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A rosa da meia-noite – Lucinda Riley – Cap. 1776

Ciao!

Um livro de mais de 500 páginas que você não vê o tempo passar. Na verdade, nos últimos dias, fiz o possível para conseguir um
tempinho para ler e terminar este livro, porque estava curiosa e precisava saber o final! Se quiser comprar, está disponível na Amazon.

A rosa da meia-noite – Lucinda Riley – Arqueiro
(The Midnight Rose- 2014)
Personagens: Anahita Chavan, Moh Chavan, Ari Malik e Astbury Hall 

A centenária matriarca Anni Chavan sabia que o filho mais velho, Moh, não havia morrido e ela queria saber a verdade. Ela deixou a missão ao bisneto Ari, que ainda demoraria para entender a necessidade de compreender a história da família. O passado poderia determinar o futuro dele. Essa caminhada leva Ari à mansão Astbury Hall na Inglaterra, durante as filmagens de um longa-metragem. Na busca da solução do mistério, Ari vai se deparar com os segredos de décadas envolvendo os integrantes de uma família. 

Comentários: 

Anahita conheceu o amor verdadeiro dos pais, um filósofo – que só a chamava de Anni – e uma curandeira de uma cidade no interior da China. Após perder o pai, elas foram morar na zenana de uma prima da mãe, que se casou com um marajá. A mãe tinha o dom da vidência e sabia que a vida da filha mudaria aos 11 anos. E foi quando ela recebeu a oportunidade de ser acompanhante de Indira, a princesa filha de outro marajá. 

Isso fez com que ela tivesse acesso a um mundo ao qual não pertencia e de que nunca faria parte, em condições normais. Permitiu que ela se instruísse como o pai sonhava – e que não era permitido às mulheres. Encontrou na Marani – a mãe de Indira – uma mulher amável e justa. E acompanhou Indira quando ela foi forçada a estudar em um internato na Inglaterra, como os irmãos e irmã mais velhos. 

A situação fica diferente longe de casa. Indira descobre outras prioridades. Anni percebe que terá que buscar o próprio futuro. Percebe-se ainda mais ligada aos dons da cura e sonha com trabalhar nesta área. No entanto, ao chegar em Astbury Hall, como acompanhante da princesa Indira encontra um amigo no herdeiro da família, Donald Astbury e entende que a mãe dele, Maud, não gostava dela.

– Porque a história que você está segurando nas mãos pode ser o meu passado, Ari, mas também é o seu futuro. 

Muitos anos depois, as consequências deste encontro não foram esquecidas por Anni. A maior vontade dela é saber qual foi o destino do filho, Moh. Por isso, ela confia ao bisneto Ari a missão de desvendar o que aconteceu. No entanto, ele não fará isso imediatamente. Precisará enfrentar um momento crucial da vida, onde questiona as próprias escolhas, para partir atrás das próprias origens.  

Ele chega na Inglaterra na mesma época em que Astbury Hall, agora administrada pelo bisneto de Maud Astbury, se tornou o set de filmagens de um longa-metragem que se passa nos anos 1920. A atriz norte-americana Rebecca Bradley interpreta o papel de protagonista que acredita ser fundamental para a própria carreira. Mas ela também estava em um período turbulento, sendo empurrada para um noivado que ela ainda tinha ressalvas e sob o escrutínio constante dos tabloides de fofocas.  

Ao mesmo tempo, ela mergulha nas sombras e mistérios de Astbury Hall, conhece o proprietário Anthony Astbury. Tem alguns momentos de paz na mansão isolada e decadente, mas algo ali a deixa incomodada. A incrível semelhança dela com Violet Astbury aumenta a sensação de confusão de Rebecca entre presente e passado, realidade e ficção.  

Como sempre, Lucinda costura com maestria uma história no presente que se entrelaça com fatos que ocorreram no passado e não estavam totalmente esclarecidos. Neste caso, temos uma história de amor que é afetada pela arrogância, prepotência, inveja, que atendem às atitudes manipuladoras de uma matriarca, em uma sociedade hipócrita. E muitos anos depois, um familiar de uma das pessoas envolvidas vem trazer à tona a verdade e dar um novo rumo à própria vida.  

Eu tive raiva de Maud Astbury. E não fui a única. #MadreHooligan leu antes de mim e a xingou de vários nomes. Quando li, entendi os motivos e concordei com minha mãe. O pior é saber que existem muitas Mauds por aí, causando danos às vidas alheias.  

Também gostei de Rebecca, que apesar de famosa, temia não ser suficiente como atriz, como mulher e como ser humano. Gostei de vê-la superar estes sentimentos, mas posso adiantar que não foi fácil. Ari abraçou a missão de desvendar a história da própria família com a mesma devoção com que encarou o sucesso profissional antes. A diferença é que, desta vez, poderia seguir em frente sem a sensação de vazio no peito que sentiu ao perceber que, quando parecia ter tudo, não tinha o que realmente importava.  

Eu me encantei com Anni, tão sábia e tão corajosa ao viver o próprio destino. Celebrei as alegrias e as lamentei as dores que ela enfrentou. Torci tanto para que tudo fosse esclarecido. Adorei entender a razão do livro se chamar “Rosa da meia-noite”. E adorei o toque final, o presente que Lucinda nos dá para que a gente termine o livro com um sorriso no rosto.  

Links: Goodreads livro e autora; site da autora; Skoob; mais dela no Literatura de Mulherzinha 

Arrivederci!!! 

Beta

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