Ciao!
Resumo rápido: protagonista feminina pagando o pato pelo combo mal-entendido + ações de um padrasto imbecil + ter ofendido o orgulho de um sheik arrogante idiota.
Faye tem lugar garantido no céu!
Chantagem audaciosa – Lynne Graham – Julia Paixões Picantes 40
(The Arabian Mistress – 2001 – Silhouette)
Personagens: Faye Lawson e príncipe Tariq Shazad ibn Zachir
O irmão de Faye roubara os cidadãos de Jumar. Era mais uma dívida da família Lawson com ele, por isso, Tariq resolveu que era hora de tomar uma atitude. Trancafiou Adrian na cadeia.
Para salvar o enteado, Percy obrigou Faye a ir negociar a libertação do irmão com o ex-marido, que ela abandonara 1 ano antes. E veio o ultimato: se Faye se tornasse amante de Tariq, ele libertaria Adrian.
Seria Faye capaz disso sem sofrer por amar e não ser correspondida e ser julgada por coisas que não fez?
Heroína abnegada e chantageada
É um Lynne Graham que tem elementos das tramas irritantes e apesar da heroína tão abnegada, não consegui ficar irritada com ela. Faye é tão bondosa e compreensiva que o que me tirou do sério foi ela ser considerada um peão pelos homens que a cercaram.
Percy, o padrasto interesseiro, preferia o irmão mais velho dela, Adrian. Esse era um “coitadinho” para quem nada dava certo. E se a forma de tirar Adrian da cadeia após mais um investimento errado com dinheiro alheio era colocar Faye no caminho do ex-marido, isso seria feito. Imagina se ela teria coragem de se recusar a ajudar o irmãozinho.
Aí temos a cereja (estragada) do bolo (azedo): Tariq decide libertar Adrian se Faye se tornar amante dele e finalmente ele ter a noite de núpcias negada um ano antes. Ela até tentou racionalizar que era algo indigno e injusto, mas não obteve apoio nem de Percy e muito menos de Tariq. Então, consumida por uma culpa (que não era dela), aceitou a proposta indecente… e se viu trancada no harém.
Se começa errado, como vai dar certo?
A partir daí, a autora nos conduz por uma jornada do reencontro entre Faye e Tariq. Revelando aos poucos como eles se conheceram, as circunstâncias em levaram ao casamento e à separação. A gente entende como Faye se sentiu menosprezada diante da fúria de Tariq, que tinha certeza de que foi arrastado para uma armadilha.
Como assim, justiça? Não era maravilhosa a forma como ele pretendia justificar a mais bárbara das barganhas? O direito de usar seu corpo em troca da liberdade do irmão. Ou, como ele mesmo dissera ainda mais brutalmente, sexo em troca de dinheiro, a marca da mais antiga das profissões.
Claro que algo que começa desse jeito, não vai se acertar tão certo. Vamos passar por fuga arriscada, ofensas indiscriminadas contra a protagonista que prioriza quem não merece, muitas verdades vindo à tona, formação de laços afetivos arriscados. E apenas Faye sendo condenada por um erro também cometido por várias outras pessoas.
Lynne Graham agrada a quem gosta do estilo
Ah, claro, para tudo ser resolvido graças a uma mudança de temperamento digna de céu de tempestade para nuvens de algodão doce. Sério, personagens como Tariq são o motivo de eu não gostar tanto de histórias de sheiks. O único alívio é como a situação com o padrasto é resolvida.
No geral, pode ser uma boa leitura, para quem gosta do estilo. Eu tive problemas por ter muitas ressalvas a várias coisas comuns em histórias como esta. Algumas situações aqui atualmente não seriam mais vistas como “românticas” – e ainda bem que a Lynne Graham aperfeiçoou o estilo e trouxe novo tipo de personalidades femininas para as tramas que escreve. Pelo menos evita que eu tenha um rompante de fúria escorpiana e queira que o distinto sheik vá catar coquinho no meio do deserto.
– Links: Goodreads; site da autora; Skoob; mais dela no Literatura de Mulherzinha.
Arrivederci!!!
Beta
Oi
Li esse livro há muitos anos, adorei ler a sua resenha e relembrar essa história, os nomes são bem marcantes, Faye e Tariq, não tem como esquecer 🙂 Lynne escreveu esse livro em 2001 e essa mocinha poderia ser mais empoderada, né? Mas… fazer o que… rsrsrs
Não sei se você já leu, “Jornada sob o Véu, de Shirley Palmer” acho que você vai gostar, é um jornada e tanto!
A Faye é do meio do caminho na escrita da Lynne Graham. Não é tão “tapetinho de ogro” como algumas anteriores e ainda não é daquelas que não leva desaforo pra casa. Tanto que gostei dela e detestei todos os homens do livro, se somar, não dá nada que preste.
Tenho dificuldade com a Lynn Graham… leio fazendo careta..kkkk meu Deus qto coitadisse precisa num livro? Mas vamos em frente temos mais livros pra ler..
Tem algumas histórias mais recentes que são boas, mas as mais antigas, misericórdia. Eu lia pra gastar a raiva com os “heróis”. Ninguém merece!
Ri alto com o selo Bino! Olha, como pode a gente ter ranço de um livro que nem leu? Eu consigo e esse é o caso. Adorei a resenha, Beta!
O selo Bino é uma pérola que volta e meia aparece por aqui!