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Cap. 1227 – O ar que ele respira – Brittainy C. Cherry

Ciao!!!

Peguei
o livro pra ler imaginando que, diante da minha rotina, levaria uns três dias
para conseguir terminar.
Terminei
em praticamente um dia (porque li 48 páginas na noite anterior).
Simplesmente
porque não conseguia parar de ler.
O ar que ele respira – Brittainy C.
Cherry – Editora Record
(The
air he breathes – 2015)
Personagens:
Tristan Cole e Elizabeth
Elizabeth e a filha Emma
estavam de volta a Meadows Creek para recomeçar a viver após a morte do marido
Steven. Ela ainda não se sentia pronta, mas precisava enfrentar a vida. Incomodava
ser alvo da atenção das mexeriqueiras da cidade. Incomodava as pessoas esperarem
que ela voltasse a ser como antes, sendo que nada mais estava igual. Em meio a
essa turbulência, descobriu no vizinho antissocial, agressivo uma dor e uma
solidão semelhantes à sua. E saber que o estranho e sombrio Tristan, do jeito
dele, a compreendia poderia ser um novo ponto de partida. Só faltava entender para
quê e para onde.
Comentários:

“-
Todos na cidade têm medo de mim? Você tem medo de mim, Elizabeth? – murmurou ele,
sua respiração tocando conta da minha boca.


Não.


E por que não?


Porque eu vejo como você é”.

– Brittainy C. Cherry, como
você conseguiu isso? Como conseguiu transformar uma história sobre temas
pesados, difíceis e sombrios em algo tão leve quanto as plumas que a
simbolizam? Eu li, li, li, não conseguia parar e até levei um susto quando o
livro acabou. Porque é muito bom. É bom demais. É de uma sinceridade,
simplicidade, delicadeza e cru ao detalhar como as pessoas lidam (ou não)
diante de perdas precoces e traumáticas e como aprendem a viver novamente após
isso.
– No caso, Elizabeth perdeu
o marido. Tristan perdeu a esposa e o filho. Por mais que dias, semanas e meses
tenham passado, ainda parece que foi ontem, que foi agora. A dor não passa. A impotência
não passa. A culpa não passa. A sensação de que não tem como continuar perdura.
A sensação de que você irá sufocar paira tão forte que você precisa se lembrar
de respirar. E não há mágica que resolva o dilema de como continuar vivendo sem
eles.
– Só que Elizabeth tem uma
filha para cuidar e Emma ainda é o fio que a prende “ao mundo”. Por isso, ela
se obrigou a voltar para casa em Meadows Creek e continuar. Não era fácil viver
com a ausência. E justamente por saber o tamanho da dor que carregava que ela reconheceu
isso no agressivo e esquivo vizinho, Tristan. Eles se conheceram em um
acidente, quando Tristan demonstrou um raro instante de vulnerabilidade. Entre rasgos
de “babaquice”, insistências, encontros fortuitos e “acidentais”, eles acabam
interagindo um com o outro. Elizabeth descobre que Tristan estava longe de ser
o perigo que todos os outros moradores cismaram que era.
– Os dois passam a
compartilhar amargura, solidão, desespero, saudade. Duas almas perdidas e
instáveis. Passam a se relacionar de um jeito que não parece saudável, mas é o
que os ajuda a finalmente encarar que o inevitável ocorreu: aqueles a quem
amavam não irão voltar. Só que o mundo vai além dos sentimentos e sofrimentos
deles. O relacionamento é malvisto (sabe aquele bando de gente que não tinha
nada que estar piando na vida alheia?). Além disso, há as situações pendentes
ou mal-resolvidas deles com outras pessoas. Muita coisa que precisam entender,
lidar e continuar.
– Eu até agora não sei como a
autora conseguiu transformar esta fase do desespero e da inconformidade do luto
em uma trama leve e que flui pelas agruras, turbulências, confusão e
vulnerabilidade dos dois protagonistas. Mas ela já te pega no início, vai
desdobrando o melhor e o pior de cada um, vai te colocando ao lado, empática às
suas dores e dúvidas e torcendo para que eles tenham dias melhores após uma
fase muito ruim – e o caminho para isso pode ser um ao outro. Não será fácil,
mas o que é fácil nesta vida?
 

“Sabe
aquele lugar entre o sonho e os pesadelos?
Aquele
lugar onde o amanhã não chega e o passado não dói mais?
O
lugar onde o seu coração bate em sintonia com o meu?
Aquele
lugar onde o tempo não existe e é mais fácil respirar.
Quero
viver neste lugar com você”

Faz parte de uma
série chamada “Elementos”. Cada livro é independente, com personagens diferentes.
o fator que conecta as quatro tramas é que cada uma é baseada em um dos quatro
elementos: ar, fogo, água e terra.
1
The air he breathes – O ar que ele respira
2
– The fire between high & low – 
A chama dentro de nós
3
– The Silent Waters –
publicado em 2016 lá fora e não lançado no Brasil
4
– The Gravity of us 
– será lançado neste ano lá fora


Bacci!!!
Beta

13 Comentários

  1. Morgana Brunner

    Olá, tudo bem?
    Eu tenho tanta vontade de ler esse livrinho que vocês nem imaginam, é uma obra que emocionaria tanto e me encantaria, a história é fascinante e a capa é linda!
    Beijinhos da Morgs!

  2. Mari Magalhães

    A Brittainy tem um talento lindo e único. A escrita dela é maravilhosa e seus personagens são dolorosamente cativantes. Também li O Ar Que ele Respira muito rápido, em menos de um dia para ser franca, e foi uma leitura mágica, apesar dos temas pesados.

  3. Aricia Aguiar

    Oi! Eu NUNCA quis ler esse livro, mas você falou dele com tanta empolgação que dá vontade de ler só pra saber se é mesmo isso tudo. Estou colocando o título na lista e ano que vem, vamos ver se a minha vontade aparece.
    Amei a resenha
    Bjks

  4. Krisna Carvalho

    Beta, tudo bem?

    Adoro a escrita dessa autora!Sem contar que ela é uma fofa… Gostei bastante de O ar que ele respira, já o segundo da série, não achei tão bom. A versão em português será lançada em fevereiro, já está em pré-venda pelo submarino 😉 http://www.submarino.com.br/produto/130113126/livro-a-chama-dentro-de-nos?condition=NEW&epar=lomadee&opn=AFLNOVOSUB&sellerId=00776574000660&utm_source=lomadee

    Mantiveram a capa, acho que será assim com todos, mas o título…Achei estranho, A Chama. O que você achou?

    Beijos e parabéns pela resenha, arrasando como sempre!

    Leitoras Inquietas

  5. Salvattore Mairton

    Oi Beta, como você está?
    Já acompanhei alguma resenha dessa série, e acho muito interessante como cada livro sugere um personagem à um elemento. Pelo jeito que você passou a resenha, o livro realmente cumpriu as expectativas que você esperava. Me encantei por este enredo apaixonante e quero correr logo para ler o livro.

  6. Cila-Leitora Voraz

    Oi Beta, sua linda, tudo bem?
    Antes de mais nada, não sabia que era uma série. Obrigada pela informação. Desde a primeira resenha que li desse livro, ele me pegou. E agora lendo a sua, eu lembro do motivo. Eu já vi em vários filmes e também li em alguns livros que pessoas que passam por traumas como esse, tendem a se relacionar com pessoas que os entendam, que também tenham sofrido um trauma. É mais fácil falar com alguém que saiba o que é a dor, do que com as pessoas que estão ao seu redor, que não entendem. Elas se esforçam, mas não entendem. Acho que é isso que me toca nesse livro, a forma como duas pessoas vão se comunicar pela dor e através dela se curarem. Estou louca para ler!!! Sua resenha ficou ótima!!!
    beijinhos.
    cila.
    http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/

  7. Carol Ramires

    Olá!
    Esse livro está na minha lista de leituras desde quando ele foi lançado, sou apaixonada para conhecer essa história e todo mundo fala tão bem que me deixa morrendo de vontade!
    Beijos.

  8. Unknown

    Olá, já comecei a ler esse livro mas estava sem tempo para continuar lendo e acabei abandonando mas sempre que vejo alguém falando dele me bate uma vontade de retomar a leitura, talvez em 2017 eu tente terminá-lo. Amei o seu post. =)

    Beijos

  9. Ju

    Não tenho vontade de ler esse livro, principalmente porque apesar de você não ter falado sobre isso, me disseram que tem uma parte hot bem forte. Que bom que apesar do tema pesado do luto achou que a trama ficou leve, mas eu não leria.

  10. Marilda C S Pires

    Oiii, tudo bem?
    A colaboradora lá do blog a Larissa leu esse livro e adorou, eu ainda não li nada dessa autora, mas tenho vontade de ler esse e Sr. Daniels.Fiquei ainda mais curiosa para fazer a leitura depois de ler a opinião das duas.
    Amei o post.
    Bjs Mary

  11. Sil de Polaris

    Uma capa muito linda realmente ! Eu nunca passei por uma dor assim, o que eu espero nunca ter de enfrentar em minha vida. Principalmente como essa dor foi descrita nessa resenha. Eu não concordo que luto seja pesado. Ele é triste infinitamente, mas teria de ser uma tragédia de proporções épicas para ser pesado. Luto é denso tão somente. Eu leria este romance, que pareceu ser muito belo apesar de haver luto.

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