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Um beijo e nada mais – Mary Balogh (Clube dos Sobreviventes 6) – Cap. 1747

Ciao! 

A segunda impressão foi que ele tinha a si mesmo em ótima conta, e a todos os outros em péssima conta. Parecia ao mesmo tempo impaciente e insuportavelmente arrogante. Virou-se, olhou para ela, depois olhou para a porta atrás dela, que Imogen tinha fechado, e em seguida olhou de novo para ela, com as sobrancelhas arqueadas.
– E quem diabo seria a senhora? – perguntou 

Se você estiver acompanhando a série, é leitura obrigatória.

Se não estiver acompanhando a série, melhor começar para chegar a este livro.

Disponível na Amazon 

Um beijo e nada mais – Mary Balogh – Arqueiro (Clube dos Sobreviventes 6)
(Only a Kiss – 2015)
Personagens: lady Imogen Hayes, viscondessa de Barclay e Percival William Henry Hayes, conde de Hardford e visconde Barclay

Ao chegar aos 30 anos, Percy Hayes caiu em si: tinha a vida perfeita e se sentia vazio. Após uma epifania, decidiu assumir o papel de conde de Hardford Hall na Cornualha. Ao chegar lá, percebeu que a casa era cuidada por duas parentas e ainda tinha a impassível viúva do visconde, morto na guerra. Imogen só queria sossego e, desde que Percy chegou, isso não foi mais possível. Ele interferiu diretamente na rotina e na vida dela. Bagunçou a ordem que ela colocou na própria vida. E ele não escapou impune. 

Comentários: 

Mas ela precisava aprender a lidar sozinha com a vida. Era o que pensava que tinha conquistado
ao fim daqueles três anos em Penderris. Fizera um pacto com a vida. seguiria os passos necessários, voltaria para Hardford, seria uma nora e sobrinha atenciosa, uma vizinha animada e sociável, uma filha, irmã e tia afetuosa. Viveria só, mas não reclusa. Seria bondosa – acima de tudo, bondosa. E respiraria uma vez e depois outra, até que não respirasse mais e o coração parasse e lhe trouxesse o abençoado esquecimento final
”. 


Imogen era a única mulher do Clube dos Sobreviventes. Uma figura misteriosa e enigmática para quem lê a série desde o início, porque recebemos a informação de que ela e o marido, que era do Exército da Inglaterra, foram capturados por franceses e ele foi morto durante este sequestro. Como nos demais protagonistas, isso é apenas a ponta do iceberg. Chegou a hora de saber mais sobre quem é Imogen.
 

E para isso, temos o total oposto dela: um conde que percebeu que tinha tudo e, mesmo assim, se sentia vazio e sem propósito. Num rompante movido pela bebida, decidiu finalmente assumir a propriedade que herdou após a morte de um parente distante na guerra. 

Se precisava de um desafio, encontrou. A casa, afastada de tudo e de todos, comandada por um administrador que parecia nunca sair do escritório, onde moravam mulheres, uma extremamente nada amistosa, além da viúva do herdeiro falecido. Ou seja, nada como ele imaginava e nada caindo do céu como todo o resto da vida dele. E ele decide resolver tudo. Inclusive os problemas na obra na casa de Imogen.

[…]  A vida é composta por pares antagônicos… vida e morte, amor e ódio, lfelicidade e tristeza, luz e escuridão, e assim por diante até o infinito. Encontrar o equilíbrio e a satisfação é como tentar andar em uma corda bamba com todos esses antagonismos, sem escorregar para um lado ou para outro, acreditando que a vida deve ser só luz ou trevas, quando na verdade não é uma coisa nem outra”. 


É 
nítido que a primeira impressão de Imogen e de Percy tiveram um do outro não foi favorável. Ele não a consegue classificar como nenhuma outra garota que conheceu antes. À medida que eles vão convivendo, passam a se interessar pelo que o outro não demonstra abertamente. 

Não é a história de um amor à primeira vista, algo fulminante. É uma relação que é construída, tem idas e vindas, tem dúvidas e incertezas. Imogen e Percy possuem questões pessoais que precisam resolver para estarem prontos para a vida. E a situação é agravada quando Percy compra uma briga inesperada que pode colocar todo mundo em risco. 

– Tenho que matar alguns dragões – explicou ele. – Mas primeiro tinha que liquidar o que estava às minhas costas”. 

“O problema com a vida é que estamos todos juntos nela”. 

É um livro muito bonito, muito delicado e que trata com respeito e delicadeza os traumas que ela sofreu na guerra, além de trazer um herói perdido nos próprios privilégios. Imogen e Percy não viviam plenamente, estavam deixando um dia passar após o outro. Só que os dois chegaram a momentos de impasse, onde não seria mais possível continuar como estavam. 

Mary Balogh conduz a trama com maestria, faz a gente rir, torcer e se emocionar com as jornadas dos protagonistas, dos moradores de Hardford Hall e ficar feliz ao reencontrar os Sobreviventes. É uma pena que agora só falta um livro. Vou sentir saudades desta série.

Clube dos Sobreviventes:

– Links: Goodreads livrosérie autorasite da autorasite da editoraSkoobmaisdela no Literatura de Mulherzinha.

Arrivederci!!!

Beta

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