e do mundo ao redor. Cita as boas e más escolhas, explica os motivos,
fazendo com que eles sejam mais do que “bons e/ou maus”. Apesar de que imagino
um longo caminho rumo a redenção para um e rumo à paz de espírito para outro
(casos específicos que não vou citar os personagens), ao mesmo tempo, duvido
que um deles vá querer fazer isso. Quando as peças se encaixam – ou seja, a gente
acha os pedaços que faltavam para entender um dos pontos principais desta trama
– a história ganha urgência e velocidade, ao criar um efeito dominó interessante
(movimentando várias peças de uma vez só e estabelecendo novas relações). E a autora
ainda reservou uma surpresa (sim, do tipo, WHAAAAAAAAAAAAATTTT?!?!?!,
com voz do Minion da sua preferência) para a reta final que funciona como
gancho para a próxima parte da série. Onde espero não só ver mais, mas também ouvir
a voz de personagens que ficaram nas sombras nesta primeira parte. Ainda mais
porque estou curiosda sobre dois deles. Um mais que o outro.
Série Between the Lines (Entrelinhas)
(AVISO: a propósito, se não quiser topar
com spoiler antes da hora, não clique nos links que vão levar para os posts do
Goodreads. O resumo já entrega situações que serão detalhadas no futuro, mas
que já são citadas neste primeiro livro
)
1. Between the Lines – Entrelinhas
2. Where you areOnde está você
Bacci!!!

Beta

2 Comentários

  1. Sil de Polaris

    Ah, foi uma ideia interessante para um romance, principalmente sendo inspirado em "Orgulho e Preconceito", de Jane Austen, mas eu não tenho uma decisão sobre querer adquirir um exemplar, pois tive esse romance diante de meus olhos e em minhas mãos por mais de uma vez em uma livraria mas não senti cócegas cobiçosas por ele. Eu amei rever essa foto ! Mas nunca seria possível mesmo sequer simpatizar com Mr. Collins !

  2. Andrea

    Sua resenha me fez ter vontade de ler o livro. Agora, o que se passa na cabeça dessas autoras? 4 livros?????

    Só pra torturaram a gente se angústia… Aff…

    Bem, depois dessa resenha instigante, não me resta outra alternativa a não ser ler o livro é sofrer esperando os volumes seguintes! ��

    Bjs!

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