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O amor nas 4 estações – Victor Degasperi – Cap. 1536

Ciao!

Disponível na Amazon

Eita livro! Fiquei um bom tempo com ele porque as crônicas de Victor Degasperi conseguiram uma façanha: me fazer ter dificuldade em me expressar.
Depois de muito matutar, achei o caminho. 
O amor nas 4 estações – Victor Degasperi – Faro Editorial
(2018)
Costumava ler rápido, devorando cada linha, vírgula, ponto. Uma tracinha compulsiva (se quiserem atribuir algum culpado astrológico, meu ascendente é o inquieto Gêmeos).  No entanto, desde o ano passado, notei que meu ritmo desacelerou (brutalmente, diga-se de passagem).  Ao invés da absorção rápida, passei a encarar os livros de forma mais serena, me permitindo pausas para buscar mais aprendizados do texto que estou lendo.
Claro que nem todo livro me permite isso. Alguns me puxam pela mão na velocidade de um Fórmula 1. Pois bem, O Amor nas 4 estações faz mais o estilo caminhada. Fones no ouvido (gosto de ler escutando músicas – atualmente estou mesclando o Ámame, novo trabalho do Il Volo, com valsas. Nem busque sentido. Escorpião com Gêmeos rendem uma mistura muito maluca com resultados inesperados). 

“Há universos que se pertencem. E quando eles se encontram, eles se reconhecem. Eu não consigo dar nenhuma explicação lógica, porque tudo isso fala sobre sentir. E quem quer perder tempo explicando o que já se pode aproveitar sentindo. Seria bobo em tentar. É o que é e vive aqui dentro de mim. E como vive”. 

Justamente esta mudança de ritmo me fez observar a passagem das estações do ano. Sério. Agora já sei quando as sapucaias ficam rosas, quando os ipês – de diferentes cores – desabrocham. Descobri onde as garças dormem em uma cidade com 600 mil habitantes. Dancei ao som de Beirute em meio às folhas de outono. E Nirvana em uma manhã nublada de inverno. Sim, sei que houve gente que me achou maluca. Mas sim, houve quem simplesmente sorriu diante do inesperado de ver uma pessoa apenas vivendo – do jeito dela – um momento. 

“A vida me ensinou que olhares e gestos dizem imensidões que as palavras não conseguem alcançar, e que estar atento a estas imensidões pode fazer a sua vida mudar. (…) Aprendi que a vida é cada dia mais linda se você apende a escutar e que agradecer por todas essas preciosidades faz do seu coração felicidade que nunca vai deixar de te estar”.


Ah, gosto de textos só de diálogos, a dança de comentários e respostas conduzidas por travessões. E fico feliz em encontrar textos assim, só de diálogos, em meio a parágrafos. Permitem um respiro, um novo ritmo, uma nova possibilidade de ouvir as palavras. Às vezes, na vida a gente simplesmente conversa sem ficar divagando muito. Falar e escutar. Aprender.
 

“Não há muita explicação, mas às vezes a gente encontra alguém que faz tudo fazer sentido. E quando a gente encontra, ainda sem querer encontrar muita explicação, a gente só quer dividir a vida. E, sinceramente, dividir a vida com alguém me parece o ato de coragem mais apaixonado do mundo”. 

Nas crônicas escritas por Victor Degasperi, o amor é o fio que costura os sentimentos que ele expressa no papel. Não apenas o amor romântico – encontrei reflexos do que sinto por algumas pessoas próximas que são amigas-irmãs e até de quem de quem já me despedi nos caminhos da vida.  

“Qual mergulho a sua alma quer dar? Há oceanos imensos, assim como o que sentimos. Há quem insista em mergulhar em desertos. Há quem insista em mergulhar em desertos. Há mãos que se encontram e continuam soltas. Precisamos encontrar mares que nos recebam e também dedicar os nossos mares a receber. Precisamos ser a grandiosidade do que queremos encontrar. E quando encontrarmos, precisaremos reconhecer com importância e raridade, assim como também merecemos ser vistos. Afinal, nenhum mar é igual a outro e nenhum mar é igual sempre”. 

Como o próprio Victor disse, ele já não é o mesmo que iniciou a jornada de escrever durante a passagem das estações e não será o mesmo se fizer uma releitura. Saudemos as mudanças e sejamos sempre capazes de ver algo sempre positivo e aprender com elas, foi a melhor lição que ele compartilhou comigo durante esta experiência enriquecida pelo delicado e bem-feito projeto gráfico do livro. As ilustrações são lindas – impossível escolher uma só. Só me resta agradecer e seguir em frente…
Arrivederci!!!
Beta

ps.: Este é o primeiro livro que participa da campanha da Faro Editorial divulgando a importância de fazer os exames para diagnóstico precoce da hepatite e do HIV! Cuidem-se!

1 Comentário

  1. Myska

    Você se expressou muito bem, parece um livro muitoo bom, pelo título não parecia muito algo que eu leria, mas você produziu um texto incrível e aa citações do livro contribuíram muito. 🙂

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