Menu fechado

Bruto e apaixonado – Janice Diniz – Cap. 1495

Ciao!

É divertido, romântico à moda bruta e me rendeu uma crise de riso ao ler uma das cenas mais hilárias do ano.
A minha estreia com os caubóis da Janice Diniz não poderia ser melhor.
A propósito, #MadreHooligan que – cadê a surpresa? – pegou o livro e leu antes de mim, adorou a história e
já começou a perguntar quando vem o próximo.
Bruto e apaixonado – Janice Diniz – Harlequin Brasil
(2018)
Personagens: Natália Esteves e Mário Lancaster
Mário só queria resolver os problemas financeiros da fazenda e superar o acidente que tinha encerrado a carreira dele nos rodeios. Mas parecia difícil. E por isso não tinha a menor disposição em se envolver na crise que assolou Santo Cristo: as pessoas estavam revoltadas contra a empresa que adquiriu a fábrica da cidade. No entanto, ao conhecer a executiva Natália Esteves, o fazendeiro encontrou a bruta que domou o coração. Natália queria o impossível: agradar o pai. Para isso, encarou um ambiente hostil para realizar as demissões necessárias – e quando pensou que estaria sozinha, percebeu que Mário estava disposto a comprar a briga dela por ela. O que resultaria disso é que seria o problema…
Comentários:
– É uma história sem “jeito florzinha de falar”. O que é ótimo. Tem livros que pesam tanto a mão nas metáforas que eu fico me perguntando o que está acontecendo. A história vai direto ao ponto, como o protagonista: o caubói que luta por dias melhores, contra todas os problemas.

Cavala é elogio. Os meus filhos não falam mentiras floridas para agradar à mulherada. Tudo que sai da boca desses moços vem direto do coração… E também do pinto deles, é verdade.

Dona Albertina, mostrando que o DNA dos Lancaster é brutíssimo.

– Mário tinha sofrido baques em série: o acidente com o touro Killer que o fez pensar que a carreira dele nos rodeios tinha acabado e a morte do pai, Breno, advogado querido por todos em Santo Cristo, no Mato Grosso. Sem o dinheiro abundante dos rodeios, a missão de reerguer a Majestade do Cerrado era mais complicada e ele tinha preocupação de sobra do que entrar na última “novela” em andamento na cidade: como repudiar a TWA, a empresa que comprou a fábrica do Fagundes e era uma ameaça pairando nos moradores.
– Para isso, engoliu a solução sugerida de que se viesse uma mulher para comandar o processo de sedução, Mário poderia seduzi-la como ajuda na luta contra a empresa. Como uma mulher desembarcou na cidade e ele não era homem fácil de botar cabresto, teve a curiosidade de saber como ela. E aí que o trem desandou – para ele, que não esperava que “dar match” com a “dona madame” da cidade. E Mário teria que se incumbir de comunicá-la que ela era a bruta feita pra ele, protegê-la da fúria alheia e convencê-la a aceitá-lo. 

“Somos xucros no trato social e arredios no amor. Somos conquistadores, vivemos para o amor, embora nos esquivemos do compromisso – Nesse ponto ele parou e riu baixinho. – É que a gente sabe que todo vaqueiro tem a sua cara-metade, a sua
bruta, a mulher que vai fazer ele passar pelo inferno antes de ganhar o céu. E, por mais que sejamos corajosos e cascudos, não queremos ficar de joelhos para o inevitável”
 

– Natália era filha única de uma família aparentemente perfeita e completamente disfuncional. A mãe não lhe dava atenção e o pai, por mais que ela se esforçasse e trabalhasse, sempre encontrava alguma objeção e preferia outra pessoa para o cargo que ela queria. Em busca do
reconhecimento de que era a filha dele e de isso era suficiente, desembarcou em Santo Cristo para enxugar o quadro de funcionários da empresa que seria recolocada à venda no mercado.
– Ela encontrou ainda mais hostilidade e rejeição em estado (olha a palavra de novo, desculpa pela repetição) bruto e com isso ela não sabia lidar. Afinal de contas, o meio competitivo em que crescera – e mesmo a rejeição constante na família e demonstrada na empresa – não a preparou para ser julgada e condenada por desconhecidos antes mesmo que tivesse chance de dizer algo.
– Também não estava preparada para aquele quilômetro de homem de chapéu e botas que se plantou debaixo da janela do hotel e ganhou a atenção dela. Já que estava ali, por que não aceitar a proposta de Mário e ter um caso – apesar de ele insistir em dar outra definição – até o fim do trabalho na cidade. Afinal de contas, não havia muita chance de Natalia permanecer em Santo Cristo depois da missão cumprida. Ela tinha objetivos, metas e um reconhecimento a conquistar em São Paulo.
– Dois personagens claramente definidos e extremamente opostos em tudo vão se conhecer, se enfrentar, se bicar, se apaixonar e comprar uma briga danada contra os outros e até mesmo um com o outro. Prepare-se pra embarcar nessa jornada com eles, com direitos a mangas psicopatas, ao melhor UFC que li em um livro, às frases impagáveis e sem filtro de Albertina Lancaster, ao DNA abençoado que foi compartilhado com os irmãos Thomas e Santiago. Coloque sua bota, pegue seu chapéu, prepare uma playlist sertaneja (raiz, de preferência) e divirta-se.
Ah, sim, sobre a playlist, acho que as inúmeras citações às músicas de Chitãozinho e Xororó foram a cereja do bolo que garantiu a aprovação, a curiosidade e o interesse de #MadreHooligan. Só pra constar, claro.

Irmãos Lancaster
Bruto e apaixonado – Natália Esteves e Mário Lancaster
Bruto e seduzido – Thomas Lancaster
Bruto e desejado – Santiago Lancaster
Arrivederci!!!
Beta
ps.: E quem esteve na Bienal, viu a Janice e o Mário…. 😉
 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *