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Cap. 1204 – A casa da praia – Nora Roberts

Ciao!!!

Ah, laços
de família, crime, suspense e polícia. Um homem sob suspeita tenta reconstruir
a vida, mas será possível conseguir isso sem acertar as contas com o passado?
É
Nora, né, gente? Então já sabe que tem todas as chances de ser bom!
A casa da praia – Nora Roberts –
Bertrand Brasil
(Whiskey
Beach – 2013)
Personagens:
Abra Walsh e Eli Landon
Eli
precisava recomeçar a vida interrompida após o assassinato da esposa. Inocentado
do crime, mas ainda não totalmente livre da suspeita. Por isso, voltou para
Bluff House, a casa do penhasco na Whiskey Beach, na costa de Massachusetts.
Com apoio de Abra, a jovem que ajudava a avó dele nos cuidados com a casa, Eli
começou a se refazer. No entanto, o crime pelo qual não foi condenado ainda o
persegue. E diante de outro assassinato e estranhos fatos, Eli descobre que está
envolvido de algo muito complexo e que só desvendar a verdade poderia
libertá-lo de vez.
Comentários:
– Ah
Nora quando resolve fazer a gente brincar de montar quebra-cabeças é pra deixar
um maluco. Ela encontrou um ritmo que funciona para a história, fazendo a gente
conhecer a Bluff House, a relação da casa com a família de Landon e com a
comunidade. Aquela sensação de, não importa as condições do tempo e o clima, a
casa de estrutura sólidas no penhasco, resistirá.
– E
é desta sensação de sobrevivência à tempestade de que Eli precisa. Tinham sido
meses horrorosos desde o dia fatídico em que ele a encontrou morta na casa onde
moravam. Justo após uma briga pública porque ele descobriu que ela o traiu. No entanto,
apesar de ser o suspeito óbvio e ter sido levado a julgamento, nada foi provado
contra ele. para indignação do policial que investigou e da família de Lindsay.
– O
livro trata da reconstrução de Eli enquanto ser humano. Ele foi destroçado pelo
fim do casamento e da vida como ele conhecia até então: a de advogado
criminalista com um status social e um padrão de vida. Mesmo inocentado, tudo
isso se desfez. Ele precisava recomeçar e o tempo foi um parceiro. E quando foi
possível, a distância da família – que pisava em ovos preocupada com ele –
também se tornou outro. para isso, nada melhor que tomar conta de Bluff House
enquanto a dona da propriedade, a ativa avó Hester, se recuperava das consequências
de um tombo daqueles feios.
– Um
dos pilares que conduzem Eli de volta à vida é Abra. A jovem que também já teve
a cota de sofrimento na vida e aprendeu a se equilibrar para enfrentar e vencer
os desafios. A gente sabe o que vai acontecer, mas Nora conduz a relação deles
com leveza, com humor, com aquelas coisinhas típicas de dia-a-dia: bilhetes,
lembretes, implicâncias, fazendo-se presente mesmo quando não está ali. Não tem lenga-lenga. São dois adultos se relacionando após passarem por experiências ruins.
– Só
que a morte de Lindsay ainda paira e incomoda Eli. Ninguém gosta de ser culpado
por algo que não cometeu. E quando outros fatos demonstram que este passado
ainda estava bem vivo e em aberto, Eli percebe que terá que concluir isso,
descobrindo por que algumas coisas aconteceram e estão ainda acontecendo. Abra se
dispõe a ajudá-lo e se vê arrastada para a confusão. E só mesmo descobrindo e
encaixando as peças, Eli conseguirá chegar à própria liberdade e à paz de
espírito possível após tanta tormenta.
– De
certa forma, o desfecho não me surpreendeu (nestas horas, o bom tempo que li
Agatha Christie faz diferença – aliás, devia reler para colocar no Literatura
de Mulherzinha). E não é demérito, porque mais importante que um “OH!!!” no
final é a coesão da jornada. É entender como assuntos aparentemente díspares
estavam relacionados (tudo é citado na história por uma razão, não tem nada desperdiçado, pelo menos que eu tenha notado).

– A redenção e libertação de Eli vai passar pelo teste da
persistência em lutar pela própria inocência – especialmente quando tudo está
contra ele. Por um determinado momento, imaginei que o personagem que Eli
descreve como “seu Javert pessoal” (quem leu ou viu o filme de “Os Miseráveis” vai entender a referência) fosse se tornar mais ostensivo, apesar de que Nora
conseguiu me deixar angustiada sempre que o nome era citado, apenas por saber
que a pessoa existia e o que ela pretendia. Entre traições, intrigas, fofocas,
inveja, violência, traumas, amores, o afeto da família, Eli irá se reencontrar. Abra (de quem eu
gostaria de ter toda aquela disposição para o equilíbrio e o autoconhecimento)
irá ajudá-lo. É muito bom, tem momentos engraçados e românticos, é tenso e com certeza vale muito todo o seu tempo investido na
leitura (seja em casa, no ponto de ônibus, no ônibus, de dia, de noite). Não esperava menos que isso de Nora Roberts.

Bacci!!!

Beta

1 Comentário

  1. Sil de Polaris

    Uma sina terrível ser culpado por um crime sem ter cometido crime algum ! Eu poderia imaginar muito bem, embora eu não tenha talento para sentir também, o que seria ser culpado por um assassinato que não cometeu, tendo toda sua vida arruinada por conta desse engano. Principalmente um assassinato de uma mulher a quem ele amava e com quem ele estava casado, mas que não soube respeitar casamento e esposo. Nora Roberts satânica.

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