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Cap. 1049 – Isla e o final feliz – Stephanie Perkins

Ciao!!!

FINALMENTE!
Depois de tanto tempo
esperando, preparem-se para a narrativa de alguns chiliques quando o meu eu
adolescente resolve se manifestar durante uma leitura.
Isla
e o final feliz – Stephanie Perkins – Intrínseca
(Isla and the happy ever
after – 2014)
Personagens: Isla Martin e
Joshua Wasserstein
Isla sempre foi apaixonada
por Josh desde que entrou na SOAP e ele já estudava lá. Mas um poço infinito de
timidez, nunca conseguiu ser capaz de trocar meia palavra com ele se parecer
uma total e completa parva. Até que ela o reencontra nas férias no momento mais
inesperado possível, quando sofria com os efeitos colaterais de um anestésico
após retirar os sisos. A partir daí, o inesperado acontece: os dois se aproximam
na escola e descobrem muitas afinidades. E quando o amor deixa de ser um sonho
impossível, será que é real?
Comentários:
– Começando com um aviso:
ter lido a história da Anna faz diferença, porque boa parte da trama se passa
no mesmo cenário, a SOAP (School of American in Paris). 



– No primeiro dos três
livros companheiros, Josh era amigo de Étienne. Isla, então caloura, fez uma
ponta em uma cena. Justamente quando ela o notou e se apaixonou por ele. Eventos
e outros personagens deste período serão citados ou lembrados sob outro ponto
de vista neste livro. 



– Claro que quem não leu, vai entender. Mas se tiver lido,
vai ter aquele momento “ah, então era por isso…” ou “nossa, é assim que
ele/ela se lembra disso?”. Além disso, também há referências a coisas que
ocorreram com Anna e Étienne no livro de Lola, que tem parte da trama paralela
a essa.
– Bem, agora sobre o amor
platônico. E por que Isla não fez nada. Bem, primeiro, porque Josh tinha
namorada na época. 



– E mesmo que ele fosse solteiro, ela era tímida demais, com
autoestima de menos e morria de vergonha de existir perto de outros seres
humanos. Bem, exceto do Kurt, o melhor amigo desde que eram criancinhas. Por
isso, mal conseguia interagir normalmente e sofria por gostar tanto dele e se
sentia incapaz por não conseguir fazer nada além de sonhar à distância.  



– Se não fosse o senso de humor muito impiedoso
do destino que a fez encontrá-lo casualmente em uma lanchonete no dia em que
ela ainda penava com os efeitos dos anestésicos após a retirada dos sisos. Fora
de seu “juízo perfeito”, ela interagiu e (aparentemente) despertou a atenção
dele. 



– Só que, depois, ela quase não se lembra do que fez – mas tem certeza de
que deve ter sido algo patético – e se surpreende quando ele, a essa altura
solteiro, a procura na volta às aulas e os dois se aproximam primeiro como
amigos.
– Afinal de contas, vamos
acompanhar a evolução do amor platônico para algo mais assustador que “real”:
possível. 



– Isla se refugiou neste ideal porque era exatamente isso, um ideal.
Algo que a fazia ter um motivo, seja para pensar, para se distrair, para
reforçar a certeza de é invisível, de que não é digna de ser notada nem amada
por ninguém. 



– A encrenca é que a partir do momento em que este conceito sai do
abstrato para o concreto, o sonho pode começar uma delícia e virar pesadelo. 



– Primeiro, porque é difícil e doído descobrir que todo aquele repertório
distorcido arduamente construído por si mesma a respeito de si mesma ao longo
de vários anos não se sustenta quando é analisado por outra pessoa. Há alguém afirmando coisas a seu respeito que você nunca ousou
acreditar. 



– E segundo, porque muitas vezes o que você passou idealizando sobre a outra pessoa, toda a perfeição, a mística se desfaz e você se
depara com um indivíduo tão humano e imperfeito quanto você.
– E Josh não era exatamente
o príncipe encantado sereno e confiante que resgata a princesa patinho feio.
Ainda mais porque ele também estava mergulhado, afundado, quase se afogando numa
confusão de sentimentos. 



– Se em uma área ele sabe exatamente o que quer, ele
ainda não descobriu como chegar lá e vinha colecionando atitudes que não
ajudavam na percepção das pessoas sobre ele e sobre o futuro dele. (Muitas das
atitudes dele no livro da Anna são esclarecidas e dissecadas aqui, se prepare). 



– A gente descobre que por que ele foi para a França, o relacionamento complicado
com os pais e a percepção dele sobre Isla antes e depois de eles se aproximarem,
porque ele tinha problema na escola e se isolava.
– Ou seja, dois adolescentes
com problemas de percepção própria que afetam a forma como enxergam o mundo. De
certa forma, eles estão juntos e, ao mesmo tempo, em descompasso. (Devo dizer
que a menção ao signo de ambos me fez ter certeza do aspecto emocional dos dois
personagens). O amor pode ser a melhor e a pior coisa ao exigir que eles lidem
com o que são em meio a toda esta incerteza típica da idade. Se não sabem ainda
quem são de verdade como serão quem (pensam que) ele/ela vai amar?
– Além disso, tem a forma
como se relacionam com os amigos, com os pais, com os irmãos (confesso que a
irmã caçula da Isla já estava me tirando do sério, mas… leiam para saber) e o
que fazem com os estudos e o que envolve o futuro deles.
– E tudo isso, mesmo a parte
“AI NÃO ACREDITO QUE ISSO ACONTECEU!”, consegue ser fofo. Muito fofo.
– Ah, teve um momento em que
eu quis bater na Isla com o tacape do Bambam do Flintstones. (Ela deu sorte,
ultimamente, em situações semelhantes me imagino pegando a Hulkbuster
emprestada. Ou o Hulk. Quem chegar primeiro para esmagar coisas e atirar
pessoas beeeeeeem longe). É justamente quando ela suspeita que encontrou a
resposta se é possível amar quando o ser amado não vive mais no pedestal.
– CRICKET APARECE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
(Devo confessar que, sim, interrompi a leitura para abraçar o livro em um
faniquito digno de uma versão de mangá de uma fã do One Direction.
Provavelmente incontáveis coraçõezinhos piscavam ao meu redor. Ainda bem que
ninguém presenciou a cena. Só estou confessando porque sei que vocês sabem a
capacidade de tietagem-chilique-piriguetagem que o lindo, desastrado e genial
protagonista do segundo livro causa na minha pessoa, não importa a idade
)

– Para os leitores dos três
livros, a reta final é de uma overdose infinita de fofura. Porque a autora
arrumou uma forma de fechar não só as confusões dos apaixonados (e confusos) Josh
e Isla, mas também uma conclusão de tudo que criou para as suas meninas e para
os seus meninos.



 (aliás, a confissão que a Stephanie Perkins faz a respeito do trio Étienne,
Cricket e Josh nos agradecimentos é daquelas “ai-meu-Deus-tão-liiiiiiindo-isso-!!!”. Só prevenindo). 



– É o momento
das referências às tramas anteriores e de mostrar que, sim, eles estão um passo
adiante (com outro momento daqueles
“AI-MEU-DEEEEUS-SÉÉÉRIO????-QUE-LIIIIIINDO”. Sim, foram vários chiliques dignos
de personagem de mangá. Não digam que eu não avisei.) E com a certeza de que
todos eles vão ficar bem, a gente termina se sentindo feliz. Quer melhor
sensação para fechar um livro? Não tem.
– Eis os livros “companheiros” da autora (reforçando, são livros independentes,
mas a graça é ler todos):
3 – Isla e o
final feliz 
Outros links: Goodreads
livro,
série, autora;
site da autora: 
página onde ela fala dos livros, tem coisas
legais na parte de Extras e no blog delaE
outros posts sobre a autora no Literatura de Mulherzinha.
Arrivederci!!!
Beta

2 Comentários

  1. Sil de Polaris

    Ora, eu creio que eu nunca tive muita atração por romance adolescente, fosse em filme ou em livro, desde sempre, mesmo sendo adolescente também. Eu revi um filme desse estilo há pouco tempo, de anos 80, para ter certeza de que ele era lembrado corretamente como um filme bom, homenageando sua atriz principal, falecida este ano. Mas Anna e Isla e Lolla não conquistaram-me ao final de tudo. Malvada que eu sou !

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