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Cap. 1202 – O caderninho de desafios de Dash & Lily – David Levithan e Rachel Cohn

Ciao!!!

Os livros do David Levithan
como autor solo continuam os meus favoritos na lista – sim, ainda não li Outro Dia. Sim, quero ler logo! Sim,
oremos! Dentre os escritos em dupla com a Rachel Cohn, este foi o que mais
gostei. Não é perfeito, mas prendeu a minha atenção do início ao fim.
O
caderninho de desafios de Dash & Lily – David Levithan e Rachel Cohn –
Galera Record
(Dash & Lily’s book of
dares – 2010 – )
Personagens:
Um Moleskine vermelho com
vários desafios foi a ponte entre dois adolescentes que eram extremamente
diferentes. Lily, a dona do caderninho, era apaixonada pelo Natal e pela
primeira vez a sua família mudou a forma de comemorar. Dash detestava Natal e
estava feliz de conseguir passar longe dos pais. Ao aceitar os desafios do
caderninho, iniciou uma jornada que mudará os dois.
Comentários: 

Nós SOMOS a história das nossas vidas. E o caderninho vermelho é para
contarmos esta história. O que, no caso de vidas, é o mesmo que contar a
verdade. Ou o mais próximo disso que conseguirmos chegar
” (p.192)

– Como já disse outras
vezes, sempre enfrento problemas nos livros do David Levithan com a Rachel
Cohn. Ora é o ritmo. Ora é antipatia descarada por algum personagem (sim,
Naomi, é você mesma!). Por isso dos três, este foi o que fluiu melhor comigo
(ficando atrás apenas do
Invisível,
escrito com a Andrea Cremer). Porque gostei de mais elementos na trama, além de
ter me identificado com o espírito antinatalino do Dash e o motivo que o tornou
assim.
– Não é perfeito. Você
provavelmente vai reclamar do excesso de infantilidade de Lily em alguns
momentos (muito me incomodou a forma como a família lidou com a
“Escandalily”, sem reparar que só serviu para piorar o problema). E
se for uma pessoa que sente muito o excesso de felicidade “para Inglês
ver” das festas de fim de ano (como eu), talvez ficará enjoada com o amor
declarado de Lily pelo Natal (sim, é implicância, mas pode acontecer). Por
outro lado, você também pode ficar cismado com a forma desesperançosa com que
Dash vê o mundo. Ou considerar pretensioso um adolescente apaixonado pelas
palavras, desiludido com os seres humanos que fique questionando tanto tudo o
que parece “senso comum” para as demais pessoas, baseado no que
apreendeu especialmente através de livros e não por experiência própria.
 

Acreditamos nas coisas erradas (…) É isso que mais me frustra. Não a
falta de crença, mas a crença nas coisas erradas. Você quer sentido? Os sentidos
estão por aí, mas somos bons em lê-los da forma errada
” (p. 87)

– Como costumo dizer sempre,
se tem David Levithan no meio, sou suspeita para falar. Achei intrigante a
premissa de duas pessoas se relacionarem por meio de mensagens deixadas em um
Moleskine por diferentes lugares de Nova York. Em uma época onde as
pessoas interagem por smartphones cada uma no seu canto, uma caça ao tesouro,
no caso um caderninho, inspirada em uma tentativa de encontrar alguém com
gostos iguais me soou como uma ideia interessante. Talvez eu tiraria uma ou
outra coisa, mas sou apenas uma leitora no modo pitaco. Não é uma história que
me pertença para mudar. Só para me entreter e falar sobre ela para que outras
pessoas queiram lê-la ou não.
– E cá entre nós, estamos
falando de adolescentes. Se você está na adolescência, ouça quem já passou por
isso, querido padawan: o tempo é o
senhor da razão. Já você que passou desta fase, lembra como tudo era gigante,
para bem ou para mal? A tristeza, o amor, as dificuldades na escola, o
relacionamento com a família, a aceitação no grupo de amigos… Todas as
experiências eram intensas e reveladoras. Então, coloquei neste balaio muito do
que é contado e revelado pelos protagonistas – ou sobre eles ou como são vistos
nos núcleos sociais onde estão inseridos (mesmo que pensem o contrário).
 

– O que quero dizer – explicou Sofia – é que quando as pessoas dizem pessoa certa, hora errada ou pessoa
errada, hora certa
, normalmente é pura desculpa. Elas acham que o destino
está brincando com elas. Que somos todos apenas participantes desse reality
show romântico que Deus se diverte assistindo. Mas o universo não decide o que
é certo e o que não é. Você é quem decide
”. (p.235)

– Ao que tudo indica,
teremos sequência chegando às livrarias neste ano. Agora é esperar para ler.
Série Dash & Lily:
Dash & Lily’s book of daresO
caderninho de desafios de Dash & Lily
The twelve days of Dash & Lilylançamento previsto para outubro deste ano
Arrivederci!!!
Beta


ps.: Ah, David Levithan, amei ter uma menção a uma Roberta no livro. Sim, é rapidinho, mas quando o autor que você gosta escolhe um nome pouco comum no país dele para uma personagem figurante posso ter esperanças de que um dia, quem sabe, ele não escolha pra uma protagonista? Tenhamos fé. Amém.

1 Comentário

  1. Sil de Polaris

    Ele pareceu ser um homem bastante negativo, assim como ela pareceu ser uma mulher bastante positiva. Uma peninha ele odiar natal, visto ela amar natal, porque é mesmo uma época mágica. Pelo natal mesmo em si, sem esperar por bebidas, comidas, compras, presentes, zoeira. Seria um desafio para ele participar de um natal com ela ? Eu fiquei curiosa sobre que desafios haveria nesse caderninho tão atrativo …

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