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Cap. 1107 – Cavaleiro da Meia-Noite – Diana Palmer

Ciao!!!

Parabéns
Diana Palmer!!!
Nossa
criadora de ogros tapados favorita sopra velinhas neste sábado. Nada mais justo
que um livro dela para comemorar (além da promoção no site da Harlequin Brasil).
Tudo bem que eu tinha um grande trauma dos romances históricos dela por causa
daquele pavor chamado Amelia (deu
até calafrio quando o sobrenome Culhane foi citado duas vezes aqui). Aí topei
com o livro no sebo e ele entrou na pilha que veio comigo para casa.

Depois
que li, só devo dizer que, quando a Diana Palmer não escreve uma pateta
tapetinho de ogro, fico muito mais feliz com ela.
Cavaleiro da Meia-Noite – Diana Palmer –
Rainhas do Romance 85
(Midnight
rider – 1998/2012 – HQN Books)
personagens:  Bernardette Barron e
Eduardo Cortes
1900:
A jovem Bernardette era a herdeira de uma rica fazenda no condado de Valladolid,
no Sudoeste do Texas. Considerada um fardo pelo pai, com problema sério de
saúde, tinha um sonho impossível: que o fazendeiro vizinho Eduardo Cortes se
apaixonasse por ela. Com problemas financeiros, Eduardo precisava de dinheiro
para recuperar a própria fazenda. Poderia ser a solução perfeita, oferecer o
título de nobreza – bem ou mal ele era um conde espanhol – e se casar com a
filha do vizinho. Não será uma jornada fácil, mas Bernardette é corajosa o suficiente
para encarar todos os adversários, inclusive, Eduardo.
Comentários:

Não sei se a Diana Palmer mudou a marca da água que bebia, mas, seja lá o que
for, deu certo. Muito certo. (Sendo lógica: o livro originalmente é de 1998,
quando seria um grito no deserto. Relançado em 2012, faz muito mais sentido
diante do perfil de mocinha menos abnegada, parva e pateta que a autora passou
a escrever). Quem conhece a autora sabe que os livros dela são “ame ou odeie” –
e geralmente eu detestava aquelas mocinhas que comiam o pão seco e mofado que o
“amor da vida delas” amassou com gosto, até perceber que a ama, dar uma
desculpa mais esfarrapada que fantasia de múmia de péssimo orçamento (em alguns
casos, nem se dignar a pedir perdão pelas incontáveis ofensas cometidas) e eles
terminam felizes enquando eu ficava soltando fumaça pelos ouvidos. Durante
muito tempo, a exceção foi a diva Gretchen Brannon, por quem o imbecil do Phillipe Sabon devia agradecer em altos
brados todo santo dia.

Por isso, quando pego livros da Diana Palmer, sempre faço uma oração para que
seja uma heroína como Gretchen. Neste caso, estava bem ressabiada porque o nome
do herói é Eduardo Rodrigo Ramirez y
Cortes. Sim, deu pra desconfiar de que o moço daqui seja antepassado daquela
criatura que merecia ser preso e ter a chave da cela arremessada dentro de um
vulcão ativo. A Suelen do Romantic Girl
estabeleceu esta e outras ligações entre personagens no texto sobre Cavaleiro da Meia-Noite,
vale a pena conferir.

Voltando, apesar do susto do nome do enviado do inferno no protagonista, o
livro segue outra toada. Todos os clichês da Titia Palmeirão estão lá, bem
usados (pausa para os anjos da guarda de leitora compulsiva blogueira cantarem Louvado seja o meu Senhor). Temos a jovem
inocente sofredora da vez – Bernardette, maltratada pelo pai, que a acusa da
morte da mãe e de ser um fardo por ter asma. Tudo o que o pai quer é casar a
filha com qualquer ser do sexo masculino que tenha um título de nobreza para
garantir o status que nem o muito dinheiro que ele tem pode comprar. Mesmo
assim, Bernardette é doce, inteligente, arisca e enfrenta todo o sofrimento com
cabeça erguida. Temos o vizinho, o conde espanhol (por parte de pai) Eduardo
Cortes. Viúvo – com a culpa das mortes da esposa e do filho pairando sobre ele
-, gerencia o Rancho Escondido, mas precisa de um empréstimo para recuperar a
fortuna desperdiçada pela mãe após a morte do pai.

Claro que a união entre as duas famílias é o ideal aparente. Vai precisar
driblar alguns mal-entendidos, uma fuga impulsiva e a possibilidade de boatos destruidores
de reputação. Só que isso é metade do livro e, óbvio, o final feliz ainda está
longe. Porque chegam da Espanha a avó de Eduardo e a prima Lupe para tentar
estragar
organizar o casamento. Carinhosamente apelidadas de o escorpião
preto e a víbora, as duas são o catalisador para o momento lambança de Eduardo,
que até então vinha superbem, sem comprometer a paciência das leitoras (porque
outros personagens masculinos de Diana Palmer já estão errados desde a primeira
vez que abrem a boca no livro).
– O
ótimo é que Bernardette cresce quando Eduardo enfia o pé na jaca da bobagem. Aparentemtente
frágil por causa do problema de saúde, ela é a mais forte de todos os
personagens do livro. Ela não se intimidou com a rejeição do pai, com a
tentativa de impor noivos nojentos e asquerosos, não fez drama para se casar
com o homem pelo qual era apaixonada, não engoliu calada os desaforos da vovó e
da prima falsianes e peçonhentas e muito menos baixou a cabeça quando Eduardo
falha. O resultado é que ela consegue se impor diante de todos eles. Todos. É
para aplaudir essa garota. Já disse em outros textos e volto a reforçar: se
houver mais herdeiras de Bernardettes, jovens apaixonadas, inteligentes e
dignas, não tem como não gostar dos livros da Diana Palmer.    
Bacci!!!

Beta

4 Comentários

  1. Val Lopes

    Muito boa sua resenha!Ri muito aqui…Livros da DP são isso mesmo, sofrimento, sofrimento. Acho que nem as heroínas da Barbra Streisand eram assim…kkkk

  2. Sil de Polaris

    Garotas senhoras de si assim fizeram falta pelos romances de Diana Palmer que vieram parar em minhas mãos (em idade errada graças à curiosidade felina !). Mas excelente saber que ela foi capaz de domar a todos, impondo-se.

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