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Cap. 1772 – O conde que eu arruinei – Scarlett Peckham

Ciao! 


Disponível na Amazon 

É um fato: Scarlett Peckham
tem uma escrita deliciosa e uma abordagem que me surpreende. Os livros dela
funcionam lindamente comigo. Levei três dias para terminar este livro, porque
não saio mais com os exemplares físicos na rua, então ficava só na curiosidade
em saber o que viria em seguida.

Sim, isso é um baita spoiler: eu
gostei do livro.
 

O
conde que eu arruinei – Scarlett Peckham – Arqueiro (Segredos da Charlotte
Street 2)
(The
earl I ruined – 2018)
Personagens:  lady Constance Stonewell e
Julian Haywood, o conde de Apthorp
 

Constance contribuiu para a destruição
da reputação do conde de Apthorp e se sentiu na obrigação moral de consertar a
situação que havia criado. Julian não acreditou que ela era a culpada por
colocar na boca do povo – e principalmente dos inimigos políticos – uma intimidade
dele. E muito menos quando ela o procurou oferecendo a chance de resolver tudo.
O plano mirabolante incluía um noivado com ela e uma ofensiva para evitar o
prejuízo político e recuperar as finanças dele. Era uma loucura que tinha tudo
para dar errado e por muito mais razões que ambos imaginavam.
 

Comentários:

Você vai acabar destruindo a
vida de alguém de forma irreversível com essas fofocas. Prometa que não voltará
a escrever nem mais uma palavra. Por favor, Constance…
 

– Para tristeza de Constance,
o desabafo do irmão, Archie, se revelou uma profecia que criou muitos problemas
ao se realizar. Por um motivo particular e que ela considerava justo, cometeu
uma injustiça e difamou o lorde Chato – Julian, conde de Apthorp. Agora sabia
que precisava consertar o mal que havia feito.
 

– Se você foi capaz de
escrever isso, lady Constance, então suponho que também seja capaz de ler.
 

– No fundo do poço, sem rumo e
perspectivas de escapar da humilhação pública, Julian se surpreendeu ao receber
a visita de Constance e ainda mais com o que ela revelou. E pior era saber que
dependeria dela para controlar e reverter os danos, evitando que a mãe, a irmã e
a pequena protegida ficassem ainda mais decepcionadas com ele.
 

– Não
estou entendendo o que quer dizer.

– Acho
que está, sim. É suficientemente observadora para já ter concluído que
costumamos detestar nos outros as características que mais odiamos
em nós mesmos. 

– Ou seja, um casal gato-e-rato
unido contra a vontade por um objetivo maior. Parece que você já leu essa
história? Esqueça esta sensação: Scarlett Peckham novamente pega os
estereótipos e os transforma em algo diferente e inesperado. Os personagens
possuem diferentes camadas além da fachada pública e do que um pensa sobre o
outro.
 

– Entre os protagonistas, não
há alguém 100% santo nem 100% vítima (mas tem gente 100% cretina na história,
posso garantir). Os dois são pessoas falíveis, capazes de errar, que precisam
lidar com as consequências das decisões que tomaram. A gente vê Constance e
Julian nos melhores e piores momentos, nos tornamos confidentes dos medos,
angústias e dúvidas deles.
 

– Enquanto tentam manter uma
frente unida diante dos desafios externos, Constance e Julian vão se deparar com
rachaduras no que pensavam um do outro. Constance passou anos com a certeza de
que Julian era entediante, chato, moralista que a considerava completamente
fútil e imprudente. Julian tinha certeza de que Constance o desprezava por
causa da falta de fortuna da família dele. Ou seja, ambos tinham convicções que
careciam da base nos fatos. E a convivência forçada escancara a porta para
diferentes sentimentos – que eles pensavam saber, desconheciam totalmente – a confusão
está formada. E a gente agradece.
 

– Não chame meus desejos de
anormais até ter experimentado.
 


Uma coisa que me incomoda bastante em alguns livros já lançados não ocorre aqui: temos na mesma história o
erotismo e relatos de abuso (há um alerta sobre isso antes do livro
começar). E fica bem claro que não são a mesma coisa. A gente entende o peso do respeito ao consentimento nas relações íntimas.
 

– Temos
o preconceito sobre as atividades íntimas de alguns personagens em determinados
endereços da Charlotte Street, a “cegueira” sobre os abusadores e a culpabilização
das vítimas. Aham, soa tão século 21, mas se passa no século 18.
 

– Eu adorei o livro. Não posso
dar mais detalhes para evitar os famigerados spoilers. Talvez o que posso dizer
é que se trata de um amor à primeira vista que foi afetado por miopia, astigmatismo
e hipermetropia e por isso precisou dar muito errado antes de talvez poder funcionar.
Isso se os dois não tropeçarem nos próprios sentimentos – e criarem ainda mais
confusão.
 


Ainda bem que o próximo livro será lançado no mês que vem. Porque eu sou uma
criaturinha bem curiosa sobre o que um determinado personagem esconde.
 

Os
segredos de Charlotte Street
 

  • O duque que eu conquistei – The duke I temped
  • O
    conde que eu arruinei – The earl I ruined
  • O
    lorde que eu abandonei – The lord I left
     

– Links: Goodreads livro,
série e autora;
site da autora;
Skoob;
mais dela no Literatura de Mulherzinha.
 

Arrivederci!!! 

Beta

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