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Cap. 1108 – O despertar do príncipe – Colleen Houck

Ciao!!!

Colleen Houck não é uma
desconhecida no Literatura de Mulherzinha. Na verdade, ela só anda sumida
porque eu cismei que esperaria sair toda a série do Tigre para poder ler os
livros restantes (li o primeiro e amei). O probleminha é que o quinto e último
livro ainda não foi lançado. E os outros estão aqui esperando para ver o que
acontece…
… Aí ela começa outra
série. Inspirada nas lendas do Egito Antigo. E o protagonista se chama Amon. Ou
Ah-mun – se você preferir a pronúncia correta (e entendeu a referência relativa à Mulherzinha).
Preciso dizer que TIVE que
ler?
O
despertar do príncipe – Colleen Houck – Arqueiro
(Reawakened – 2015)
Personagens: Lilliana “Lily”
Young e príncipe Amon
Lilliana Young era uma
adolescente conformada em uma vida “perfeita” guiada pelos pais. aproveitava as
férias de primavera, às vésperas de decidir qual faculdade e qual curso faria. Durante
uma visita ao Metropolitan Museum, algo estranho aconteceu quando ela buscou
sossego na ala egípcia. Uma múmia acordou de um sono de mil anos. Agora, ela se
viu ajudando um príncipe com poderes divinos a voltar para o Egito para encontrar
e despertar os irmãos – também múmias, óbvio – para evitar o retorno de Seth, deus
maligno que poderia acabar com a Terra.
Comentários:
– Lidar com a pressão e a
interferência dos pais ricos na escolha da carreira e da faculdade ou estar
presa por um encantamento à múmia de um príncipe com poderes de deuses que
acordou de sono milenar em Nova Iorque e precisa voltar para o Egito a tempo de
se unir aos irmãos para combater o mal? Quem nunca…? Bem que Lilliana Young não
acreditou e tentou seguir a vida, mas, no fim das contas, nem precisou decidir,
porque foi arrastada para a confusão por estar no local “errado” na hora “errada”.
E já que reclamava de uma existência controlada pelos pais, por que não embarcar
em uma aventura com um príncipe lindo para combater o mal?
– Príncipe Amon era um dos
três príncipes que aceitaram cumprir um sacrifício ao deus Seth para salvar seu
povo. No entanto, uma reviravolta os colocaram como guardiões da humanidade sem
previsão de deixar o cargo, acordando a cada mil anos para impedir que o deus
maligno cruzasse o portal para atacar e destruir a humanidade. Só que houve
complicadores no despertar mais recente. Ele não estava no Vale dos Reis, no
Egito. Estava em um Museu em Nova Iorque, a um oceano de distância e sem os
vasos canópicos. Precisava de mais que a ajuda de Lilliana para cumprir a missão
antes que fosse tarde para todos.
– A princípio, reticente,
depois, obrigada, Lily embarca nesta aventura, partindo da moderna e insana
Manhattan para o igualmente agitado Cairo que era apenas a entrada para um
mundo antigo ainda sendo descoberto por arqueólogos e estudiosos. Ao longo do
caminho, Lily entende a ameaça, o que está em jogo e suspeita que há segredos
que Amon não revelou a ela. Perigos e armadilhas os esperam em uma corrida
contra o tempo onde Amon precisa de Lily para se manter forte para acordar os
irmãos Asten e Ahmose, além de poder impedir o retorno de Seth, o Obscuro. E
sentimentos inesperados vão surgir só para complicar ainda mais toda a
situação.
– A escrita da autora é uma
delícia. A gente embarca de mala e cuia na história e fica até difícil largar o
livro para ter que lidar com alguma demanda da nossa realidade. Eu me compadeci
da trama repleta de sacrifícios sem liberdade de Amon, Anset e Ahmose, que
tiveram os destinos alterados por causa do capricho egoísta de um deus que queria
dominar a humanidade. E por isso, se tornaram a melhor opção de defesa dos
demais deuses contra ele. Para isso, foram forçados a deixar para trás tudo o
que poderiam ter sido – e a gente só entende com clareza como suportavam as consequências
disso quando Anset explica com clareza e simplicidade em uma conversa com Lily.
Houve alguns momentos que lamentei Lily não entender completamente o tamanho e
o peso desta escolha, o que se torna compreensível quando a gente se lembra de
que ela tem 17 anos e ainda precisa amadurecer para compreender que nem sempre
a vida é como a gente gostaria que fosse.
– Como sou uma daquelas
criaturas que nasceu antes da internet e do Google, boa parte da minha bagagem
vem da curiosidade em fuçar enciclopédias. Apesar da mitologia Greco-romana ser
mais familiar, me lembro de ter lido um pouco (e visto um documentário
maravilhoso da National Geography na escola) sobre a cultura e os deuses do
Egito Antigo. Pegar este livro foi reavivar algumas das minhas lembranças – uma
delas inclusive é algo mencionado brevemente ao longo da trama e que se torna o
tema da cena final, deixando um gancho escancarado para a próxima parte da
série. Então só posso agradecer à autora – que lançou o livro durante a Bienal
do RJ e, pelo que vi nas redes sociais (não pude ir *lágrimas*), foi um poço de
simpatia infinita e amou cada instante dela no país – e esperar pelos próximos.
Seja dos Tigres ou do Egito, estarei dentro!

E, sendo sincera: convenhamos, qual era a chance de eu não gostar de um livro
onde o protagonista se chama Amon?

Série Deuses do Egito

0.5 – O duelo dos imortais– Reignited 
2 – O coração da esfinge Recreated
3 – Reunited – publicação esperada para 2017


Bacci!!!

Beta

1 Comentário

  1. Sil de Polaris

    Horror pleno e total por saber que eu nunca terei oportunidade de encontrar um príncipe egípcio com poderes de deuses, precisando de minha ajuda exclusiva para encontrar e libertar seus dois irmãos, poderosos igualmente !

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