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Um amor e nada mais – Mary Balogh – Cap. 1794

Ciao! 

“Eles haviam seguido com suas vidas, todos os seis, e o deixaram para trás.
Que pensamento terrível… e cheio de autopiedade!”. 


Esta série é maravilhosa, do início ao fim. Mary Balogh constrói uma história de aprender a respeitar a dor, o luto e as cicatrizes que adquirimos para encontrar o amor e valorizar a vida como ela merece.

Mesmo que os ferimentos não sejam visíveis, como é o caso de George.

Disponível na Amazon   

Um amor e nada mais – Mary Balogh – Editora Arqueiro (Clube dos Sobreviventes 7)
(Only Beloved – 2016)
Personagens: Dora Debbins e George Crabbe, duque de Stanbrook 

Após ver todos os companheiros Sobreviventes se casarem, George se deu conta de que voltou a ser sozinho. Ao pensar em uma solução, apenas uma veio à mente: propor casamento à Dora Debbins, a irmã mais velha de Agnes, esposa de Flavian. Dora ficou impressionada com o duque de Stanbrook, mas nunca imaginou que ele também se interessou por ela, ao ponto de surgir e pedi-la em casamento. Ela já havia
se conformado em não ter casamento e, talvez, amor. E o sim era o primeiro passo para uma nova jornada.
 

Comentários: 

“– Eu quero uma companheira – repetiu ele. – Uma amiga. Uma mulher que seja minha amiga. Uma esposa, na verdade. Lamento não poder oferecer um romance grandioso ou uma paixão romântica. Já passei da idade de tais voos de imaginação. Mas, embora eu não a
conheça bem, ou a senhorita a mim, acredito que nos daríamos bem. Admiro seu talento para a música e a beleza de alma que isso sugere. Admiro sua modéstia e sua dignidade, bem como sua devoção à irmã. Gosto da ideia de olhar para a senhorita todos os dias, pelo resto da minha vida
”.
 


Sim, serei repetitiva: sou absolutamente encantada pela série do Clube dos Sobreviventes. Cada um dos personagens convivia os próprios fantasmas físicos e emocionais e a autora mostra como o amor conseguiu ajudá-los a se libertar da dor.
 

George foi o homem que abriu a própria casa, Penderris Hall, na Cornualha, para receber os feridos na guerra. Entre as várias pessoas que abrigou e ajudou no tratamento, um grupo ficou mais próximo, os seis Sobreviventes (sete com ele). Ao longo da série, a gente sabe algumas coisas da história dele, mas chegou a hora de se aprofundar no homem que foi o pilar para tantas pessoas em seus momentos mais frágeis e desesperançados. 

O livro começa logo após o desfecho da história de Imogen, como ressalta a citação que coloquei na abertura do texto: os seis Sobreviventes descobriram o amor e estavam felizes. George começa refletindo sobre a felicidade dos amigos, percebe que estava se sentindo sozinho e se dá conta de que poderia mudar esta história. Diante desta constatação, fez o que sentiu ser o certo: procurou Dora Debbins e a pediu em casamento. 

Dora o conheceu quando a irmã se casou com Flavian, ficou impressionada e talvez em um cantinho secreto do coração sonhava com reencontrar o duque. Nunca imaginou que ele apareceria à porta da casa dela e proporia casamento. Nem precisou de refletir muito para entender que ter a chance de cuidar da própria família, mesmo sem o impulso de uma paixão romântica, seria muito melhor que viver solteira. 

É um casal mais velho que os demais protagonistas, que estão entre os 20 e 30 anos. Dora tem 39 anos e não se casou porque optou por cuidar da irmã caçula após o escândalo que o pai lançou sobre a mãe mais de 20 anos antes. Aos 48 anos, George se casou, perdeu o filho na guerra, ficou viúvo após o suicídio da esposa e preencheu a vida sendo cuidador e amparo de feridos. 

Duas pessoas que em comum tem o fato de pensar nos outros antes de si mesmos. Na época, eles eram considerados velhos demais para rompantes apaixonados, portanto, um casamento baseado na amizade e no respeito mútuo soava como a perfeição para ambos. 

“– Ah – disse George -, de forma alguma, Dora. Sinto muito, mas você não vai conseguir fazer de mim nenhum tipo de santo.
– Seus companheiros Sobreviventes fazem.
Ele riu baixinho.
– Fui capaz de confortá-los quando estavam nos piores momentos de suas vidas. Foi fácil ser um herói quando eu estava incólume.
– Você estava? – Dora franziu o cenho”. 

Enquanto eu estava lendo, pensei naquele meme de “x páginas e está tudo bem… X PÁGINAS E ESTÁ TUDO BEM???”. A parte inicial do livro mostra a construção do relacionamento entre Dora e George após as primeiras impressões. Os medos dela em se tornar uma duquesa.
Como ambos enxergam a mudança para uma vida conjunta tão brevemente. Ou seja, tudo que a gente esperaria numa reta final.
 

Portanto, fica óbvio que a confusão está a caminho. Não vou dizer, mas quem lê pode intuir de que lado a tempestade virá. A partir disso, Mary Balogh nos mostra mais sobre as personalidades de Dora e de George diante do pior que enfrentaram na vida: a perda, o abandono, a falta de respeito dos outros com o que sentiam. A essa altura, eu já estava completamente capturada pela trama e torcendo pela felicidade
de George e Dora.
 

Sentirei falta da série, mas não poderia estar mais feliz com o desfecho desta jornada. Reencontramos os personagens dos livros e do conto, mais alguns que ainda não conhecemos. É uma série que sei que vou reler e terei prazer em recomendar. Se você ainda não leu, pode comprar e ler desde o início – vale a pena. VALE MUITO A PENA. 

Clube dos Sobreviventes: 

– Links: Goodreads livrosérie autorasite da autorasite da editoraSkoobmais  dela no Literatura de Mulherzinha.

Arrivederci!!!

Beta

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